A Culpa de Um Inocente

Novos sentimentos

              "Você... me... ama? Como... demônios não sabem o que é isso!" – Dipper arregalou os olhos. "Desculpa... não quis ser grosseiro!"

               "Eu entendo... é difícil acreditar mesmo! Principalmente, se tratando de um ser que tentou destruir o mundo, matar ou escravizar a humanidade e outras coisas mais." – Bill admitiu. "Mas, eu me apaixonei por você, desde o Estranhagedon... Você me desconcertou com sua coragem, sua persistência, seu desejo de sobreviver... tanto que resistiu a todos os meus truques."

              "Eu precisava sobreviver... era pela minha família e pelos meus amigos! Era por eles que eu continuei a lutar e a resistir."

                 "Sim, e quando fiquei preso na estátua, tudo que eu sentia era raiva e desejo de vingança... Eu estava consciente do que acontecia a minha volta. Para mim, era escuro e vazio... totalmente vazio. Quando você voltou, eu senti a sua presença. E quando começou a me visitar e falar comigo, eu o ouvia. No começo, achei graça de suas lamúrias. Só que quando você parou de vir, eu senti falta de ouvir sua voz. Pensei que não voltaria mais."

               "Tivô Stan me castigou por chegar atrasado para fazer o jantar. Além de me proibir em vir para a floresta, ele também confiscou meu celular." – Dipper confessou. "E essa foi apenas uma das suas punições..."

              "Eu sei disso... e sei que foi por causa dele que você fugiu no meio da noite, durante uma tempestade, e veio me procurar. Mesmo acreditando que eu estivesse morto, você queria me encontrar."

              "Nem sei por que eu fiz isso... talvez porque eu lembrava que você havia sido gentil comigo, na ocasião. E, eu estava tão desesperado que até você parecia menos perigoso."

              "Eu senti quando você abraçou a estátua e implorou para que eu voltasse para lhe buscar... você apertou a minha mão. Foi como um acordo. Eu me libertei e vi você desmaiado aos meus pés... naquele momento, eu jurei que iria proteger você, contra tudo e contra todos. Eu lhe trouxe para cá e cuidei de você. No dia seguinte, eu tive que sair... Então mandei Sebastian cuidar de você até a minha volta!"

             "Você tinha que resolver umas pendências..." – Dipper comentou.

             "Sim, Pinetree. Quando lhe trouxe para cá, Baby Time soube imediatamente e mandou me chamar. Eu tive que explicar que não havia lhe raptado, e sim, lhe salvado. Então, ele exigiu que eu fizesse um acordo com você, ou lhe devolvesse para sua família..."

             "Você não pode manter o garoto, como se fosse um prisioneiro, Bill Cipher!"

             "Ele não é prisioneiro, senhor!" – Bill tentou explicar. "Eu o encontrei ferido e inconsciente... ele está em minha casa para se recuperar."

               "Então o devolva imediatamente para sua família. Eles cuidarão dele..."

                "Mas, senhor... eu descobri que sua família o está maltratando. Ele tinha marcas de agressão e suspeito que tenha sofrido abuso, também! Se eu o levar de volta, provavelmente, ele morrerá!"

                "Isso não lhe diz respeito, Bill Cipher..."

                "Senhor, imploro que permita que eu cuide dele até que se recupere! Ele está muito machucado, e não é somente no corpo. Sua alma está ferida e seu espírito foi quebrado..."