Eu Quero Ser Sua

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Ponto de Vista Liana

Quando abro os meus olhos, sinto uma bola de pelo junto à minha cabeça. Viro a minha face e um dos cães de James está bem junto a mim. Afago o seu pêlo e ele abana o rabo e eu começo a gargalhar, acordando Vânia que ainda dormia. Os raios de sol já entram pela janela e eu ergo o corpo do colchão improvisado na sala. Já passaram 4 dias desde o recolhimento obrigatório e desde que nós estamos na casa dele. Pela cara da minha amiga, as coisas para o lado dela não evoluíram nem um pouco.

- Bom dia. - falo quando ajeito as minhas calças de moletom e visto a camisola de frio. - Dormiu bem?

- O melhor que se pode dormir num colchão assim. - ela bufa ao mesmo tempo que se espreguiça. Ela ergue o seu corpo do colchão também, e se veste. - Eles ainda dormem?

Abano os ombros pois não sei realmente se eles ainda estão deitados, apesar de que não podemos sair para fazer quase nada a não ser saídas em ocasiões periódicas, como compras ou emergências. Se bem que o governo não proibiu o exercício ao ar físico, desde que sejam no máximo duas pessoas.

Caminho até à cozinha, e procuro onde ele guarda a maioria dos equipamentos para cozinhas. Encontro o que preciso e abro o frigorífico, tirando uns ovos e um bacon. Van aparece ainda com cara de sono.

- Já arrumei a sala. - ela se senta num dos bancos. - Precisa de ajuda aí?

- Não, eu me oriento. Já memorizei onde ele guarda a maioria das coisas. - sorrio e ela apoia a cabeça na mão, enquanto a outra livre está agarrada ao celular. Pelas músicas, ela está a ver vídeos no Tiktok.

- Parece que o povo descobriu agora Harry Potter. - ela fala me mostrando alguns dos vídeos. - O meu for you é só sobre isso.

- Como se você achasse ruim.

- Não acho mesmo. - ela ri, continuando a passar os vídeos. Acabo de cozinhar e coloco em dois pratos e pouso um em frente a ela e me sento do seu lado. Nos comemos enquanto eu observo o celular dela.

No meio de alguns risos, ouço a porta se abrir. Levo o garfo à boca e olho para a minha amiga.

- Bom dia. - James fala calmamente quando entra pela porta e eu só não deixo a minha boca cair, por mero acaso. Seu cabelo ta colado na testa molhada, e a sua camiseta colada no tronco.

- Fecha a boca ou ainda vai babar. - ouço Van falar baixo e desvio o olhar, mesmo o observando pelo canto do olho, quando ele vai ao frigorífico e pega uma garrafa de água e a leva aos seus lábios. Ele olha para mim, e sorri e eu faço o mesmo. Nos segundos a seguir, ele sai e eu deixo escapar o ar que nem sabia que estava a prender.

- Como é que vocês ainda não. - Van olha para mim e mexe a cabeça e eu abano a minha. - Vocês transpiram desejo por todos os lados.

- Ah Van. - pouso o garfo e a olho. - Não sei mesmo, aliás, eu nem sei como me estou a aguentar. Até acho que ele espera que seja eu a tomar uma iniciativa.

- E por que você não toma? - ela fala como se fosse a coisa mais fácil do mundo.

- Como se fosse assim tão básico ne?

- E não é? - ela mexe as mãos. - Ele deve neste momento estar tomando banho. Nu. - ela dá ênfase na palavra e eu sinto a minha face esquentar. - É só você aparecer lá.

Olho para a frente, e mordo o lábio.

- Não penses, vai.

Ela quase que me empurra do banco, e não me deixa falar nada. Eu caminho de cabeça erguida, e só a viro para cumprimentar Oliver que esta na sala. Caminho pelo pouco espaço, e quando chego perto da porta do banheiro, o meu coração acelerado me faz parar. Coloco a mão na maçaneta e respiro fundo.

Parece que ouço a voz de Van na minha cabeça dizendo para não pensar demais, e para fazer o que quero. Rodo a maçaneta e o vapor da água quente bate diretamente no meu rosto. Mexo no cabelo e abro lentamente a porta do box, vendo James de costas para mim. Ai meu Jesus.

- Lia? - ele se vira e me encara sem entender nada, e eu tento fixar a cara dele. - O que você faz aqui?

- Nem eu sei. - sinto as gotas de água caírem na minha roupa e cabelo. - Eu só sei que não estou conseguindo aguentar muito mais James.

Me junto mais ao seu corpo, e a minha roupa começa a pesar muito mais por conta de estar completamente encharcada.

- Não aguentar o que? - ele ajeita o meu cabelo e eu sinto as minhas pernas tremerem.

- O quanto eu quero ser sua, por completo.

Não preciso de dizer nada mais, pois James junta os nossos lábios com urgência, enquanto tenta tirar a minha roupa com a máxima rapidez. Ele puxa a minha camiseta e mal ela cai no chão, as suas mãos rodeiam os meus seios, me fazendo gemer no meio do beijo. Meu corpo é encostado na parede mais próxima do chuveiro e eu sinto as suas mãos descerem pela minha pele, me fazendo arfar, enquanto ele brinca com o elástico das calças.

- Não brinques comigo James. - falo baixo, entre suspiros, e ele as puxa para baixo, me deixando só de roupa interior. Dou um pequeno salto e enrosco as minhas pernas na sua cintura, ao mesmo tempo que apoio as costas na parede. Ele morde o lábio e eu sinto enfraquecer, o que complica quando sinto o seu membro bater na minha intimidade ainda coberta pelo tecido da roupa. Ele a desvia para o lado, e me invade de uma vez, me fazendo impulsionar para a frente, de modo a tapar a boca com a sua pele do pescoço para não gritar.

As suas investidas são fortes, enquanto os seus lábios voltam aos meus e eu sinto a sua língua procurar a minha. Minhas mãos percorrem as suas costas e eu passo as unhas na pele dele, notando o tom vermelho aparecer, ao mesmo tempo que o sinto entrar e sair de dentro de mim com força.

Quando os meus pés tocam o chão, eu estremeço e ele me agarra, enquanto eu respiro apressadamente.

- Já devia de ter tomado iniciativa há muito mais tempo.

Falo e o ouço rir, antes dos lábios dele se juntarem novamente aos meus.

Ponto De Vista Vânia

Mesmo da cozinha eu consigo ouvir alguns gemidos e rio comigo mesmo. Finalmente, eles bem que já podiam ter feito isto há mais tempo, Jesus.

Levanto os pratos e os coloco na pia, abrindo a torneira e os lavando. Coloco a escorrer e seco as mãos, me virando e encarando Oliver que acaba de passar pela porta. Respiro fundo e quando passo por ele, a sua mão rodeia o meu cotovelo, me fazendo parar. E eu sinto o meu coração parar.

- O que você quer Oliver? - o olho desejosa de sair daqui. A minha alma não aguenta mais.

Antes que eu possa me retirar, ele vira o meu corpo na sua direção, me faz andar dois passos para trás o que me faz bater com as costas na bancada, bem na zona das costelas e eu faço uma cara de dor.

- Você está bem? - ele puxa a minha face para si, e passa os dedos nos meus lábios. E todo o trabalho que eu tava tentando fazer, toda a maneira que eu tava tentando o esquecer mesmo vivendo na mesma casa, acaba de ir para o ralo. Coloco a mão no seu pescoço e o puxo para mim, o beijando.

The Big Ben // James Phelps Onde histórias criam vida. Descubra agora