Capítulo III - O Corredor

156 18 0
                                    


Juro que não faço a mínima ideia do que se passa comigo. Não me consigo controlar. Não consigo parar o que estamos a fazer. É demasiado intenso. Demasiado bom. Não consigo pensar.

– Admite que gostas. – Ele sussurra no meu ouvido com a sua voz rouca. Como é que é possível até a voz dele enviar arrepios pelo meu corpo inteiro?

Consigo senti-lo a sorrir no meu pescoço quando percebe que cada vez fico mais descontrolada. Tento abrir os olhos para ver algo e fazer-me despertar e parar com esta brincadeira perigosa.

Sinto sua mão deslizar pela minha barriga indo em direção ao meu centro. Fico zonza com a expectativa do que ele vai fazer.

– Hardin... - gemo o seu nome sem pensar.

– Shhh... - ele diz.

Tremo quando sinto a mão dele a entrar pela minha camisola, arrepiando-me em cada milímetro de pele que toca. A minha circulação está muito rápida. Consigo ouvir as nossas respirações altas e aceleradas. Será que ele está a sentir o mesmo que eu?

Arranho as costas dele como que a incentivar a continuar. Ouço-o gemer. Não quero saber se o magoei, só me importa que ele continue.

Empurro-o contra a parede oposta, encostando-o como ele fez a mim. Ele puxa-me de volta a ele, ficando praticamente colados um no outro. O hálito dele entra pela minha boca fazendo-me desejar ainda mais beija-lo. Ele olha para os meus olhos e sorri sedutor.

Alguém que me ajude ou eu morro aqui e agora.

Suspiro.

Sinto quando ele põe a mão nos meus cabelos e os puxa fazendo a minha cabeça cair para trás. Automaticamente gemo quando ele trinca o meu pescoço. Hardin desliza as mãos para o fundo das minhas costas lentamente enquanto lambe o lugar onde trincou anteriormente. Só pára quando chega ao meu traseiro e me puxa para o seu colo. Gira-nos e fico de novo encostada na parede.

Consigo sentir sua intimidade em contacto com a minha o que me põe ainda mais louca. Gemo mexendo nas minhas ancas para tentar obter alguma fricção.

Hardin geme fechando os olhos e empurrando-me ainda com mais força contra a parede de maneira a termos ainda mais contacto.

A única coisa que nos separa são as roupas e neste momento sou capaz de as odiar ainda mais do que odeio a ele.

Estou a ficar tão excitada que sou capaz de gozar neste momento. As minhas pernas tremem demasiado pedindo por mais toque, sinto a respiração dele no meu peito enquanto trinca e lambe a minha pele.

Por um momento sinto-o ficar rígido e larga-me automaticamente como se se lembra-se finalmente de quem somos e o que estamos a fazer. Olha para mim sério.

Tento raciocinar e quando volto a mim sinto-me chocada com o que acabamos de fazer e a culpa apodera-se de mim.

Ele sorri para mim de novo. E meu estômago borbulha. 

– Parece que não te enojo tanto assim. – Ele diz ainda com a respiração acelerada.

Fico perplexa com as palavras dele, isto foi um teste? Algum tipo de esquema macabro para provar que consegue obter de mim o que quiser? Toda a excitação desaparece e começo a lembrar-me do quanto o odeio.

Olho para ele de boca aberta, chocada e sem saber o que dizer. Não reajo vendo-o ir para o seu quarto... e de Molly. 

Molly...

Sinto a raiva e as lágrimas a apoderarem-se de mim. Corro para o meu quarto e bato a porta com força. Como pude fazer isto a Molly? A minha melhor amiga! Como? Eu não presto. Eu não posso acreditar, não consigo perceber como não consegui para-lo. 

ENTRE QUATRO PAREDESOnde histórias criam vida. Descubra agora