Capítulo 18

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No capítulo passado...

"....

- Então hoje foi o dia das meninas... Eu me pergunto: quando será o dia dos adultos? - sussurrou Can em seu ouvido
- Quando você quiser. É só marcar - respondeu Demet - Na verdade... eu estava pensando em fazermos uma viagem...
- Hummm, gostei da ideia - Can ia distribuindo beijos pelo pescoço

- Mas você nem sabe para onde..

- Não importa para onde. Importa só que seja com você

Demet se virou entre seus braços e ficou na ponta dos pés enquanto passava os braços por seu pescoço

- Eu estava pensando em irmos para as montanhas. Há uns hotéis com umas cabanas bem reservadas e... - Demet teve seu fluxo de palavras interrompido quando Can colou seus lábios aos dela

- Vamos ver tudo isso... Depois... mas eu estava pensando... em um momento de pais.. mais imediato - Can ia pontuando as frases com beijos que ia espelhando pelo rosto e pescoço de Demet

..."


 O novo arranjo de morarem juntos saiu melhor do que o esperado e eles não poderiam estar mais felizes em estarem juntos, como uma pequena família.  As coisas estavam tomando seus devidos lugares de forma natural na vida de Can e Demet, como se enfim tivessem encontrado seu caminho, o caminho certo.

 Yıldız, obviamente, estava no céu e era uma bola de energia. Sua presença na casa de Demet trazia vida ao lugar e Demet sentia seu coração se encher a cada vez que chegava em casa e era recepcionada por uma Yıldız alegre e festiva. E nas vezes em que ela e Can chegavam muito tarde e a pequena já havia ido dormir, ver seus brinquedos espalhados pela sala traziam um contentamento sem igual para ela, traziam vida à casa e Demet já não conseguia mais se lembrar da época em que não era daquele jeito. Mas por mais que ver as coisas de Yıldız espalhadas traziam certo tipo de consolo, não era a mesma coisa que ser recepcionada por ela, nem de longe. Demet sentia falta das tiradas engraçadas e sagazes da menina e de sentir seu corpinho quente junto ao seu. Ninguém havia a avisado de que seria assim, de que estar longe, mesmo pelo curto período de um dia, a faria sentir tanta falta.

 Mas quando ela comentou isso com Can um dia, pouco depois deles terem se mudado para sua casa e eles terem passado aquele final de semana juntos, ele a avisou de que era normal, que seria sempre assim, mas que ela iria passar a se acostumar com aquilo, afinal era necessário. Ser pais não era algo fácil, você tinha sempre que estar na busca do equilíbrio, do eu e do lado materno (ou paterno), mesmo que no final se tratasse de um único ser, era como se houvesse essas partes fragmentadas de si que deveriam viver em equilíbrio, coexistindo, sem uma parte anular a outra. Não era fácil, mas Demet estava tentando ir aos poucos se adaptado a sua nova realidade - e Can a estava ajudando demais a administrar as coisas. 

Demet não pôde deixar de imaginar como teria sido para ele passar por tudo aquilo sozinho. Obviamente ele tinha os pais ao lado para ajuda-lo, mas ele ainda era um pai sozinho que teve que fazer todas as descobertas por si só. Ao pensar nisso Demet abriu um sorriso carinhoso, sentindo a admiração e o amor por aquele homem aumentar dentro dela quando ela achava que já não seria mais possível que ficasse mais forte. Mas havia um limite? Demet estava percebendo que não e ficou grata por isso.

- O que foi? - Can a perguntou baixinho para não acordar Yıldız. Eles estavam sentandos na cama da pequena, velando o sono dela, uma vez que ao chegarem ela já estava dormindo.

Demet se curvou para dar um beijo na cabeça loirinha e se virou para Can, pondo um dedo sobre a boca e em seguida indicado a porta com a cabeça. 

Após dar um beijo na cabeça da filha, Can se levantou a seguiu para a porta.

A twist in my storyOnde histórias criam vida. Descubra agora