Momentos Que Moldam O Futuro

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O momento que já era inusitado, destacou-se ainda mais pelas palavras que foram pronunciadas com paixão. Em instantes, tudo que mantinham em suas mentes se desfez, os deixando submersos em suas próprias felicidades, à mercê das inexperientes sensações.

A sensatez que era muito cogitada passou a ser descartada com facilidade, dando lugar a emoções. Possibilidades que antes eram vistas como precoces foram aceitas sem desvios, por palavras que quando pronunciadas, surpreenderam também quem as falou.

Suas particulares incertezas calaram-se diante daquilo que seus olhos julgaram ser real, decididos a agir, e não a pensar.

Portanto, mais uma vez na mesma tarde se permitiram experimentar. Seus desejos tornaram-se ainda mais claros e mesmo que nem tão inocentes, simples.

As mãos de Tsukishima que antes avançavam com cautela, na segunda vez já estavam cientes de suas trilhas, explorando o corpo do outro com exuberância.

Toques nem tão delicados desencadearam diversas reações, estas que foram observadas com precisão, intensificando.

Yamaguchi não se deixou limitar ‐ mais uma vez ‐ pelo nervosismo. Ele também desejava conhecer e seu corpo ansiava por mais. Mesmo que um pouco trêmulos, seus dedos ousaram tocar a pele branca, a acariciando com leveza.

Enquanto suas mãos escondiam-se pelas camisetas e suas bocas eram atraídas como ímãs, seus sentimentos transpareciam cada vez mais, sustentando ideias e aumentando seus ânimos.

Sem limites certos, mas mantendo-se equilibrados, percorreram o caminho que suas curiosidades moldaram, muitas vezes indo além dos tecidos e de suas expectativas.

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Quinta-feira – Colégio Karasuno.

Igualmente a outros dias, dois garotos chegaram juntos na sala de aula, mas o caminho até a mesma não foi como qualquer outro.

A vergonha que antes dominava Yamaguchi, durante a manhã apresentou-se para o loiro. A única conversa que conseguiram manter, foi em seus próprios pensamentos.

Mesmo que o garoto das iris negras também seja tímido, suas ideias são mais flexíveis, ele aceita com facilidade. Ao contrário de Kei, que possui um forte senso crítico, este que agora está voltado para si mesmo.

Por já saber lidar bem com esses sentimentos e principalmente com o loiro, Yamaguchi não se surpreendeu com a reação constrangida do outro — mas adorou vê-la pela primeira vez.

Tadashi também estava parcialmente envergonhado, e mesmo que sua maneira de fazer isso passar, fosse conversando, respeitou o tempo de Kei sem problemas, ficando quieto.

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Quarta aula.

O tempo passa curiosamente devagar, obrigando os alunos que já terminaram as tarefas a explorar suas próprias mentes.

Tsukishima que a algum tempo já desfruta das suas tão amadas observações, agora as junta com seus pensamentos inerentes, finalmente criando consciência de tudo que aconteceu: “Estou namorando!”.

Yamaguchi está entediado. Sempre que vê brechas em sua imaginação, busca um certo olhar, todas as vezes surpreendendo-se, pois as iris douradas já lhe observavam através de duas lentes.

Ambos têm ciência de tudo que aconteceu, mas no momento estão desprovidos da coragem necessária para encarar um ao outro, pois o fato de que querem novamente, ainda lhes deixa sem reação.

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Treino de vôlei.

Típicos sons ecoam pela quadra e através destes a animação pode ser notada. Para quem passa ao lado de fora do ginásio, é inevitável olhar para dentro pelo menos uma vez. No entanto, toda a normalidade está somente na parte externa, pois quem se encontra lá dentro, presencia comportamentos incomuns.

Experimente Olhar Uma Segunda VezOnde histórias criam vida. Descubra agora