Ponto de vista - 𝐼𝑠𝑎𝑑𝑜𝑟𝑎 & 𝐾𝑙𝑎𝑢𝑠.

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Capítulo original: 08/12/2020.

Capítulo revisado: 24/05/2021.

***

Assim que se despediram os amigos, Klaus e Isadora deram passos largos até encontrarem um outro salão, bem ao lado daquele da recepção. Um grupo de pessoas que dançava valsa, o Baudelaire do meio não era nenhum tipo de bailarino e todo seu contato com a dança foi nas aulas da srt. Fernandez, no sexto período. Mas diferente dele, Isadora mantinha os olhos fixos nos pés de todos, e parecia tentada a entrar na dança. As aulas do sexto período do último semestre que os jovens passaram na escola em questão, eram sobre valsa, o que deixou Klaus seguro o suficiente para dizer "Você quer dançar ?"

Isadora sorriu, o salão onde todos estavam era quente e as velas não amenizavam o clima, próximos às janelas a sensação mudava drasticamente, era frio, como se casa estivesse em um movimento rápido. Não havia nada de anormal na música, nem nos passos, e mesmo sendo uma missão era possível dizer que o par estava se divertindo de todo modo. Enquanto olhava para os lados a poetisa não podia deixar de sorrir. E enquanto mantinha os ouvidos bem abertos, - já que as safiras de Isadora brilhavam, não mais que o sorriso dela, como pensou o pesquisador. - Klaus também se viu sorrindo. Durante a dança todo o salão era coberto de risadas e eventuais pares conversavam alto e riram, o casal ao lado dos dois conversavam sobre algo relacionados as três Marias, que como vocês talvez saibam, se trata de uma constelação onde uma pessoa sem criatividade as nomeou de Maria. O homem que dançava a frente deles parecia estar levemente bêbado, deveria ter na casa dos quarenta anos, cabelos castanhos e ralos no topo, estava acompanhado de uma mulher ruiva, que usava uma saia de um vermelho bem vivo, ambos repetiam com frequência que logo elas pararam de brilhar. Quando a dança finalmente acabou, o par se viu seguindo o casal por um corredor grande que parecia estar vazio com exceção deles, Ele era marcado por vários vasos ornamentais distribuídos a uma distância prefeita um dos outros e das portas pesadas que pareciam ser feitas de madeira e tinham pedaços de ferro nos batentes. Pela força que fazia o homem para abrir uma das portas deveria ser incrivelmente pesada, ou o homem estava incrivelmente bêbado.

" Maria um, Maria dois, e Maria três " disse a mulher dando uma voltinha em si mesma.

" Estrelinha, estrelinha, brilha, brilha estrelinha " disse o homem dando o braço para que a mulher girasse nele.

Os dois pareciam que iriam cair a qualquer instante, estavam tão distraídos, que quando o senhor abriu a porta de um dos cômodos deu de cara com um rapaz, ambos pediram desculpas e o rapaz puxou uma moça para o lado de fora.

" Duncan?!" resmungou Isadora.

" Papai, " gritou um outro rapaz, esse parecia ser mais jovem, vinte e cinco no máximo, parecia sóbrio e bem nervoso " Papai !"

" Romeu !" gritou o homem.

" Romeu !" gritou a mulher dando um grito agudo no final.

" Marta " retrucou o rapaz com desgosto, " Achei que sua preferência eram atores "

" Meu, querido " a mulher começava a cair para frente " O último " ela deu um soluço " Ator, foi aquele da " outro soluço " Releitura, daquele musical ridículo "

" O mundo aqui se silencia " disse o homem, e logo os dois estavam rindo.

" Eles se acham muito espertos " disse a mulher seguida de um soluço " Com seus códigos complicados e ..." outro soluço seguido de uma risada, "Aquela sobrancelha por fazer, o antigo era tão mais bonito com... aquele óculos inteligentes," ela soluçou, uma, duas e várias vezes. Até que parecia querer vomitar.

" Vá se divertir meu filho !" disse o homem, antes de pedir licença aos dois na porta e entrar.

Duncan e Fiona também pareciam bêbedos, o rapaz os olhos com desprezo e seguiu o caminho pelo corredor.

Desventuras em serie : Voluntários & Incendiários (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora