Capítulo 5

785 44 19
                                    

Maitê
Segunda-Feira de manhã, eu estava uma pilha de nervos enquanto entrava no prédio da empresa. Tinha tomado uma decisão: não iria sacrificar meu emprego por causa da nossa falta de juízo. Eu queria encerrar essa posição com uma apresentação perfeita para banca examinadora do MBA, e então sair e seguir com a minha carreira. Chega de sexo, chega de fantasia. Eu poderia tranquilamente trabalhar apenas profissionalmente com o Sr: Levy por mais alguns meses.
Sentindo necessidade de incrementar minha confiança, usei o vestido novo que a Ana me deu. Ele acentuava minhas curvas sem ser muito provocativo. Mas minha arma secreta era minha calcinha. Sempre gostei de Lingeries caras, e desde cedo aprendi onde encontrar os melhores preços. Vestir algo sexy debaixo das minhas roupas faz eu me sentir poderosa, e a calcinha que eu estava usando com certeza cumpria essa função. Na frente, era de seda preta enfeitada por bordados, e a parte de trás era formada por uma série de fitas de tule que se entrecruzavam no centro, onde havia um gracioso laço preto. Com cada passo, o tecido do vestido acariciava minha pele. Hoje eu poderia aguentar qualquer coisa que o Sr:Levy dissesse, e poderia dizer tudo de volta se fosse preciso.
Cheguei cedo para ter tempo de preparar a apresentação. Não fazia parte do meu trabalho, mas o Sr:Levy se recusava a ter uma assistente exclusiva para isso, e quando ele fazia as coisas sozinho as apresentações acabavam sendo um desastre no campo das amenidades: Nada de café ou comida, apenas uma sala cheia de gente, slides e folhetos perfeitos e, como sempre, trabalho sem fim.
O saguão do prédio um vasto espaço com a altura de três andares, que reluzia com granito polido no chão e mármore nas paredes, estava vazio quando as portas do elevador se fecharam atrás de mim, comecei a me preparar mentalmente, lembrando de todas as discussões que tivemos e dos comentários maldosos que ele fazia.
"Digite, não escreva nada a mão. Sua coligrafia parece a de uma criança da terceira série, Srta:Perroni"
" Se eu quisesse ouvir toda sua conversa com sua conselheira de graduação, eu deixaria minha porta aberta e pegaria um balde de pipoca. Por favor, fale mais baixo."
Eu conseguiria fazer isso. Aquele cretino escolheu a mulher errada para maltratar, e eu não iria deixar ele me intimidar. Passei a mão pela curva da minha bunda e sorri determinada. Calcinha do poder. Como eu já esperava o escritório ainda estava vazio quando cheguei. Juntei tudo que seria necessário para apresentação e me dirigir a sala de conferência. Tentei ignorar as imagens que surgiram em minha mente ao rever as grandes janelas e a enorme mesa.
Pare com isso, corpo. Cérebro, faça alguma coisa.
Olhando ao redor da sala ensolarada, preparei os arquivos e o laptop na mesa e ajudei os funcionários que servia a comida a arrumar o café da manhã junto a parede do fundo.
Vinte minutos depois, as propostas  estava engatilhadas, o projetor estava preparado e as bebidas também. Com o tempo sobrando, acabei me aproximando das janelas. Estiquei o braço e toquei o vidro liso,  arrebatada pela lembrança das sensações: o calor de seu corpo contra minhas costas, o frio do vidro contra os meus seios e o som animalesco da sua voz no meu ouvido.
"Apenas diga. E eu prometo que vou fazer você gozar."
Fechei os olhos e me inclinei, pressionando as palmas das mãos e a testa contra a janela, e permitir que o poder das memórias tomasse conta de mim.
Fui arrancada de minhas fantasias pelo som de alguém limpando a garganta.
William: Sonhando acordada no trabalho?
Maitê: Sr:Levy (engoli em seco,minha mente começa girar, nossos olhos se encontraram e mais uma vez fui atingida por sua beleza. Ele quebrou o contato visual para examinar a sala.
William: Srta:Perroni,vou fazer apresentação no quarto andar.
Maitê: Como é? (Perguntei, com a irritação invadindo meu corpo.) Por que? Sempre usamos esta sala. E por que você esperou até o último minuto para me dizer isso?
William: Porque eu sou o chefe, sou eu que faço as regras, e sou eu que decide onde e quando as coisas acontece. Talvez se você não estivesse tão compenetrada olhando pelas janelas, poderia ter confirmado comigo os detalhes de hoje de manhã.
