Capítulo 9

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 - Não... não... não... – Demet ia falando enquanto passava pelas roupas do seu closet. Ela já estava ali há mais de quinze minutos, com a toalha ainda enrolada no corpo, mas sem obter sucesso. Parecia que de repente todas as roupas interessantes haviam sumido e ela não encontrava nada que a agradasse. Mas foi quando ela passou por um vestido curto na cor cinza que achou o que procurava.

"Vai ser este", pensou ela.

Sem mais demora Demet correu para colocar a lingerie e o vestido escolhido. Fez um rápido rabo de cavalo, para logo em seguida mudar de ideia e ir com ele solto. Passou delineador nos olhos, máscara de cílios e um batom vermelho vivo nos lábios.

Então foi a vez de escolher o que ia nos pés. Demet optou por uma sandália delicada de tiras e quando ia calça-las seu celular vibrou sobre a penteadeira

"Já estou na porta te esperando"

"Porcaria" pensou ela correndo para a frente do espelho de corpo todo e dando-se uma rápida olhada. Estava bom, não estava? A insegurança a dominou por uns instantes. A sua frente ela via uma Demet com o cabelo ondulado jogado para a frente, enormes e brilhantes olhos destacados pelo delineado, lábios brilhantes pelo batom e um par sandálias na mão. Qualquer um que a olhasse veria uma mulher linda, com uma beleza incomum, até um pouco exótica. Qualquer um que olhasse pensaria que aquela mulher não haveria motivos para ter inseguranças com a aparência. Mas não era assim que ela se sentia. Ela se questionava o porquê de não ter ido ao salão, de não ter comprado uma nova roupa para aquela ocasião. Mas havia sido tudo tão em cima da hora!

O celular apitou mais uma vez indicando uma mensagem que ela sabia pertencer a Rutkay, que havia vindo busca-la para deixa-la no local que havia marcado com Can. Demet saiu de seu transe correndo para a saída enquanto calçava a sandália e colocava seus pertences na bolsa no caminho.

- Achei que tinha desistido – comentou Rutkay quando Demet entrou no carro, ganhando somente uma revirada de olho em resposta, o que arrancou uma risada de Rutkay

- Vamos logo! – disse Demet de cara feia

O trânsito, como sempre, estava péssimo em Istambul. Demet batia com um pé no assoalho do carro e apertava uma mão na outra. Ela estava animada, mas nervosa também. Consideravelmente nervosa.

- Será que vamos demorar muito? Será que eu tenho que mandar uma mensagem para ele avisando que vou atrasar?

- Dem... Calma! Ainda temos tempo – "pouco, mas temos", ele acrescentou mentalmente – E então... gostei da roupa, mas uma bota aí ficaria muito melhor. Sabe aquela sua de cano alto?

A partir daí Rutkay começou a falar sem parar para distrai-la. E conseguiu. Demet parou de olhar repetidamente na tela do celular para ver as horas e seus ombros relaxaram mais.

Eram 22h quando Rutkay estacionou na frente do estabelecimento e Demet desceu do carro. Estava trinta minutos atrasada. Demet pegou o celular e passou uma mensagem para Can

 Demet pegou o celular e passou uma mensagem para Can

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