-Eu acho que é uma boa ideia. - Tio kol diz, pra mim e Marcel.Suspiro cansado, eu sabia que não teria outra escolha, mas isso não significava que eu gostava daquela ideia.
- Podemos fazer isso amanhã. - Marcel diz pra mim.
Não o respondo, pensando sobre aquilo.
Ser o filho mais velho de Niklaus Mikaelson tinha muitas partes ruins, e ser negligenciado por ele era a pior delas. Foi sempre assim, ele me mal tratava, me ignorava e a situação piorou depois que a Hope nasceu.
Tio Kol já não aguentava mais aquela situação, ele odiava ver o que estava acontecendo ali, então me trouxe para uma reunião com Marcel, escondido da minha família.- Como farei ? - Pergunto, eu tinha medo daquilo, do desconhecido, eu conseguiria viver sozinho ?
- Nós temos muito dinheiro, deixaremos com você, lhe darei um cartão, no meu nome, Klaus não vai lhe rastrear. - Kol diz me entregando um cartão. - Você vai ficar bem, eu sei que vai.
Olho para meu tio, grato por sua ajuda, ele sempre cuidou de mim, sempre me tratou bem e não deixava Klaus me fazer algo que realmente me machucasse.
- Então esse é o plano, eu vou distrair todos em casa e Marcel lhe levará até um aeroporto, ele irá tirar você daqui, amanhã a tarde.
Marcel concorda com a cabeça, ele gostava do garoto e queria tira-lo logo dali.
- Se está combinado, melhor irmos, para que não desconfiem. - Kol diz e se despede de Marcel, vou até Marcel e o abraço.
- Obrigado. - Digo.
- Não por isso. - Marcel diz sorrindo pra mim.
Logo saímos de la, seguindo para a casa.
Quando chegamos, estava tudo em silêncio, até que ouço a voz daquele que deveria ser o meu pai.- Kol ? - Ele chama ja vindo até a entrada.
Ele vem até perto e assim que me vê, me ignora, olhando só para Kol
- Onde estava ? - Klaus pergunta.
- Preciso informar-lhe onde vou agora irmão? - Kol diz o olhando sério.
- Se vai levar essa criatura, melhor que me avise, eu ainda sou o pai. - Klaus diz com raiva na voz, eu suspiro ao ouvir aquilo, mais um dia, só mais um dia e eu seria livre.
- Apenas o levei para dar uma volta Klaus, mesmo que seja seu prisioneiro, ainda merece tomar um ar puro. - Kol lhe responde ríspido.
- Não se acostume, - Klaus diz olhando para mim. - Isso acabara quando Kol for embora.
Depois de me dizer aquilo, Kol me puxa, me guiando até meu quarto.
- Vá descansar, eu lhe vejo amanhã, lhe darei algo para comer mais tarde. - Kol diz sorrindo para mim.
Logo fico sozinho em meu quarto, olho ao redor, era minha última noite ali e isso de certa forma me fez me sentir aliviado, pego um livro que Kol tinha me dado de presente no meu aniversário e o leio.
Ouço alguém bater na porta e logo percebo que ja era de noite, mesmo sem nem abrir, eu ja sabia quem era.- Trouxe um lanche para você. - Kol diz quando abro a porta, ele era o único que vinha me ver e batia na porta.
- Obrigado tio. - Lhe agradeço, ele entra no quarto depois que lhe dou permissão.
- Me chame de Kol, - Ele diz sorrindo. - Sou muito jovem para ser tio.
Eu lhe olho, ele realmente era muito jovem. Começo a comer o lanche que ele tinha me trazido, ele me olhava, sem me dizer nada.
- Você conheceu minha mãe? - Lhe pergunto e ele me lançou um olhar indecifrável.
- Não, - Ele me responde. - Aparentemente, nem Klaus se lembra dela, ela surgiu uma noite, ele se encantou por ela e depois que ficaram, ela sumiu, voltou meses depois com você nos braços, ela parecia estar fugindo de algo, lhe entregou para Klaus dizendo que era filho dele.
