Seu Jogo

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Ponto De Vista Liana

Ajudo Van a arrumar a sala, e parece que eu vivo um dia todos os dias pela manhã. Já passaram os 15 dias da quarentena mas o governo avisou que pelo menos mais 15 dias teremos que viver da mesma maneira, ou seja, sem sair de casa a não ser por emergências.

- Eu não vou aguentar mais, juro.

Van fala se jogando no sofá e fixando o olhar na janela.

- Até parece amiga. - falo rindo enquanto ajeito as almofadas.

- Você fala isso pois está dormindo na cama com o James, fazendo você sabe o que se for preciso todos os dias. - ela rola os olhos.

- Você não faz por que não quer.

- Ah sim, agora sou eu que não quero. - ela se levanta e vai até à cozinha.

- Você não vai beber de novo ne? Tá cedo para isso Van.

Quase que corro até à parte da casa mas a vejo com um copo de água na mão.

- Até beberia, mas não tem nada já. - ela abana os ombros e leva o copo à boca.

- Pudera, você tem conseguido beber quase todos os dias que até acabou com o álcool da casa.

- Pelo menos enquanto bebo, não penso em merda.

- E que merda você tá falando?

Antes que ela possa falar, Oliver entra na cozinha e ela desvia o olhar para o lado, se vira do de costas para nós.

- Bom dia meninas. - ele fala e James entra alguns segundos depois, se aproximando de mim.

- Bom dia. - eu respondo e ouço ela respirar tão fundo que fiquei com medo que o ar da cozinha acabasse. Oliver mexe as sobrancelhas enquanto olha para mim, e sai depois de pegar algo do frigorífico. James beija a minha testa.

- Já volto. - ele sussurra e eu aceno com a cabeça.

- Você tá sendo idiota. - falo me dobrando sobre a pedra. - Se você tanto apregoa que não está apaixonada, segue em frente. Para de birra e de ficar assim por ele.

A vejo beber mais alguma água, e sei que se aquilo fosse uma bebida alcoólica qualquer, não duraria tanto tempo assim.

- Eu não estou de birra. - ela pousa o copo e me olha. - E eu não estou apaixonada.

Ela sai da cozinha e eu bufo. Incrível como ela consegue mentir para si mesma.

Começo a preparar as coisas para o almoço e coloco um avental. Abro a torneira quando sinto as mãos de James na minha cintura e dou um ligeiro pulo.

- Ia amar ver você somente de avental. - as minhas bochechas ganham um tom vermelho demais, pois eu sinto a face bem quente, e as minhas pernas abanam.

- James. - falo baixo e o ouço rir. Eu mereço isto.

Quando acabamos de almoçar, tanto eu como Van arrumamos a cozinha, ficando ela na louça e eu secando. Quando fica tudo limpo, ela vai novamente para a sala, e quando eu chego lá, ela está imitando um cão para o celular.

- O que você tá fazendo? - eu digo entre risos e me sento do seu lado.

- Soltando a minha cadelinha interior. - ela me passa o celular. - Porra, este Tom Felton é. - ela suspira. - Pena que ele está mais nos Estados Unidos que aqui.

- Sério?

Ponto De Vista Vânia

- Sim. - pego novamente o celular. - Mas era outro em que eu sentava que era uma maravilha.

A sombra de Oliver passa por detrás de mim e eu sinto os meus cabelos serem puxados para trás. Viro a minha face e o olho e ele ri de lado. Eu Reviro os meus olhos.

- Van. - ele fala com a voz rouca e eu indireito o meu corpo.

- Sim? - falo tentando não transparecer qualquer ansiedade.

- Me podias ajudar com uma coisa?

O olho e desvio o olhar para Lia que abana a cabeça.

- Preciso mesmo de ir? - falo olhando novamente o celular.

- Acho. - ele se aproxima de mim e sussurra roucamente no meu ouvido. - Melhor você ir.

A sua mão agarra o meu cotovelo e eu ergo o meu corpo, andando para a frente. Mas eu nem sei o que é para fazer. Passo no corredor quando o sinto me puxar para dentro do banheiro, e fechar a porta atrás dele.

- O que você está a fazer?

Antes que eu consiga dizer ou fazer mais alguma coisa, a sua mão agarra o meu cabelo, e ele vira o meu corpo, colocando as minhas costas junto ao peito dele.

- Então você gosta de ser cadelinha é?

Eu respiro fundo, e sinto a sua mão rodear o meu pescoço e o apertar levemente.

- Então é este o seu jogo? - falo entre lábios, e a sua mão estala bem na minha nádega.

- Como se você não gostasse. - ele me inclina, e eu dou graças por estar de saia. Ele a ergue e em questão de segundos o sinto me invadir. A sua mão volta a puxar o meu cabelo, e eu gemo alto, mas a sua outra mão tapa a minha boca.

- Pode ladrar agora. - ele volta a falar e eu sinto cada pedaço da minha sanidade que ainda tinha, sumir. Oliver bate mais uma vez na minha nádega e eu mordo o lábio para não gemer enquanto ele investe mais forte em mim.

- Se você quiser ser cadelinha. - ele fala puxando a minha face para ele, depois de eu ajeitar a minha roupa. - Que seja só para mim. - seus lábios cobrem os meus, de forma agressiva e eu sinto a razão me abandonar.

The Big Ben // James Phelps Onde histórias criam vida. Descubra agora