Maitê: Que seja. (Engolindo minha irritação) Nenhuma boa decisão parece ser tomada nessa sala, de qualquer maneira.
Maitê
Quando entrei na outra sala de conferência, meus olhos imediatamente se encontraram com os do Sr:Levy sentado na sua cadeira, ele juntou as mãos á sua frente como sempre fazia. Era o retrato perfeito da impaciência. Típico.
Então, notei a pessoa ao meu lado: Osvaldo Levy
Osvaldo: Deixa-me ajuda-la com isso, Maitê (peguei as pastas dela)
Maitê: Obrigada Sr:Osvaldo (lancei um olhar frio ao seu filho e meu chefe)
Osvaldo: Maitê, quantas vezes preciso dizer pra você me chamar de Osvaldo?
Maitê
Sorri agradecida para ele e perguntei
Maitê: Como vai a Victoria?
Osvaldo: Ela está bem, continua me perguntando quando você vai jantar com a gente
Maitê: Por favor mande um Olá a ela (Não deixei de perceber o William bufando de irritação ao meu lado, ouvi passos atrás de mim e uma mão puxou gentilmente minha orelha e beijou meu rosto)
Sebastian: Oi, linda (Disse Sebastian, sorrindo para mim. Então se virou para falar com o resto da sala) Me desculpem pelo atraso. Achei que iriamos nos encontrar no andar de vocês.
Maitê
Joguei um olhar malicioso com o canto do olho para o meu chefe. A pilha de folhetos voltou para mim e entreguei uma copia para ele.
Maitê: Aqui esta Sr:Levy. (Sem nem mesmo olhar para mim, ele agarrou os folhetos e começou a folhea-los. Estúpido.
Quando fui me sentar, a voz grave do Sebastian disse
Sebastian: Ah Maitê, enquanto fiquei lá em cima esperando, encontrei isso no chão
Maitê
Fui até ele e vi dois botões prateados em suas mãos.
Sebastian: Você poderia tentar descobrir se alguém perdeu? Eles parecem carros.
Maitê
Sentir meu rosto derreter. Tinha esquecido completamente da minha blusa rasgada. 
Maitê: Hum... Claro.
William: Sebastian, posso dar uma olhada nesses botões?
Maitê
Disse o cretino de repente, tomando-os das mãos de seu irmão. Ele se virou para mim com um sorriso.
William:Você não tem uma blusa com botões iguais?
Maitê
Olhei rapidamente ao redor da sala: Osvaldo e Sebastian já estava em outra conversa, sem perceber o que acontecia entre nós.
Maitê: Não, não tenho.
William: Vc tem certeza?
Maitê
Ele pega meu pulso, ele percorre com o dedo desde do meu braço até a palma da minha mão, onde colocou os botões e a fechou. Minha respiração ficou presa na garganta e meu coração batia ferozmente contra o peito. Tirei a mão rapidamente, como se tivesse sofrido uma queimadura.
Maitê: tenho certeza.
William: Eu podia jurar que a blusa que você vestiu no outro dia tinha botões prateados. Aquela blusa rosa, sabe? Eu lembro porque notei que um deles estava meio solto quando vc foi me procurar no meu escritório.
Maitê
Senti meu rosto queimar ainda mais, se é que isso era possível. O que ele esta fazendo? Por acaso ele queria insinuar que eu tinha armado para ficar sozinha com ele na sala de conferência? Inclinando e chegando mais perto, com sua respiração quente no meu ouvido, ele sussurrou:
Você realmente deferia ser mais cuidadosa.
Tentei manter a calma ao afastar minha mão.
Maitê: Cretino (Disse entre os dentes cerrados antes que ele se afastasse, parecendo surpreso. Mas por que estava surpreso, como se fosse eu que tivesse quebrado as regras? Uma coisa era ser babaca comigo, mas colocar em risco minha reputação na frente dos outros executivos? Ele ira ouvir umas verdades mais tarde!
Durante a reunião, trocamos olhares, meus olhos cheios de raiva e os dele, de incerteza. Encarei as planilhas na minha frente sempre que possível para evita-lo.
Assim que tudo acabou, juntei minhas  coisas e sai correndo de lá. Mas, como esperado, ele veio logo atrás de mim para o elevador. Ficamos em silêncio enquanto subia para nosso andar.