Penso sobre isso, se minha mãe me deixou por que estava correndo de algo, então fez pensando no meu bem, certo ?
- Kol. - Escutamos Elijah chamar alto, Kol me olhou sorrindo de lado, e depois saiu do quarto.
Termino de comer e me deito, amanhã seria um dia longo, provavelmente eu não conseguiria dormir essa noite.
Eu realmente não dormi, fiquei pensando em como seria minha nova vida, e o tempo até a tarde pareceu se arrastar lentamente, arrumo a mochila que Kol tinha me dado e coloco minhas poucas roupas dentro.
Quando finalmente chegou a tarde, Kol veio apressado até meu quarto.- É agora. - Ele diz me puxando, o sigo rápido, o mais rápido que consegui. Estávamos fora da casa, e ele me diz em um sussurro. - Encontre com ele nesse endereço. - Ele me entrega um papel. - Seja feliz Orion.
Eu lhe olho com dor, não queria ficar longe dele, o abraço.
- Eu te amo Kol. - Digo fungando.
- Eu te amo sobrinho. - Kol diz sorrindo. - Agora vai, seja feliz.
Eu o olho pela última vez, e saio correndo. Sigo até uma pequena praça, onde o endereço que Kol tinha me dado indicava. Vejo Marcel parado ao lado de um carro.
- Oi Orion, vamos ? - Ele diz e eu entro no carro.
- Esse carro é seu ? - Lhe pergunto curioso.
- Não, se tivéssemos ido no meu, Klaus poderia lhe farejar. - Ele diz sorrindo.
- Por que está fazendo isso ? - Eu o olhava sem entender, por que se arriscar assim ?
- Você é um bom menino Orion, não merece a vida que está tendo. - Ele me diz simples.
Eu me calo, sem saber como lhe responder, olho para a janela e seguimos a viagem assim.
Quando chegamos ao aeroporto, Marcel me acompanha até a uma recepção, uma mulher estava ali.- Ola. - Marcel diz sorrindo brilhante para ela, ela o olha totalmente atônita.
- Gostaria de falar com sua chefe. - Ele diz e ela concorda com a cabeça, logo ela chama alguém por um microfone e surge outra mulher, loira.
- Ola senhor, queria falar comigo ? - Ela pergunta, nos afastamos do restante do pessoal.
- Eu lhe pagarei o que precisar, se me ver uma passagem para esse rapaz, sem precisar de um nome ou identidade. - Ele diz com todo o charme que tinha para a loira ali.
- Não posso fazer isso. - Ela diz meio confusa.
- Tem certeza ? Pode colocar qualquer nome no registro, eu não ligo, só o mande para qualquer lugar, sem jamais contar para alguém o que viu aqui. - Marcel diz. - Pagarei o que precisar.
Ela pensa um segundo, e passa um valor muito alto, Marcel nem vacilou quando ela disse o preço, apenas pagou em dinheiro.
- Por aqui. - Ela diz e eu olho para Marcel antes de a seguir.
- Obrigado Marcel. - Digo para ele.
- Seja feliz. - Ele diz a mesma coisa que Kol.
Sigo a mulher até um corredor, e depois para dentro do avião.
- Você irá na primeira classe, num lugar vago. - Ela diz e eu concordo com a cabeça.
Eu me sento no lugar que ela indica e logo depois ela sai.
Logo o avião decola, sinto meu coração acelerar e eu fico pensando em como seria minha vida de agora em diante.
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O primogênito
Fanfiction"Poucos sabiam, mas Nicklaus Mikaelson tinha um filho, um que veio antes da querida Hope. Orion nunca conheceu sua mãe e foi negligenciado pela família do pai, a não ser pelo seu tio Kol, que cuidava e o amava. Um dia ele foge, cansado daquela vid...