-James, você é meu melhor amigo, vamos ficar juntos para sempre, não é? - Um menino pergunta para o amigo que estava deitado ao lado em um campo repleto de grama verde e bonita.
Ambos sempre brincavam naquele lugar, era um dos mais belos de sua cidade, já que não havia muita vegetação pelo centro comercial, tão pouco pela ruas de pedras onde sempre passava carruagens de lordes e condes.
James era um menino de 13 anos, cabelos escuros e olhos tão claros quanto o céu - Genética que puxou da mãe. - e eles se destacavam mais em sua pele escura. Era destemido, ágil, gentil, esperto, bravo e sério quando preciso. Ele era filho único e foi criado por sua mãe. Não conheceu seu pai e não tem nenhuma fotografia para saber quem e como ele era. Mas graças às histórias que sua mãe contava, ele saberia se por um acaso eles se encontrassem um dia.James olha para o amigo ao lado, da um singelo sorriso mostrando seus dentes perfeitamente alinhados.
-Mas é claro Erick, não tenha nenhuma dúvida disso. - Ele diz com tanta convicção, que não tem como ter dúvidas. Escutam ao longe em uma pequena casa de campo, ao pé do morro onde estava, mãe de James acenando para eles os chamando. - Vamos, mamãe está a nos chamar. - Se levanta e estende a mão para Erick, que aceita e se levanta com sua ajuda.
Ambos os meninos se entreolharam de cima a baixo vendo o estado de suas roupas e cabelos. Riram e bateram em suas roupas tentando ao máximo retirar toda a sujeira do tecido, logo sacodem a cabeça vendo algumas folha ou pequenos galhos caindo.
-Oficial, hoje eu morrerei da forma mais brutal possível. Vítima: James Nicolau. Assassina: Mãe. - Ambos riem do comentário e descem o morro correndo.
Ao chegarem à humilde casa, se deparam com a mãe de James barrando as entrada de ambos na casa com as mãos na cintura.Amélia, mãe de James, era quase o oposto do menino, apenas os olhos eram parecidos e a bondade que era a mesma. Ela possuía pele clara e cabelos castanhos.
Amélia bufava pesadamente e dava para se ouvir ela contado baixinho até 10. A mais velha enclina o corpo para frente e puxa a orelha do filho, que apenas faz uma careta em reprovação.
Erick, com apenas 7 - 8 anos, se esconde atrás do amigo meio assustado com o destino de seu companheiro de aventuras. Ele também não está em um estado apresentável, sua roupas estavam pior do que as de James. As manchas de lama com certeza não sairiam tão cedo.-James, olhe para você. Está completamente imundo! Era só o que me faltava! Olhe para suas roupas! Acha que eu fico horas esfregando elas para você voltar assim, todo sujo? Vá já se lavar, e não espere que eu vá te esfregar de bucha! - O moreno apenas olha o amigo indo apressadamente para dentro assustado com a “fera” que chamava mãe e amava de coração.
Vê o amigo subindo as escadas e parando lá em cima. Reparou que ele disse algo assim: “Com mãe não se brinca!” e sumiu ao entrar em seu quarto. Erick segura um pequeno riso, mas fica estático quando ela o olha soltando um longo e cansado suspiro.
-Acho melhor eu ir para casa… - Erick recua um pouco para trás. - Agradeça James por brincar comigo. Adeus. - Ele se vira e corre em direção ao centro da cidade, indo direto para sua casa. Ela é bem distante da casa de James, mas isso não os impedia de se verem.
Erick possuía “amigos” na cidade, mas sabia que eles não passavam de interesseiros. Eram pessoas do tipo que fazem amizade com outra apenas por ela ter uma fortuna. Parecem carrapato. Grudam em você, e sugam todo seu dinheiro, até você matá-lo e joga - lo no chão. Mas as doenças que eles transmitem ficava.
Erick apenas os aturava por serem filhos dos sócios de seu pai, já que o mesmo sempre diz para ele ser educado e tratar todos como igual.
Seu pai é um estilista famoso e bastante requisitado pela realeza. Sim, criar roupas dá bastante dinheiro. Ele começou de baixo, agora está em cima. Seu pai sempre ensinava Erick esse ideal, que sem esforço não tinha conquista. Ele era um dos poucos homens ricos que possui humildade no coração, todos que trabalhavam para ele o respeitavam. Erick também é assim, por isso a família Lavine é reconhecida pelos mais pobres como uma família de respeito.
Erick chega ofegante a entrada da grande casa. - se é que pode ser considerada uma casa, parece mais uma mansão - Já estava tarde, e seu pai era bem rigoroso quanto a pontualidade. Abre a porta silenciosamente, e vai na ponta dos pés em direção às grandes escadas do rall de entrada.
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Domando o Lobo Mau
مستذئبNo meio da noite, quando a lua brilhava ao céu noturno, dava-se para ouvir perfeitamente o barulho de uma respiração ofegante. Ela vinha de um jovem, que corria por sua vida sempre adentro à floresta. Ele corria por sua vida, pois desejava viver. Fu...