Jonathan.
Conversar com a mãe da Agatha me deixava nervoso, mas era uma mulher muito legal, era simpática e fazia de tudo para agradar os outros. Fiquei ali no sofá cm a Agatha, assistindo um filme que passava na TV, passei meu braço por cima dos seus ombros, ela me olhou de canto de olho, dei um sorriso de leve que foi correspondido.
- Você tímido é uma graça sabia?- Ela falou se virando para mim.
- Se for pra chegar perto da graça que você é, fico tímido mais vezes.- Falei sem pensar.
Agatha, sem pensar também, pelo menos eu acho, colou seus lábios aos meus. Sua boca estava fria, mas intensa como da última vez, ouvimos alguns passos, então paramos.
- Eu acho que estou...- Ela começou a falar, mas logo foi interrompida.
- Filha, fiz pipoca para vocês.- A mãe dela gritou da cozinha. Agatha se levantou para ir buscar, quando caiu de volta no sofá.
- Estou tonta.- Ela falou se apoiando em mim. Mal respondi ela, quando ela foi correndo para o banheiro.
- Está tudo bem?- Falei batendo na porta.
- Me ajuda aqui, por favor?- Ela disse lá de dentro.
-Segura meu cabelo. Nesse momento a mãe dela chegou.
- Toda vez que ela vai para o hospital, eles enchem ela de remédio, ela sempre passa mal, mas não adianta falar.- A mãe dela falou entrando no banheiro.
Agatha ficou mais uns cinco minutos ali. Depois voltamos para o sofá, já era cerca das 17:00 horas, quando decidi ir embora.
- fica, janta aqui.- Agatha pediu com um olhar triste.
- Pode ficar, ninguém costuma visitar ela em dias assim, nem mesmo Lara.
Decidi ficar, mas também decidi que eu ajudaria a mãe dela na cozinha, não queria ser um peso ali.
- Posso fazer um caldo que sei, é bem leve, então acho que não vai fazer mal para ela.- Falei me direcionando à mãe dela.
- Não precisa.- As duas falaram ao mesmo tempo.
- Faço questão. Depois de insistir um pouco, convenci elas, então fui para cozinha, mas antes dei um beijo na teta da Agatha.Como estava cedo, me sentei com elas na sala, só faltava ferventar uma coisa ou outra, então tinha um tempinho ali.
Agatha.
Jonathan tinha decidido fazer janta aqui em casa, eu nem sabia que ele cozinhava, fiquei surpresa.
- Que horas são?- Ele perguntou.
-18:30.
- Vou terminar de fazer lá, você está bem?
- Sim.
Ele se levantou e foi até a cozinha, eu ficava admirada com o jeitinho dele, ele era fofo, atencioso, nem parecia aquele menino que eu via na sala de aula.
- Vocês estão namorando?- Minha mãe perguntou enquanto mudava o canal da TV.
- Não.
- Ele parece ser um menino bom.- Ela disse olhando para cozinha.
- Ele é.- Na hora que falei nem percebi que sorria, bom, toda vez que eu falava dele eu sorria... Passou uns minutos, e ele veio na sala, numa concha trazia um pouco do caldo.
- Experimenta.- Disse me entregando a concha.
- Está maravilhoso.
- Casa comigo que come mais vezes.- Ele falou rindo. Ri de volta, e ouvi minha mãe rindo de algum canto da casa, fiquei sem graça, mas claro; não neguei.