Capítulo 17 | Xeque-Mate

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Nicholas olhou mais uma vez o celular para conferir a hora

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Nicholas olhou mais uma vez o celular para conferir a hora. Já passara em casa, pegara os documentos e estava ali, na cafeteria do hospital, esperando por Alexander. Ficou surpreso quando se deu conta de que já eram sete horas da noite. Muito tempo de conversa. Muito mais do que imaginara ao deixar o namorado na casa de Violeta.

Correu a mão pelo cabelo, nervoso. Não havia mensagem nova. Alexander não entrara em contato ainda. Temeu pelo confronto entre mãe e filho porque, se ainda estivessem falando até aquela hora da noite, significava que a situação era muito pior do que previra, e não costumava se enganar nessas situações.

Checou novamente as mensagens de SMS. Davi enviara uma naquela tarde, perguntando como estava Navarre e se precisava de alguma coisa, nem que fosse companhia. Sorriu de leve. Há menos de trinta minutos do último boletim da noite e tendo os médicos avisado de que seria um reporte importante para determinar o que fazer dali para frente, estar sozinho, de repente, pareceu mais do que poderia suportar.

Seus pensamentos iam por aí quando a mensagem do amante chegou. Um instante de alegria... que morreu à medida que lia as linhas da mensagem apressada.

"Minha mãe passou mal durante a conversa da tarde. Trouxe ela para o hospital. Está tudo sob controle, mas estão fazendo vários exames. Não tenho previsão de que horas vou sair daqui."

Um aperto no peito, forte, fez seus olhos marejarem quando soube que ele não viria. Contudo, entendia perfeitamente, afinal, não estava em condições de falar nada. Não era hipócrita a esse ponto. Uma nova mensagem chegou.

"Desculpe não estar contigo aí, querido, mas Virgínia é menor de idade."

A justificativa pesou. Era fato. Engolindo o pânico, Nicholas esfregou o rosto, respirou fundo três vezes e digitou de volta, dizendo que entendia e perguntando se Alexander precisava de companhia assim que o boletim médico de Navarre acabasse. Diante da negativa, Nicholas respondeu que avisaria quando chegasse em casa e desejou melhoras para Violeta. Não faria o menor sentido desejar o mal dela, porque isso também recairia sobre o companheiro.

Ligeiramente perdido, ficou alguns minutos ali, sentado sozinho, sem saber se subia de uma vez para a sala de espera da UTI ou se aguardava mais um pouco. O celular vibrou forte em sua mão. Ligação de Davi. Atendeu rapidamente.

Xeque-Mate: o amor não tem regrasOnde histórias criam vida. Descubra agora