Depois desse probleminha que James e Charlie tiveram, os levei de volta para minha casa. James foi fuzilando meu convidado com os olhos e se ele tivesse visão de raio-laser garanto que ele estaria morto à essa hora.
Ao chegarmos, minha mamãe segurou James e o arrastou para meu quarto enquanto Charlie seguiu para a biblioteca da casa. Obviamente fui atrás de meu amigo preocupado com que minha querida mãe faria para ele, onde vi uma cena inusitada. Ela estava arrancando todas as peças de roupa dele.
-Não se preocupe querido, vou deixar você como um verdadeiro príncipe, então venha tomar um banho para o jantar. - Minha mãe puxava ele para o banho e James se agarrava em qualquer coisa que conseguia como se fosse por sua vida. Segurei o riso, mas assim que ela me viu, me arrastou junto para o banheiro. - Você também, nem pense em fugir!
Assim que ela disse, me fez tomar banho junto com ele, não sabia como reagir. Corei dos pés a cabeça ao ficar nu na mesma banheira que James e ainda sendo banhado por minha mãe.
-Mãe! Ele esta nu! - Reclamo exasperado e olho para o lado escondendo minhas partes. James nem se importou, estava mais preocupado em fugir dali e salvar sua pele da temível bucha.
-Está envergonhado por que? O que você tem, ele tem também, agora vire-se! Irei esfregar suas costas! - Ela manda, obedeço sem pestanejar mas ainda envergonhado.
Ao terminarmos, minha mãe fez o favor de nos vestir com as melhores roupas, pentear nossos cabelos e nos passar um perfume. James parecia não ter gostado, ele sempre dizia que tinha um olfato sensível, achei exagero mas ao ver ele espirrar confirmei que era verdade.
O jantar não foi um dos melhores, James fez questão de sentar ao meu lado, e foi bom. Pude dar dicas de etiqueta para ele, assim não se sentiu tão perdido. O pai de Charlie era rigoroso, parecia exigir de mais do filho e quando falava dele era sempre reclamando de seu erros e nunca falando se suas qualidades.
Já pai não era muito fã desse tipo de assunto, porém não ousou faloar nada, afinal quem era ele pra dizer como se educar o filho dos outros? Reinou um clima tenso sobre à mesa, até eles começarem a tocar num assunto que me interessou por um instante.
-Eu estava pensando, não poderiam tomar conta de meu filho por um tempo? Tenho negócios para resolver e uma criança apenas atrasaria. - O pai de Charlie pergunta seco e indiferente, o filho o olha surpreso, pelo visto não sabia da decisão que o pai tomou.
-Claro, vai ser um prazer recebe-lo aqui, e também será uma boa companhia ao meu filho. - Meu pai diz e sorri para Charlie, que come sua comida calmo. Parecia triste, talvez por ser "abandonado" por seu pai numa casa desconhecida e com pessoas que conhece apenas um dia.
-Está decidido então. Vamos comer! - O homem diz mais do que contente e come a comida extremamente satisfeito.
Depois desse jantar, o homem de negócios foi embora deixando Charlie conosco, o loiro simplesmente subiu para o quarto depois de agradecer a comida que minha mãe preparou. Meu pai disse a James para que dormisse aqui, pois estava tarde para voltar, então fomos para o meu quarto nos preparar para dormir.
A convivência com Charlie durante esse período foi tranquila, menos quando James vinha me visitar. Sempre haviam intrigas entre meu atual hóspede e meu amigo. Eu nunca consegui fazer eles se darem bem, mas quando meu pai estava presente na casa eles não ousavam trocar uma palavras e ficavam como "anjos".
Foi cansativo.
A estadia de Charlie acabou se prolongando mais do que o normal, anos foram passando e as poucas vezes que o pai dele vinha aqui era apenas para entregar o dinheiro para seus estudos e as vezes nem chegava a entrar para falar com o próprio filho. Então meu pai se tornou seu tutor, e o caso de Charlie foi dito como "abandono". Então ele passou a viver como um amigo da família e não era mais considerado nosso hóspede.
...
-Erick, tem certeza disso? É um passo importante. Não sabemos o que ele pode fazer ao descobrir a verdade. - James vem andando atrás de mim preocupado com minha decisão.
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Domando o Lobo Mau
Hombres LoboNo meio da noite, quando a lua brilhava ao céu noturno, dava-se para ouvir perfeitamente o barulho de uma respiração ofegante. Ela vinha de um jovem, que corria por sua vida sempre adentro à floresta. Ele corria por sua vida, pois desejava viver. Fu...