Por Você

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Notas da autora:

A atualização é dupla e tem alguns detalhes a mais nesses capítulos.

1- As pausas entre uma fala e outra, não demoraram mais de 5 segundos. Parece um tempo maior pq a autora aqui não sabe resumir kkk
2- Os parágrafos que estão em itálico são uma explicação de algo que já aconteceu, ou seja, eles não somam no tempo entre as falas. Eu achei desnecessário usar a volta no tempo só para isso, mas tem a mesma função.

É isso, mas qualquer dúvida comentem.
Boa leitura!

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Yamaguchi ao ouvir a pergunta que ele próprio fez, voltar para si, se amaldiçoou. Tomou consciência de que destruiu o próprio plano, se deixando levar pela sua simplista sinceridade. Ele que, muito diferente de Tsukishima, nunca foi bom em pensar rápido ou fugir de uma situação, viu-se sem saída.

Esse é o melhor momento para falar tudo que sente, já não pode voltar, graças a sua própria incapacidade, esta que, quando vista por outro ângulo, atua como a sua motivação.

Sua insegurança não hesitou em participar da onda de sentimentos que surgiu, o levando a se questionar novamente sobre a necessidade de expor as suas vontades mais internas. Mas a impaciência que também tem domínio sobre parte do seu corpo não lhe permite permanecer na dúvida por muito tempo.

Mesmo sem ter certeza do que falar e fazer, a adrenalina que gradualmente aumenta em seu corpo lhe faz ensear por um desfecho, mesmo que a preocupação permaneça de maneira equivalente. A esse ponto, seu único desejo é saber se ao dar um passo a frente cairá na imensa desilusão, ou então, uma nova ponte aparecerá em sua frente. É se preocupando e desejando que Yamaguchi degusta da preliminar da sua paixão.

Kei não se encontra diferente. A semana inteira questionou-se sobre todas as sensações que seu melhor amigo lhe fez sentir a partir da primeira vez que o observou com mais precisão. Tais sentimentos que a poucas horas foram denominados unicamente como paixão. E para somar, os pensamentos que teve enquanto Tadashi resolvia as questões, o deixam mais ansioso a cada minuto. 

O senso do dever o convence que é necessário pedir desculpas por tudo que causou, enquanto o seu lado mais sentimental, que se apresenta aos poucos, lhe faz querer dizer dezenas de obrigados, junto a todos os motivos que o faz querer ficar cada vez mais perto de Yamaguchi.

Essa vontade de declarar-se sinceramente é contida somente pelo resto da incerteza que ainda orbita seu interior. Sentimento este que diminuiu ao poucos enquanto ele observa o amigo.

Tsukishima apesar de estar tão confuso quanto Tadashi, ainda mantém alguns de seus sentidos ligados, sendo capaz de perceber não só a transparência das suas emoções, mas as de Yamaguchi também. Os dois aparentam estar apreensivos, e apesar de tudo isso se passar em poucos segundos após uma pergunta, nenhum deles se preocupa com a inexistência de uma resposta.

A atmosfera do quarto, que muda rápido, porém silenciosamente, diz muito sobre a situação dos dois.

O ambiente que se encontram está em incomparável sincronia com o clima que aos poucos se instala entre os garotos nele presentes. O barulho da chuva persistente invade o quarto sem um ritmo único, representa as centenas de sentimentos que estão tendo nesse momento. Aumentando e diminuindo, intercalando entre desejo e receio. 
A imensa escuridão que agora, assim como no céu, é quase completa, interpreta os súbitos e desordenados pensamentos, estes que a cada segundo ficam ainda mais embaralhados, dando como falha a tentativa de organiza-los com calma. Tendo como única guia a chama da esperança, que apesar de tudo ainda se mantém firme em um único e poderoso propósito, correspondendo igualmente com a proporção da luz da luminária sobre a mesa em meio ao resto do ambiente no breu.

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