Porque o elevador era tão devagar, e por que alguém em cada andar tinha de decidir chama-lo justo naquele momento? As pessoas ao nosso redor falava ao telefone, folheavam papéis, discutiam planos para o almoço. O som das vozes aumentou até se torna um burburinho alto, praticamente cobrindo os palavrões que eu dizia na minha mente para o Sr:Levy. Ao passar pelo 11 andar, o elevador estava quase lotado. Quando a porta abriu e mais três pessoas decidiram entrar, eu acabei sendo empurrada para ainda mais perto dele, com minhas costas encostado em seu peito e minha bunda em seu... Oh senti o resto de seu corpo enrijecer sutilmente e ouvi sua boca respirando fundo.
Em vez de me pressionar contra ele, me afastei o máximo que podia. Mas ele esticou o braço e agarrou minha cintura, puxando meu corpo de volta.
William: Eu gosto de me apertar contra essa bunda
Maitê
Ele sussurrou, com a voz macia e quente no meu ouvido.
Maitê: Onde você... Estou a dois segundos de te castrar com meu calcanhar. (Ele me puxou ainda mais perto.)
William: Por que você de repente ficou mais bravinha do que o normal?
Maitê
Virei a cabeça e disse, quase  sussurrando.
Maitê: Porque é típico de você fazer eu parecer, na frente do seu pai, uma puta querendo subir na carreira. (Ele deixou a mão cair e ficou boquiaberto)
William: Não, eu só estava brincando
Maitê: E se eles escutaram você falando aquilo?
William: Eles não escutaram
Maitê: Mas poderiam
William: Não vou pedir desculpas
Maitê
Claro que não, babaca.
Chegamos no 15 andar e algumas pessoas saíram. Estiquei o braço atrás de mim, deslizei a mão entre nos dois e a coloquei sobre seu pau. Ele exalou um suspiro quente em meu pescoço e sussurrou
William: Oh sim
Maitê
E então, eu apertei.
William: Merda. Desculpa!  Eu só estava brincando com você.
Maitê
Décimo sexto andar. As últimas pessoas saíram apressadas, todas aparentemente se dirigindo para uma mesma reunião.
Assim que as portas se fecharam e o elevador começou a se mexer, ouvi um grunhido vindo de trás e vi o Sr:Levy jogar rapidamente sua mão no botão de parar o elevador. Seus olhos se voltaram para mim e estava mais escuros do que jamais tinha visto. Em um único movimento, ele pressionou contra a parede com o seu corpo. Ele se afastou apenas tempo suficiente para me jogar um olhar raivoso e dizer
William: Não se mexa.
E, mesmo eu querendo mandar ele se foder, meu corpo implorava que eu obedecesse a qualquer coisa que ele dissesse.
No meio dos arquivos que eu levava, ele pegou um papel adesivo e colou na lente da camera que ficava no teto. Seu rosto estava a apenas a alguns centímetros do meu, sua respiração jogava lufadas de ar quente no meu pescoço.
William: Eu nunca iria insinuar que você ta tentando transar para subir na vida, você esta pensando demais.
Maitê: E você não esta pensando suficiente. Estamos falando da minha carreira. Você tem todo o poder por aqui. Você não tem nada a perder.
William: Eu tenho o poder? Você que veio se encostando no meu pau no elevador. É você quem esta fazendo isso comigo.
Maitê: Então não me assuste.
Maitê
O som do prédio ao nosso redor preencheu o espaço vazio do elevador enquanto continuamos a nos encarar. Um desejo por contato começou aumentar em mim, primeiro no umbigo, depois descendo até o meio das minhas pernas. Ele se inclinou para frente e lambeu meu queixo antes de cobrir meus lábios com os dele, e um gemido voluntário vibrou na minha garganta quando seu pau duro pressionou minha barriga. Meu corpo começou agir por instinto e minhas pernas envolveu no seu quadril, me apertando contra sua ereção, enquanto minhas mãos agarravam seus cabelos. Ele se afastou apenas o suficiente para os seus dedos encontrarem o fecho atrás do meu quadril. Meu vestido se abriu segundo sua vontade.
William: Uma gatinha tão bravinha...(Coloco as minhas mãos no seu ombro, olho no seus olhos e deslizo o tecido até o chão. A pele dela se arrepia giro o corpo dela e pressiono suas palmas contra a parede.
Tiro a presilha prateada que prendia o cabelo dela, deixando o cabelo dela cair pelas costas nua dela. Tomando os fios com as mãos, puxo a cabeça dela com força pro lado, expondo seu pescoço. Dou beijos quentes e molhados nas costas e no ombro dela. Me ajoelho atrás dela, agarro a bunda dela e mordo com vontade, provocando um suspiro agudo nela antes de me levantar.
