Instituto Benfol - Melissa e Hunter

CAPÍTULO 3

Alana segurava no braço de Melissa para a mesma não cair, tinham acabado de sair da enfermaria e a loira estava sobe efeito de analgésicos, estava praticamente dopada oque deixou a morena com raiva já que foi a loira que pediu dose extra para a enfermeira. Pararam em frente o elevador e esperaram o mesmo para irem a sala do diretor, saibam que teriam consequências pelos seus atos e Alana não sabia oque esperar desse castigo. 

Melissa se sentou na cadeira de couro em frente a mesa do diretor, estava pouco se fodendo para oque o mesmo estava dizendo, só queria deitar em sua cama e dormir. Quando se deu conta que iria para seu primeiro castigo a mesma pediu dose extra de analgésicos para a enfermeira e os tomou de uma só vez, queria que toda a dor em seu corpo passasse e a vergonha também, ela sabia que essa briga chegaria nos ouvidos de seu pai e se ele ficasse sabendo que a pequena havia apanhado teria sérios problemas com o mesmo. 

— Todos estão de castigo, o final de semana inteiro! — Disse o mais velho com uma expressão serena, olhando para cada um dos jovens ali presente.    

Todos bufaram em desgosto e se mantiveram quietos, sabiam que se dessem um pio seria capaz de irem para o campo e nenhum deles queria ir. 

— Amanha quero todos aqui em minha sala, as seis em ponto. Sem atrasos se não o castigo será pior! — Disse com um sorriso maquiavélico. 

Os alunos sabiam das praticas de Otavio nas horas vagas, e ele ficaria muito satisfeito em punir um de seus alunos como exemplo.        

Se levantaram e saíram da sala em silencio, todos ali estavam com raiva um do outro e sabiam que se alguém abrisse a boca rolaria outra briga. 

— Você me paga! — Hunter disse baixinho no ouvido de Melissa. 

Ele estava com raiva da fantasminha, uma raiva inexplicável, queria pegar a mesma pelo pescoço e aperta até vê-la roxa de boca aberta, ou pior, queria amarra-la em uma das mesas de tortura e corta cada pedacinho de sua pele até não sobrar nada da loira. Entrou no elevador junto com os garotos e foram para o primeiro andar. 

Alana jogou Melissa na cama e foi para a sua, estava preocupada com a amiga e ainda sentia seu corpo dolorido, olhou para seus braços e os viu cheio de arranhões, a amiga de Sasha tinha as unhas grandes com isso deixou o corpo da morena cheio de marcas. 

Melissa se remexeu inquieta na cama, abriu os olhos e deu com o breu da noite, olhou para o relógio de parede que marcava 00:35, tinha dormido a tarde toda e entrado com a noite, esse era seu plano quando pediu remédios a mais, dormir até seu corpo entrar em coma e ela não acordar mais, mas como a vida é uma cretina com todos seu plano não havia dado certo. 

Se levantou e olhou para a janela, viu o corpo de Alana encolhido no meio do colchão e decidiu cobrir a garota, gostava do modo como a garota cuidava dela e queria retribuir mas não sabia como, em dezessete anos de vida nunca teve muito carinho vindo das pessoas, e o pouco que teve de sua mãe lhe serviu mais como aprendizado do que demonstração de sentimento. 

A menina pegou sua necessarie e saiu do quarto, sentia seu corpo mole pelos analgésicos e se perguntava por que ainda estava de pé, queria morrer logo para que toda aquela culpa e dor fosse embora mas nada ia. Foi a passos leves para o banheiro, queria tirar aquele uniforme e colocar uma roupa mais confortável, quem sabe assim voltaria a dormir. 

Entrou no banheiro e todas as luzes se acenderam afetando sua vista, pós suas coisas na bancada e se olhou no espelho, estava horrível, os cabelos nas alturas, alguns arranhões nas bochechas e pescoço, sua testa estava com alguns pontos e em seu olho esquerdo tinha um belo roxo, queria chorar com aquela visão, se sentia fracassada e a vontade de acabar com tudo lhe atingiu como um soco, podia acabar agora com aquela culpa e ninguém lhe impediria, no dia seguinte iriam achar apenas seu corpo, pensou.