Yracedette Ravanclew corria pelo pátio amplo e ensolarado do castelo, segurando as barras do vestido, sua perna sangrava, enquanto Ângelo corria a frente.
Então o príncipe parou, ao lado de uma fonte de pedra, com a escultura de um cavalo no centro e um uma mulher montada nele, com uma espada na mão.
--- Parece-me, que prender aquele grupo de desgraçados assassinos não foi a melhor das ideias! --- Vociferou o príncipe.
--- Pretende jogar a culpa em mim agora? --- A rainha jogou os cabelos ruivos e desgrenhados para trás --- Ao menos eu tive uma ideia!
--- Como a magnífica ideia de matar meu...
--- Cavaleiro! --- A ruiva o interrompeu, dando passos para longe da fonte, em direção ao cavaleiro que se aproximava --- O castelo está sob ataque, onde estão os guardas?
--- Minha senhora, ao menos dois terços deles já estão lá dentro. --- Respondeu o oficial --- Não há mais que cem de nós espalhados por aqui.
--- Como está a segurança nas masmorras? --- Ela soltou as barras do vestido longo, uma parte estava rasgada até perto da coxa.
Havia um medo nos olhos azuis da rainha, pois ela sabia que se certos prisioneiros escapassem, ela teria problemas, pois a bruxa teria ajuda, e seu plano, um fim.
O cavaleiro hesitou, então tremores sacudiram o castelo, e algo explodiu lá dentro. Yracedette olhou para cima, para a vidraça colorida que ficava na sala do trono e dava para o pátio, estavam lutando lá.
--- Me responda, cavaleiro! --- Bradou a rainha de Darot.
--- Não sei informar majestade, acredito que esteja tudo em ordem, mas vou encaminhar uma grupo para...
--- Não! Você precisa me proteger, a mim e ao seu príncipe! --- Ela ergueu o queixo --- Quero todos os cavaleiros livres aqui!
A vidraça explodiu acima deles, vidro colorido caiu como chuva pelo pátio.
Os cavaleiros que estavam espalhados começaram a se aproximar, alertados pelo barulho da vidraça, então, antes que Yracedette percebesse que o cavaleiro com quem falava havia se afastado, o mesmo já era nocauteado por Octávia.
A bruxa saltou por cima do corpo inerte do cavaleiro, olhou para cima a tempo de ver Ice sorrindo para ela, através do local onde antes estava a vidraça colorida da sala do trono.
A bruxa sorriu para a amiga, então se voltou para Yracedette.
A rainha deu alguns passos para trás, o príncipe gritou pelos cavaleiros, se afastando da fonte, mas parou de andar ao se encontrar com uma certa ruiva de olhos castanhos levemente avermelhados.
--- Vossa alteza vai a algum lugar? --- A vidente girou um punhal nas mãos.
--- Você... --- Ângelo estreitou os olhos --- Você está com eles! Traidora maldita! --- Acusou.
--- Ei, ei, não precisa falar assim. Devia saber que eu nunca fico do lado da monarquia. --- Ela sorriu.
Cavaleiros cercaram o local, Octávia se viu rodiada por eles, e mordeu os lábios. Se tudo desse certo, a rainha fugiria, e então Levi e Kalias poderiam pegá-la.
Meifie segurou firme seu punhal, então seus olhos brilharam, vermelhos como fogo, e ela se virou, usando o punhal para desviar uma flecha que lhe teria atingido.
E com o mesmo punhal, ela desviou outras três, enquanto o príncipe fugia, e mais cavaleiros a cercavam.
--- Matem essa maldita bruxa! --- Yracedette ergueu o queixo, se afastando da loira.
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As Palavras De Ninguém [Concluído]
AventuraCada um dos Doze Grandes Reinos de Jeter possuía uma longa lista de cavaleiros, homens e mulheres de honra e coragem que lutavam, matavam e morriam por seus reis. Jeter, um lugar onde a magia era proibida, fora expulsa de lá no século passado, e aqu...