Ponto De Vista Liana
Quando saio do banheiro, as minhas pernas ainda tremem. Nem sei como eu consegui evitar por tanto tempo isto, como eu conseguiu fingir que não precisava dele desta maneira. Caminho pelos poucos metros que separam a zona onde estou, da cozinha. Vejo Oliver sair pela porta e ergo a sobrancelha.
- Esta tudo bem?
Mal entro no espaço, a minha amiga está sentada com a cabeça encostada na bancada de mármore. Ouço o choro quase que silencioso dela e passo a mão nas suas costas.
- Van, que se passou?
Ela ergue a face e ajeita o cabelo, ao mesmo tempo que suspira fundo.
- Nada. Não se passou nada, e esse é o grande problema. - ela cruza as pernas enquanto eu me sento no outro banco a olhando.
- Você teve as palavras para mim, falando para eu me jogar praticamente dentro do banheiro com o James, e agora você não consegue fazer o mesmo?
- Por que eu não sei se o quero sabe? - ela se levanta e dá a volta à "ilha" central na cozinha, se aproximando da outra bancada onde pega um copo. - Ah, cerveja. - ela fala quando abre o frigorífico e retira uma garrafa apontando para mim que nego. Ela a abre e leva à boca, engolindo quase metade do seu conteúdo.
- Você não sabe o que? - lhe pergunto ainda a vendo de pé.
Ela se encosta à bancada, e me olha.
- Eu disse lhe aquilo do James, pois eu notei a léguas que vocês estão sedentos um pelo outro. - ela bebe mais um pouco. - Tipo, é algo que noto desde o dia do bar. Sabe quando nós achamos que nunca iremos encontrar a pessoa que nos completa? - eu aceno que sim. - Eu reparei que vocês os dois se unem e completam, nem é preciso muito.
- E você e o Oliver não?
- Longe disso. - ela bebe de novo, acabando o líquido e deitando a garrafa vazia no lixo, mas pega outra. - Eu até poderia sentir isso, mas não o vejo a ser assim. Eu serei somente mais uma a passar nos lençóis dele. - mais uma vez, mais de metade do líquido desaparece. - E eu não quero isso Lia. Eu passei tanto em Portugal, eu sofri como nunca pensei sofrer. E eu não quero isso de novo, por mais que eu queria sentar nele.
Um riso alto sai dos meus lábios e eu a vejo rir também, bebendo mais um pouco, e indo buscar outra.
- Van, pare de beber. Você tá escondendo isso na bebida.
- Me deixa Lia. - ela se senta, abrindo a outra garrafa mesmo ainda tendo o que beber. - Eu estou bem.
Rolo os olhos, vendo James passar para a sala. As borboletas voltam a aparecer e eu sinto a minha face esquentar.
- Você não me falou como foi. - Van fala me toca do no braço. - Eu lhe poupo de me falar os pormenores, mas foi bom? Valeu a pena?
- Oh se valeu amiga. Nem sei como esperei tanto tempo.
Ela ri e eu faço o mesmo, olhando a minha melhor amiga beber de novo. Eu só acho que hoje vai correr mal.
Ponto De Vista Vânia
Já perdi a conta a quantas garrafas eu bebi. Coloco a que acabo de beber em cima da bancada e me agarro à mesma pois a minha visão já está meio turva. Nós acabamos de jantar e eu não consigo aguentar mais o clima de sexo que existe em cima de Lia e James. Eles estão felizes e isso me deixa feliz mas também me deixa lixada pois eu nunca vou conseguir atingir essa etapa.
Eles se levantam e James sai da cozinha e Lia se aproxima de mim.
- Ele me pediu para ir dormir na cama com ele. - ela fala meio aos pulinhos e eu rio.
- Vai, não sejas boba. - abraço o seu corpo e ela deixa um beijo na minha bochecha.
- E você vai dormir também. - ela agarra na garrafa e despeja o resto do líquido que ainda tinha na pia, e a deita fora. - Você já bebeu demais e amanhã vai estar de ressaca e mal disposta. Eu já ajeitei mais cedo o colchão. Dormir já.
- Sim mãe. - coloco a mão junto à testa e junto os pés, e ela rola os olhos, saindo segundos depois. Eu tento caminhar direita até à sala, notando que mais ninguém já lá está. Respiro fundo e retiro a roupa, ficando só calcinha. Me deito, sentindo tudo rodar e me viro de lado, aproveitando para agarrar o celular.
Estou vendo algumas coisas, quando sinto uma sombra junto a mim. Quando ergo os meus olhos, Oliver me encara.
- Perdeu algo? - falo rolando os olhos, e em segundos ele se coloca em cima de mim, com uma perna em cada lado, e retira o celular das minhas mãos, as prendendo em cima da minha cabeça.
- O que eu falei que era para você não fazer Van? - a sua voz rouca penetra nos meus ouvidos e eu solto o ar em forma de gemido, quando sinto uma das suas mãos agarrar novamente o meu pescoço.
- Porra Oliver. - falo baixo também, o olhando. - Vai demorar muito?
- A fazer o que? - ele passa a língua no meu pescoço e as minhas estruturas desabam por completo.
- A me fazer sua.
Ele me beija, e solta as minhas mãos, puxando o lençol que cobria o meu corpo quase nu. Eu agarro a sua camiseta e a puxo para cima, o despindo e sinto a sua mão ir até ao meu ponto mais sensível. Coloco a cabeça para trás, gemendo baixo enquanto ele toca lá.
Desço as minhas mãos até as suas calças, as puxando para baixo e não preciso de muito esforço para o fazer, pois ele me ajuda. Quando a peça sai do seu corpo, ele eleva uma das minhas pernas e o sinto me invadir rapidamente. Coloco a minha boca no seu pescoço para que os meus gemidos não se ouçam em mais nenhum lado.
Oliver puxa as minhas pernas, e me vira, e eu sinto a sua mão bater com força na minha nádega.
- Ai. - coloco a boca na almofada, quando sinto o meu cabelo ser puxado para trás, enquanto o sinto me invadir novamente. Jesus, amanhã eu não me levanto.
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The Big Ben // James Phelps
RomanceLiana 20 anos, recém chegada a Inglaterra, no início de um ano civil, em busca do sonho de finalmente trabalhar em Veterinária. Ela deixou em Portugal, família, amigos mas leva na bagagem sonhos. E talvez espaço para um amor.. // História dedicada a...