CAPÍTULO 9

31 4 7
                                    


Melissa continuou caminhando a passos largos em direção aos dormitórios, o sol havia saído em chicago e ela tentava a todo momento fugir dele.

Agarrou sua bolsa e livros, e apressou mais o passo, a verdade é que ela não estava fugindo apenas do sol, mas também da sombra feminina que vinha atrás dela, Alana.

Desde o ocorrido no banheiro as coisas estavam piores, ela tinha pesadelos a noite, comia pouco e mal falava. Na verdade, todos os dias ela percebia que ainda estava viva no momento em que dava com os olhares gélido de Hunter.

Quando estava perto da ponte esbarrou em algo, ou melhor, alguém; Sasha.

— Você de novo, aberração! — Soltou com desdém.

A loira abaixou os olhos e apertou os livros contra seu corpo como espécie de escudo.
Escutou os passos se aproximando e logo a sombra de Alana a cobriu.

— Chegou a intrometida! — Disse levantando os olhos para Alana.

— Não enche. — A morena respondeu sem paciência.

— Eu não quero briga! Então por favor, me deixa passar ? — A loira disse ainda olhando para o chão. 

Sasha continuou olhando para ela mas cedeu passagem.
Ela voltou a andar rápido fugindo de Alana, mas sentiu que a morena ainda estava em seu encalço.
Quando estava abrindo a porta do dormitório Alana encostou seu corpo na parede ao lado da porta. Ela entrou no quarto, deixou suas coisas na mesa que compartilhava com a morena e sentou de cabeça baixa na cama.

— Quer me dizer oque está acontecendo ? — Alana surtou.

Melissa suspirou exausta, pensou em contar do ocorrido no banheiro para a garota mas desistiu da ideia rapidamente.

— Nada! — Respondeu simples.

Alana se enfureceu, cruzou os braços e encarou fixamente a menina loira.

— Você tá estranha! Faz dois dias que não come direito, tem pesadelos quando dorme e anda fugindo de todos. Quer me contar por que esta assim ? — Ela berrou e tomou fôlego.

Era nítido que Alana também estava exausta.

Melissa queria chorar e por tudo para fora, tirar um peso das costas, mas não podia. Se contace todas as coisas que aconteceram Alana teria nojo dela.

— Tô com medo! Medo que descubram oque fizemos. — Mentiu.

Em partes era verdade, fazia dois dias qua haviam enterrado Nelly, e pensar que alguém poderia ter os vistos na floresta causa arrepios na garota.

Algumas pessoas já haviam notado o sumisso repentino da professora e no dia anterior pegou Otávio olhando para ela, pensou que o mesmo poderia saber de algo, mas descartou a ideia quando o mesmo não a chamou em sua sala. 

Se levantou da cama e andou até a morena, levantou a cabeça e olhou em seus olhos.

— Eu tô bem! Juro! — Disse em um fio de voz oque fez Alana duvidar mas relevou.

A dois dias atrás quando chegou chorando de madrugada não sabia que a garota estava acordada, mas constatou que estava quando a mesma se deitou do seu lado, fez carinho em seus cabelos e sussurrou que tudo ficaria bem. A loira nunca tivera uma amiga assim.

Foi nesse momento que ela percebeu que Alana realmente se preocupava com ela e abaixou a guarda, chorou a madrugada inteira e quando não tinha mais forças para chorar ela apenas dormiu nos braços da amiga.

— Ta bom! Vou acreditar em você. — Disse e abriu os braços.

— Me da um abraço ? — Pediu.

Instituto Benfol - Melissa e HunterOnde histórias criam vida. Descubra agora