Planejamento

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Notas da autora:

Me desculpem por atrasar dois dias.
As coisas ficaram corridas aqui e preferi não atualizar com pressa para evitar erros.
Espero que entendam.

Fiquem com a atualização dupla.
Boa leitura!

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 8:12 am.

Amanheceu ensolarado, a leve brisa pós temporal ainda mantém alguns vestígios do clima frio, mas assim como as horas, a chuva passou.

O vento frio da manhã se espalha pelo quarto através de uma pequena brecha na janela que fora deixada aberta na noite anterior. Junto dele, os raios de Sol entram pelas frestas na cortina, se misturando com a temperatura oposta que se encontra ali, criando uma aura agradável.

Por uma luminosidade cada vez mais alta no ambiente, Tsukishima desperta aos poucos. Ao acordar com o Sol refletindo em seu rosto se arrependeu milhares de vezes por não ter escolhido uma cortina mais escura – um questionamento diário, muitas vezes culpado por seu mau-humor. Quando abriu os olhos e mexeu levemente o corpo, notou um peso a mais e só então se deu conta de que Tadashi o abraça fortemente.

Durante a noite, o menor involuntariamente virou-se de frente para o loiro, e como costumava fazer em sua casa, abraçou a primeira coisa que suas mãos alcançaram, na tentativa de se sentir seguro. Apesar de já estar acordado a um tempo, não quis desfazer a contato, mesmo que certos problemas matinais o deixem constrangido, afinal, não pode culpar Kei, na sua visão ele ainda está dormindo.

Ao notar Yamaguchi ali, tão próximo de seu corpo, Tsukishima corou. É uma nova sensação, um novo contato… uma intimidade que ainda conclui não estar pronto para ter. Apesar não passar de um abraço inicialmente involuntário e inocente, esse contato ativou uma nova parte de Kei: seus desejos humanos. Tais pensamentos nunca foram desconhecidos na mente do loiro, porém sempre foram ignorados, já que era de seu costume fugir de intimidades. Ao contrário de Tadashi que muitas vezes se perdeu em suas próprias fantasias por mera curiosidade, que aos poucos também se materializa.

Esses tipos de pensamentos logo foram afastados pela sua sensatez, e observando a situação que se encontra foi inevitável render-se ao contato da figura adorável que lhe envolve o corpo.

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Alguns minutos passaram e os garotos ainda estão na mesma posição, ambos fingindo permanecer no estado de sono.

Para Yamaguchi, esse momento é tudo que desejou por muito tempo. Ele não se importa se o outro ficará bravo, afinal de contas é apenas um abraço. A inexistência de contatos físicos na amizade sempre abalou Tadashi que é alguém expressivo e carinhoso. Portanto, o menor aproveita o momento raro para se aconchegar ainda mais nos braços da sua paixão, se permitindo ouvir seu coração e sentir o calor de seu corpo pela manhã.

Já Tsukishima se questiona do porquê de nunca ter feito isso antes. O encaixe de suas silhuetas lhe surpreende por se tornar cada vez mais confortável, a respiração de Tadashi, que pode ser ouvida pelo silêncio e sentida pela proximidade, faz com que Kei perceba a calmaria do momento e se sinta em extremo sossego. Seu peito, por estar sendo pressionado suavemente contra o rosto do menor, vê-se no dever de permanecer imóvel, para que não o acorde agora.

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