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Ponto De Vista Liana

Felizmente as limitações já foram levantadas e eu posso voltar a trabalhar, e a ansiedade foi tanta que eu acordo bem antes do despertador tocar. Olho James que abre os olhos e ri.

- Que foi? - falo entre risos.

- Você parece alguém que vai começar um trabalho novo, e você já lá está à tanto tempo. - ele coloca a mão em cima da minha barriga e eu escuro as asas das borboletas no meu estômago a baterem frenéticas.

- Eu sei, mas estive tanto tempo parada que estou ansiosa. Eu sou assim. - falo e abano a cabeça. - Nervosa e ansiosa.

Ele mexe o corpo e quando o olho novamente ele está em cima de mim, apoiando os cotovelos no colchão.

- Então eu posso tentar relaxar você? - ele fala de forma rouca e eu sinto tudo em mim ficar extremamente húmido.

- Como se eu fosse impedir. - ele sorri e me beija, dirigindo uma das suas mãos até à minha roupa interior, que é a única coisa que estou usando. Sinto os seus dedos no ponto mais sensível do meu corpo, e arqueio as minhas costas, soltando gemidos entre os beijos. James puxa a roupa para o lado, pois se há coisa que eu já estou, é mais que preparada para ele. O sinto me invadir e cruzo as minhas pernas na sua cintura, e ele agarra os meus seios, elevando mais um pouco o seu corpo. Vários gemidos saem das nossas gargantas e eu inclino mais o meu corpo, e o sinto mais fundo em mim.

Ele pega o meu corpo por baixo, me fazendo sentar no seu colo, sem se retirar de dentro de mim. Eu agarro o seu pescoço, e o beijo sentindo ele passar a mão entre a minha barriga e os meus Seios.

- Relaxou? - ele fala mal se joga no outro lado da cama e eu solto um riso.

- Idiota. - no meio do riso, sou novamente surpreendida pelos seus lábios.

- Amo você Lia.

Eu o olho e sinto os meus olhos ficarem molhados.

- Você tá chorando? - ele ri e beija o meu nariz.

- Para. - o empurro mas ele me puxa. - Eu também amo você James.

Ponto De Vista Vânia

Paro na padaria, pedindo o normal e o rapaz atrás do balcão me sorri como todos os dias, mesmo eu não conseguindo ver o seu sorriso por conta da máscara. Faço o mesmo, pegando o pequeno saco de papel e pagando. Mais um dia de trabalho, desta vez já no escritório. A melhor coisa que eu podia ter, pois assim eu consegui mais facilmente me libertar de tudo.

Já passou tempo demais, e eu já estou no fim da minha caminhada para que a minha saúde mental esteja melhor. Eu não procuro, eu não vejo nada que seja relacionado. Eu simplesmente esqueci.

Pego o celular e aproveito para ligar para Lia.

- Oi besti. - ela fala mal atende a chamada.

- Oi vida. - ouço latidos no fundo. - Está ocupada?

- Não Van, estou só acabando de colocar o soro. Como você está?

- A caminho do trabalho. - fecho um pouco mais o casaco junto ao pescoço e olho para os lados. - E você?

- Estou bem, pois quando estou a trabalhar estou sempre bem.

Eu solto um pequeno riso e atravesso a rua. Continuo a caminhar por uma rua.

- Eu acho que daqui a um tempo vou ter a minha chance de estar no centro de tudo. - falo sorrindo.

- Então?

- Você sabe que o futebol já voltou, mas como em muitos países não existe público ne? - a ouço assentir. - Então, o nosso jornal tem uma parte dedicada a adeptos de clubes, e eles já andam a preparar  entrevistas em estádios.

- Que bom, e é você que vai gerir o som?

- Em princípio sim. - paro em frente ao prédio do jornal e olho os carros parados, e principalmente um, que me é muito familiar. - O técnico de som está de baixa, e devo ser eu. Só não sei ainda quem é a pessoa e nem onde é.

- Você vai se safar muito bem.

- Obrigada amor. Vou trabalhar, bom trabalho. Amo você.

- Também Van.

Desligo a chamada ainda olhando o carro mas abano a cabeça e entro no prédio. Subo as escadas e clico no botão do elevador. Entro e carrego no botão do andar, mas o elevador para no andar seguinte e quando abro a porta, eu rolo os olhos. A pior pessoa do prédio inteiro acaba de entrar.

Me encosto para o lado e ele ocupa o lugar vago que eu deixei. Olho os botões, e o meu suspiro é tão alto que o sinto me olhar. Por favor, que nenhuma palavra surja, amém.

- Bom dia Van. - a voz dele ecoa.

- Bom dia Josh. - dou um sorriso de lado.

- Deveríamos de jantar um dia destes.

As portas se abrem e ele coloca a mão para eu sair e eu faço isso, e ele me segue colocando a mão nas minhas costas. Eu o olho e quando viro a face para a frente, vejo o meu chefe falando com alguém no escritório.

- Bom dia pessoal. - falo ao mesmo tempo que me sento e ligo o notebook. Felizmente Josh foi para o lugar dele, e eu posso respirar em paz. Começo a trabalhar quando o sinto ao pé de mim.

- Que queres Josh? - lhe pergunto sem tirar os olhos do ecrã.

- A resposta ao meu convite.

- Vou so lhe apresentar as pessoas que trabalham aqui. - a voz do meu chefe se sobrepõem à de Josh e eu desvio o olhar para ele que passeia pelos corredores falando. Quando chegam perto de mim, Josh ainda lá está.

- Este é o Josh, um dos melhores escritores. E a Vânia, a nossa mais recente aquisição e uma pedra por lapidar.

Quando elevo os meus olhos, eles o encaram logo.

- Oliver? - falo baixo mas me levanto e estico a mão sentindo ele a apertar enquanto me olha. - Josh, o jantar pode ser hoje?

Confirmo que a minha voz foi suficientemente alta.

The Big Ben // James Phelps Onde histórias criam vida. Descubra agora