William: Você gosta disso? (Meus dedos apertam os seios dela) De levar mordida na bunda?
Maitê: Talvez
William: Vc é uma garota muito safada. (Ela soltou um gritinho quando sentiu um forte tapa no lugar onde havia mordido, e em seguida ela geme de prazer. Senti ela puxar o ar em mais um suspiro agudo quando minhas mãos agarraram as fitas delicadas da calcinha dela e puxei com força.
Maitê: Espere outra cobrança no cartão cretino. (Ele riu de um jeito sombrio e me pressionou novamente contra a parede os painéis gelados de aço enviaram calafrios através do meu corpo, acordando memórias da janela naquela primeira vez. Tinha esquecido como era bom sentir o contraste. Frio e calor, resistência a ele.
William: Vale cada centavo
Maitê
Sua mão deslizou ao redor da minha cintura e pela barriga, descendo até que seu dedo pausou sobre meu clitóris.
William: Sabe, eu acho que você usa essas calcinhas apenas para me provocar.
Maitê
Será que ele esta certo? Será que eu estava delirando ao pensar que era apenas para mim?
A pressão de seu toque causava aflição, seus dedos pressionavam e liberavam me fazendo quer mais. Movendo se mais para baixo, ele parou bem na minha entrada.
William: Você esta tao molhada, você deve ter ficado pensando nisso a manhã toda.
Maitê: Vá se foder. Disse, perdendo o fôlego e jogando o meu corpo para trás quando seus dedos finalmente entraram.
William: Diga. Diga e eu te darei o que você quer
Maitê
Um segundo dedo se juntou ao primeiro, e a sensação me fez solta um grito.
Balancei a cabeça, mais meu corpo me traia novamente. Ele soava tão carente; Suas palavras era provocantes e controladoras, mais eu sentia como se ele também estivesse implorando. Fechei os olhos, tentando limpar meus pensamentos, mais aquilo era demais. Seu corpo vestido contra minha pele nua, o som de sua voz áspera e a sensação de seus longos dedos entrando e saindo deixaram-me à beira  do abismo. Sua outra mão se esticou, beliscando firmemente meu mamilo por cima do sutiã, e gemi alto. Eu estava quase lá.
William: Diga
Maitê
Ele fugiu no meu ouvido quando seu polegar esfregou meu clitóris.
William: Não quero te ver toda bravinha comigo pelo resto do dia.
Maitê
Eu cedi e finalmente sussurrei
Maitê: Eu quero você dentro de mim(ele soltou um grave lento gemido, e sua testa pousou no meu ombro quando começou a mexer mais rápido, enfiando e circulando. Seus quadris sustentavam minha bunda, sua ereção se esfregava contra mim, oh ahm gemi, enquanto meu orgasmo se pronunciava e cada pensamento se concentrava no prazer que implorava para ser liberado.
E então o som ritmico de nossas respirações e gemidos foi interrompido pelo toque agudo do interfone. Ficamos paralisados quando a percepção de onde estamos nos acertou como um soco. O Sr:Levy praguejou ao se afastar de mim e atender a chamada.
Virando, agarrei meu vestido,  joguei-se sobre os ombros e comecei a me ajeitar com mãos trêmulas.
William: Sim
Maitê
Ele parecia tão calmo, não mostrava nem um pouco de falta de fôlego. Nossos olhas se encontraram.
William: Entendo... Nós estamos bem... (Me abaixo e pego a calcinha rasgada do chão)
William: Não, simplesmente parou
Maitê
Ele ouviu a pessoa do outro lado da linha, enquanto esfregava o tecido de seda entre os dedos.
William: Tudo bem (Terminei a conversa e desliguei)
Maitê
O elevador tremeu e começou a subir. O Sr:Levy olhou para a calcinha em sua mão e depois para mim. Então, sorriu, saindo de perto da parede e se aproximando de mim. Colocando uma mãos de cada lado da minha cabeça, ele se inclinou, passando o nariz longo no meu pescoço, e sussurrou
William: Cheirar você é tão bom quanto te foder.
Maitê
Um pequeno suspiro escapou da minha garganta
William: E isso (Giro a calcinha em minha mão) Agora é meu.
Maitê
O elevador finalmente chegou no nosso andar. As portas se abriram e, sem nem mesmo uma rápida olhada para mim, ele guardou a calcinha no bolso do casaco e saiu.
Contínua

Estagiária Onde histórias criam vida. Descubra agora