Capítulo Onze: O Reino de Taber.

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Na quarta noite de Octávia e Levi na casa de Merlin, um falcão chegou com uma mensagem de Apolo.

Curto e direto, o bilhete contava que era seguro ir a Taber, e que ele estava bem. A Assassina do Manto nunca poderia descrever o alívio que sentira ao saber que Apolo estava bem.

--- Temos que arrumar tudo para seguir a Taber o quanto antes. --- Octávia disse, dobrando o bilhete do amigo --- Se Trovão cooperar chegamos em até três dias.

--- É uma pena que já tenham que ir, a floresta é silenciosa ao extremo quando você não tem outra ocupação a não ser a escutar. --- Merlin lamentou.

--- Fico triste por ter que lhe deixar, mas se quero me honra de volta, vou precisar ir a Taber para buscar Apolo. --- Levi suspirou.

Octávia olhou de canto para ele, sempre que a palavra honra era pronunciada por Levi, a loira se lembrava do que ele havia dito sobre não ter motivos para viver agora que seu nome estava na lama. E isso a irritava.

--- Tenho certeza de que poderemos passar alguns dias em Taber, planejando o que fazer em relação ao Príncipe e aos planos dele. --- A loira opinou, o jantar já havia acabado --- Pensar antes de agir. É disso que precisamos.

--- Concordo com ela, amanhã pela manhã parece um ótimo horário para começar, se formos rápidos, no mais tardar chegarmos a Taber em três dias. --- Levi concordou.

--- Vamos preparar as coisas para a viagem então, faço questão de ajudar com seus mantimentos. --- Merlin ficou de pé.

Durante as duas horas seguintes o trio se dedicou a preparar previsões para três dias de viagem.

Trovão foi devidamente alimentado, e Levi lhe contou sobre a viagem e ressaltou que ele deveria levar Octávia também, já que o cavalo não gostava da loira, e o sentimento era completamente recíproco.

Quando se recolheram para dormir já estava tarde da noite, para alguns, como Levi e Trovão, ela passou rápida, mas para outros, que não conseguiam dormir, nem tanto.

Antes que do dia amanhecer, todos já estavam de pé.

--- Muito obrigado por tudo, Merlin, de verdade. --- Levi agradeceu, segurando as rédias que prendiam Trovão --- Estou lhe devendo uma amigo.

--- Não está me devendo nada, fique vivo e será o bastante. --- Merlin o abraçou --- Está indo por um caminho perigoso, Levi. --- Acrescentou ao se soltarem.

--- Estou disposto a isso.

Silêncio.

--- E Trovão é o teimoso da dupla. --- Octávia debochou, para quebrar o clima pesado que o assunto sempre trazia --- Obrigada pela ajuda, Merlin. --- Ela sorriu.

Merlin a abraçou com carinho. Ele realmente gostava de Octávia, ainda mais depois de saber que ela era um bruxa, alguém que o entendia, que também tinha magia nas veias e sabia as consequências que isso trazia, o que representava.

Levi estava terminando de prender os mantimentos e provisões a sala de Trovão, que se mantivera o mais comportado que seus nervos permitiam, quando Merlin pegou um embrulho para Octávia.

--- Sei que usa o arco, mas a arma certa para você é essa. --- O feiticeiro pois o embrulho comprido nas mãos da bruxa.

Octávia logo percebeu que era uma espada. Muito mais leve que a de Levi, e um pouco menor também.

--- Já viu minha mira? --- A loira levantou uma sobrancelha, sorrindo convencida --- Me garanto com o arco, e você vai precisar mais dessa espada que eu.

As Palavras De Ninguém [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora