Uma Descoberta Preocupante...

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            Ford verificou as medidas novamente... as leituras estavam oscilando demais. Estavam mais fracas que antes, mas ainda eram perceptíveis ao equipamento. Parou um momento para anotar e continuou a caminhar, com cuidado. A parar pela décima vez, Stan reclamou:

          "Vamos, Ford... por que está parando a cada dois minutos?"

           "Eu já vou, Stan... preciso anotar esses registros." – Ele guardou a caderneta no bolso antes de continuar. "E depois, não estamos muito longe... a clareira deve ficar mais à frente."

            Stan não respondeu e continuou a avançar. Ford o alcançou e segurou-lhe no braço.

           "Vamos mais devagar, irmão... as medições estão oscilando demais. Não sabemos o que está provocando isso. Melhor sermos cautelosos." – ele entregou para Stan uma arma estranha. "Só use se for necessário."

           Stan olhou para a arma e depois para seu irmão. Fazia tempo que não usava uma dessas... Desde o fim do Estranhagedon. Seguiram com cuidado e ao chegar, espantaram-se ao perceberem que a estátua não estava à vista.

            "Tem certeza que é aqui mesmo? Não estou vendo a estátua do demônio..." – Stan olhou em volta. "Você deve ter se enganado e o lugar é outro..."

             "Não, Stan... é aqui mesmo! As leituras estão ficando mais fortes." – ele se aproximou de uma pilha aparente de entulhos. "Isto é, ou era, a estátua do demônio... e Dipper esteve aqui!" – Ele pegou algo no chão e exibiu. Era o boné de Dipper.

             "O boné do Dipper? E estava jogado no chão? Dipper não largaria isso assim, de qualquer jeito!" – Stan se aproximou, pegando o objeto, ainda molhado e sujo de lama.

             "Não estou vendo rastros ou qualquer sinal aparente. As pistas devem ter sido apagadas pela chuva... Mas, pelo que podemos ver, imagino que Dipper veio até aqui... e desapareceu. As energias residuais terminam aqui... como se tivessem evaporado." – Ford apontou para a floresta e nada.

          "Quer dizer que..."

           "É o que temo: Bill se libertou da estátua, ontem à noite. A tempestade deve ter contribuído para isso! Esse maldito demônio triangular está livre... e deve ter matado o garoto. Ou o aprisionou... o que é também assustador!" – Ford concluiu.

           "Era só o que faltava..." – Stan passou as mãos pelo rosto. "Agora temos um membro do Zodíaco desaparecido e talvez um demônio à solta, pronto para provocar um novo apocalipse!"

              "Vamos voltar para a Cabana... e rápido! Felizmente, ela está protegida contra demônios. Precisamos alertar os outros membros. Se Dipper ainda estiver vivo, teremos que encontrá-lo e resgatá-lo!" – Ford guardou o aparelho de medição e empunhou a sua arma.

             Stan concordou com um aceno e os dois voltaram para a cabana, correndo o mais rápido que podiam. Todos corriam perigo, nesse momento. Era hora de reunir o Zodíaco novamente...



             Dipper estava tão distraído com a leitura que não percebeu que as horas voaram... O livro que estava lendo era muito bom. Só parou quando Sebastian entrou na biblioteca e avisou que o almoço estava pronto. Ele largou o livro e seguiu o mordomo até a sala de jantar. Antes de abrir a porta, Sebastian o avisou:

           "O Mestre o aguarda, jovem... pode entrar!" – Ele abriu a porta para que Dipper entrasse.

           "Obrigado, Sebastian..." – Dipper entrou devagar, receoso em encontrar com seu salvador misterioso. Deu alguns passos e percebeu um homem alto de costas, olhando pela janela.

A Culpa de Um InocenteOnde histórias criam vida. Descubra agora