AVISO LEGAL
Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência. Todos os direitos autorais e de publicação da obra pertencem à Katycia Nunes. A reprodução total, parcial, republicação e disponibilização em meios digitais ou físicos sem prévia autorização incorrem nas sanções previstas em Lei.
Primeira versão registrada no escritório de direitos autorais da Biblioteca Nacional em 01/09/2003.
Atualização registrada no escritório de direitos autorais da Câmara Brasileira do Livro em 03/05/2021.
Olá! Quero te dar as boas vindas. Meu nome é Katycia Nunes e sou escritora há mais de vinte anos. É incrível ter você aqui! Antes de começar a história, quero te contar um pouco sobre este livro, a importância dele e a batalha para torná-lo real.
Xeque-Mate não foi o primeiro livro que escrevi ou a primeira história que criei, mas, sem dúvida, foi aquela que precisava ser contada primeiro. A primeira tiragem foi produzida para a Bienal do Livro de São Paulo, em 2004, uma jornada contra o tempo e o preconceito.
Na época, a literatura LGBTQIA+ não tinha espaço nas livrarias. Principalmente aquelas que falavam de histórias de amor que davam certo, ninguém morria em uma tragédia, vítima de uma doença incurável ou da rejeição. Tudo era muito difícil, desde encontrar alguém interessado em publicar até lutar pela obra dentro da própria editora. Sim... Xeque-Mate sofreu discriminação dentro da própria editora que aceitou o desafio de publicá-lo, por abordar um relacionamento homoafetivo que, apesar das questões LGBTQIA+, se desenrolava como qualquer relacionamento no mundo, homossexual ou heterossexual, o que incomodou demais.
A apresentação original do livro foi escrita pela queridíssima Laura Bacellar, um texto lindo, emocionante, sobre as vozes que precisavam ser ouvidas. Infelizmente, somente quem adquiriu um dos cinco mil exemplares publicados naquela época terá acesso a esse texto. Porém, para terem uma dimensão do descaso com o livro, nem o nome da Laura apareceu na capa, como fora combinado e como eu tanto desejava.
A despeito de todos os obstáculos, o livro saiu. Eu e Renata, guerreiras até o fim, lutamos bravamente para colocá-lo em circulação e levar até as pessoas uma ideia diferente do que era relacionamento homoafetivo, que o amor não tem gênero, que aceitação começa dentro de casa, nas famílias, e que a realidade pode ser um pouco mais gentil.
A publicação foi repleta de problemas de diagramação, revisão, trechos e parágrafos que desapareceram... todo o tipo de pecado mortal para uma obra literária! Para mim, que havia dedicado dois anos da minha vida a escrever e preparar o original, aquilo foi uma punhalada. E eu prometi para mim mesma que, um dia, Xeque-Mate seria relançado com todo o carinho que merece.
Por isso, você acompanhará a história de duas almas que se completam e escolhem ficar juntas. Não fiz atualização no livro, porque isso vai contra o que ele significa. Naquela época, nem todo mundo tinha celular. Smartphones não existiam. A internet era discada. A informação ainda estava nas pessoas e não na rede. O programa de troca de mensagens mais usado no Brasil era o ICQ e a rede social que mais usei para divulgar o livro foi o Orkut. O Google não era o império que é hoje, mas somente um buscador (muito bom por sinal). Eu só tinha Gmail porque alguém havia me enviado um convite e tive mais 20 convites para enviar a outras pessoas.
E isso torna a obra ainda mais bonita, porque percebemos que, apesar dos avanços tecnológicos e a disseminação de redes sociais e informação, nossas questões de aceitação e discriminação permanecem. Os receios de hoje são os mesmos de dezessete anos atrás. A sociedade ainda precisa evoluir para abraçar todas as formas de ser e de amar.
Sem mais, convido você a mergulhar nessa história de amor, desejando que, independentemente da sua orientação sexual,das suas crenças ou das ideias preconcebidas, tenha a feliz surpresa do destinode amar e ser amado por alguém como Alexander e Nicholas se amam.
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Xeque-Mate: o amor não tem regras
RomanceNicholas Fioux é um empresário de 27 anos, bem sucedido, indiferente, distante e amargo que abriu mão de todos os seus sonhos para ser o alicerce de sua família, mas que tinha tudo sob controle... até a vida lhe apresentar Alex. Alexander Oliveira é...