Demet bebericou seu frapuccino enquanto batia os pés no chão.
Ela havia passado a noite se questionando se a mensagem que havia mandado para Can de forma impulsiva havia sido demais. Mas nada havia a ser feito a não ser esperar.
"Eu irei agir... muito em breve"
Essas palavras rondavam a mente de Demet trazendo um frio na barriga junto com elas. Só em pensar a ansiedade a consumia. Demet bebericou mais um pouco do seu frapuccino e olhou em direção a porta ao ver alguém entrando. Não era ele.
A ansiedade a estava matando.
Demet inspirou fundo e pegou o celular para se distrair olhando o instagram. Foi rolando o feed distraidamente até que se deparou com uma foto de Can para uma propaganda de camisas e parou ali, com o fôlego preso na garganta. Como poderia ser tão lindo? Demet sentiu seu coração bater mais rápido e seu estômago se contrair
"Eu irei agir..."
Poderia ser logo? Quando seria o "muito em breve?"
Demet se lembrou do sonho que teve naquela noite. No sonho Can e ela estavam em sentados em um chão coberto por grama verde, Can estava com uma das mãos em seu pescoço e o polegar ia traçando o osso do seu maxilar de forma lenta. Então a mesma mão corria mais para trás, com os longos dedos se enfiando entre os fios do cabelo de sua nuca e angulando sua cabeça mais para o lado. A cabeça de Can então foi descendo, pousando os lábios de forma tão leve como uma borboleta do outro lado de seu maxilar, subindo e descendo de forma vagarosa, vertiginosa.
Demet fechou os olhos e jogou a cabeça para trás, deixando assim o pescoço livre, em um convite mudo. Convite esse que Can aceitou de bom grado. Ele foi descendo pequenos beijos ao longo do pescoço de Demet, até achar a veia pulsante ali, deixando um beijo aberto, quente e excitante. Um gemido traiçoeiro escapou da garganta de Demet e ela pôde sentir que Can sorria em sua pele. Malandro!
Mas os beijos não pararam e depois de explorar um pouco mais aquela área sensível Can continuou a subir pelo pescoço de Demet até plantar um beijo atrás da orelha para então capturar o lóbulo da mesma entre os lábios, logo após dar uma pequena mordida. Mais uma vez Demet não foi capaz de refrear um gemido ao mesmo tempo em que contraía os dedos e sentia os olhos revirarem.
Can em seguida passou o braço livre por sua cintura a aproximou de si, fazendo com que ela sentisse a dureza dos músculos dele. Com os lábios abertos e a respiração entrecortada Demet viu Can olhar para seus lábios com cobiça, então quase que em câmera lenta ela viu aquele rosto que parecia esculpido pelas mão de um artista renascentista se aproximando, centímetro a centímetro. O coração de Demet ribombava em seu peito em antecipação do beijo que estava prestes a acontecer
- Demet...
Ela escutou a voz baixa e rouca de Can dizer
- Demet...!
A voz vinha mais clara. Mais alta. Não era a voz baixa e rouca de seu sonho. Não era a voz cheia de desejo. Ainda era a voz do Can, mas era...
"Ah meu Deus..."
Saindo de seus devaneios Demet olhou para o lado, se deparando com Can parado ao lado dela. O susto foi tão grande que Demet deu um pulo da cadeira que estava sentada, derrubando seu copo de frapuccino que estava ainda com um pouco menos da metade
- Ah, porcaria – exclamou ela se afastando rápido da mesa
- Você se sujou?
- Não... Ainda bem
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A twist in my story
RomanceA vida tem o hábito engraçado de nos surpreender quando menos esperamos, da forma que menos esperamos. O que não foi diferente com Can Yaman. Após um período conturbado em sua vida, ele teve que tomar decisões importantes e alterar a sua rota. Nova...