Capítulo VIII - Do Erro à Culpa

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Hardin pega-me ao colo e deita-me na cama ficando por cima de mim. Toca no meu rosto com a sua mão de forma delicada e olha nos meus olhos.

Não sei por quanto tempo ficamos a encarar-nos enquanto as nossas respirações acalmam.

Não consigo pensar em mais nada se não na sensação de o ter tão perto de mim. Nunca me senti tão, tão... relaxada. Fecho os olhos e imagino um mundo onde pudesse fode-lo sempre que quisesse.

- És tão... - ele diz e fecha os olhos enquanto cola a sua boca na minha sem a mover.

Não digo nada, puxo seu lábio com os dentes e passo a língua lá. Sinto-o tremer sobre mim, o que faz o meu corpo reagir também.

- Não sei o que tens para me conseguires por neste estado. – Ele diz e sorri.

Aquele sorriso.

- Acho que é óbvio. Olha para mim. – Digo e ele sorri.

Hardin abre os olhos e parece que vejo brilho neles. Ele é tão lindo. Como é que nunca reparei nisso antes?

Faço força e empurro-o para o meu lado subindo nele. As suas calças ainda estão abaixadas, assim como a sua cueca boxer. Estou praticamente sentada no seu sexo.

Ele olha para mim em expectativa e eu sorrio para ele. Se me dissessem há um mês atrás que iria  estar nesta posição, a fazer aquilo que estamos a fazer, com o Hardin, eu provavelmente riria na cara dessa pessoa e levaria de imediato para o manicómio mais perto. Não percebo o que se passou para tudo isto acontecer. Decido ignorar a pontada de culpa que ameaça voltar, o erro já está cometido, se isto nunca mais acontecer pelo menos vou tentar aproveitar ao máximo e depois fazer de conta que foi tudo um sonho... ou pesadelo.

Puxo o meu vestido para cima e retiro-o. Estou apenas de cuecas e sutiã. Meto a mão nas minhas costas à procura do fecho e abro mas deixo-o no mesmo sítio. Quero que seja ele a tirar.

Olho para o seu sexo e está duro de novo. Lambo os meus próprios lábios involuntariamente. Desejo-o tanto que não parece saudável.

- Tess... - ele diz num sussurro.

- Diz. – Peço.

Abaixo-me na sua direção e puxo a sua camisa para cima. Retiro-a e passo as minhas mãos pelo seu tronco nu.

- Pára ou vou ter que te foder de novo.

A maneira como ele diz foder manda uma onda de energia pelo meu corpo, arrepiando-me da cabeça aos pés. Sinto a pressão no meu ventre aumentar e parece que tenho que fechar as pernas para me poder aliviar um pouco.

Movo a minha cintura nele, rebolando. Vejo-o revirar os olhos de prazer e agarra a minha cintura para que eu não pare.

Não me lembro de sentir estas sensações tão intensas sem estar a fazer praticamente nada. Se calhar é por no fundo saber que isto é muito errado.

As nossas respirações estão outra vez instáveis e nem parece que foi à menos de dez minutos que acabamos de fazer sexo.

- Quero-te tanto. – Ele sussurra mordendo o lábio. Puxa-me para ele e eu deito-me no seu peito.

- Não te mexas. – Diz.

Sinto a sua mão perto do meu rabo e gemo quando sinto o pénis dele na minha entrada. Automaticamente movo a cintura pedindo por mais.

- Shhh, eu disse para não te mexeres.

Gemo de novo. Ele quer-me torturar. Sinto-o deslizar para cima e para baixo no meu clitóris e quase entrando em mim e voltando para trás. Já não consigo evitar gemer nem parar de me mexer. Preciso dele dentro de mim.

ENTRE QUATRO PAREDESOnde histórias criam vida. Descubra agora