Dia de Luta

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            Quando Dipper acordou, percebeu que estava sozinho na cama. Uma olhada no relógio e viu que passava das dez horas. Ele bocejou e foi ao banheiro para fazer suas higienes. Depois, foi até a cozinha e encontrou Sebastian terminando de cobrir um bolo com glacê branco.

          "Bom dia, Sebastian..."

           "Bom dia, jovem Dipper!" – ele respondeu, antes de colocar alguns morangos graúdos para enfeitar. "Mestre Cipher teve que sair, novamente. Porém, pediu que lhe deixasse dormir. Assim que terminar aqui, eu servirei o seu desjejum."

            "Obrigado, Sebastian... eu mesmo me sirvo. Não estou com muita fome, mesmo... acho que dormi demais. E ontem à noite comi muita pipoca. Vou querer apenas um café e um pão de queijo." – Dipper disse, pegando um pãozinho da cesta. "Esse bolo é de morango?"

           "Sim, jovem Dipper... estou testando essa receita: bolo de chocolate recheado de morangos e suspiros. É uma receita que vi na internet. E Mestre Cipher adora doce... desde que se tornou humano, ficou doido por coisas doces." – ele levou o bolo para a geladeira.

             "Eu percebi..." – Dipper bebeu um gole de café. "Já disse para Bill cuidar para não exagerar... mas ele parece um saco sem fundo. Come doce como uma formiga. Se não cuidar, vai acabar tendo uma bela dor de dente..."

            Sebastian não respondeu e começou a recolher os ingredientes de cima do balcão e guardar tudo. Dipper terminou seu café e ao levar a caneca para a pia, perguntou:

            "Demônios também tem dor de dente, Sebastian?"

            "Eu não sei... nunca tive isso!" – respondeu ele, terminando de recolher a louça suja.

            "Se tem, possivelmente deve ser uma dor infernal..." – Dipper gracejou dando uma risadinha.

             "Ah, ah, ah, ah, ah... muito bom!" - Sebastian riu também ao compreender a piada.

            "Pode deixar que eu limpo a pia, Sebastian..." – Dipper se ofereceu.

              "Bem, jovem Dipper... eu queria ir até a cidade para comprar umas coisinhas. Fiquei com vontade de fazer umas maçãs do amor." – ele disse, enxugando as mãos.

             "Não tem problema... pode ir que eu limpo tudo aqui. Não se preocupe."

              "Você tem certeza? Mestre Cipher pediu que eu cuidasse de você, durante sua ausência..." – Sebastian estava hesitante.

              "Eu vou ficar bem... pode ir sossegado. Depois, Bill não deve demorar mesmo!"

              "Eu não demoro... volto logo!" – Sebastian pegou uma sacola grande e saiu, deixando Dipper sozinho na cozinha.

             Assim que Dipper terminou de limpar a cozinha, ele foi até seu quarto e arrumou a cama. Recolheu umas roupas sujas e as levou até a área de serviço, colocando para lavar na máquina. Depois foi até a biblioteca para ler um pouco. Ele havia acabado de se acomodar no sofá quando ouviu um barulho. Parecia que alguém estava andando pela casa. Estranhou, pois Sebastian havia saído e Bill costumava avisar quando chegava...

               Dipper se levantou e foi investigar. Ele saiu e foi até a cozinha. Não havia nada de estranho, e nem na sala de estar. Ao passar perto da sala de jantar, sentiu quando alguém lhe segurou um dos braços, cruzando-o nas costas e passou um braço em torno de seu pescoço, imobilizando-o. Ele se debateu, tentando se soltar. Porém, ficou paralisado quando uma voz conhecida sussurrou em seu ouvido:

A Culpa de Um InocenteOnde histórias criam vida. Descubra agora