(Must Be Mine - Nikki Sixx e Adriana Lima) Ever, ever, ever.

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Adriana p.o.v

Já faziam duas semanas que eu estava na faculdade. As pessoas eram meio estranhas, andavam por aí esbarrando umas nas outras e como todo estereótipo de faculdade pública dos Estados Unidos, tinham os grupinhos.

Os nerds eram constantemente respeitados, o que eu achei estranho, não que eu quisesse que eles fossem espancados, mas as vezes acontece tanto que se torna comum.

Mas como nem tudo é perfeito, tem as patricinhas também. Vanessa Allen, a garota mais insuportável da academia e seu grupinho de quatro garotas. Aquela garota me dava nos nervos. E quer pagar de valentona, dizendo que bate e espanca qualquer um que entrar no caminho dela. Estupidez a de quem acredita, porque ela é uma idiota.

Ela passava de qualquer limites que as legítimas populares da faculdade tinham (se é que tinham algum), sem contar que era uma loira falsa.

Se eu disser que eu era a única garota de cabelo preto na faculdade vocês acreditam? Pois é, eu era. Todas as garotas tinham o cabelo loiro (na maioria das vezes um loiro falso), não importava se eram nerds ou do grupo da Vanessa Allen, eram TODAS loiras.

Isso meio que me fazia sofrer uma espécie de bullying, porque me olhavam de cima a baixo e me deram o apelido de "Lauper" por eu ter mechas coloridas.

Me sento nas cadeiras do fundão, como sempre e espero o sinal bater. Como dito, os alunos entram e se sentam enquanto o senhor Mathers retira o conteúdo de sua maleta estranha.

- Muito bem, acadêmicos, hoje passarei um exercício de aritmética simples pra vocês. Seram em duplas e eu irei escolher, sem acepção de pessoas. - o professor diz.

- Senhor Mathers, esse trabalho é para que dia? - Janet pergunta, ela era muito inteligente.

- A nerd já quer ir na frente de todo mundo? - Vanessa diz e suas vacas riram junto com o resto da sala.

Eu já estava ficando brava com as provocações dela e não era de hoje. Cerro os punhos.

- Acho melhor você não caçar confusão... - uma garota que estava do meu lado parece reparar e eu nego.

- Eu não tenho medo dela. - digo, acho que a garota ficou com um pouco de medo de mim, porque ela foi pra trás de abrupto.

- É sério, ela já quebrou o braço da ex diretora. - ela avisa, mas estou com raiva de mais. - Senhor Mathers já está cuidando disso, fica calma.

- Senhorita Allen, semana passada eu lhe pedi pra fazer um trabalho de geografia, porque você ainda não me entregou nada? - o senhor Mathers parecia zangado. Vanessa fica calada. - Isso mesmo, porque você não fez! Ao invés de se dizer popular e atazanar as garotas inteligentes, porque não gasta seu tempo fazendo o que eu lhe mandei?

RECEBA.

Vanessa fica calada mais uma vez.

- Muito bem, voltando ao assunto, vocês iram fazer este trabalho em dupla. - o professor diz. - Senhorita Halen, junte-se com o senhor Lee, senhorita Everly e senhor Rose, senhor Adler e senhorita Smith, senhorita Lima e senhor Frank...

Ele foi dizendo as duplas e eu olho pra sala inteira, tentando encontrar a tal senhorita Frank e nada.

Até que vejo ela, com uma camiseta de futebol feminino com o nome Frank Feranna Jr. É um nome bem masculino pra uma garota, mas quem sou eu pra julgar, né?! Ela tinha um estilo meio extravagante, mas eu prefiro nem pensar nisso.

Me levanto assim como todos os alunos e me sento ao lado dela.

- Oi, Frank, eu serei sua dupla pelo que parece-

Paro de falar assim que ela, ou melhor, ele me olha. Oh, meu Deus, era homem!

- Me desculpe, eu pensei que você fosse uma garota... - digo meio envergonhada. - É que...

- Eu de costas pareço uma menina? Tudo bem. - ele ri. - Sou andrógino. Eu gosto de me vestir assim desde os meus seis anos.

- É uma coisa legal. Então, posso te chamar de...?

- Nikki. Meu nome é Nikki Sixx. - ele aperta minha mão. - Mudei meu nome no cartório, então apenas me chame assim mesmo.

- Você odeia seu nome? - pergunto.

- Óbvio. - ele afirma. - Digamos que eu herdei esse nome de uma pessoa que eu odeio...

- Hm. Então, você quer vir pra minha casa fazer o trabalho ou vamos pra sua? - pergunto.

- Pode ser na minha. - Ele diz tão rápido que eu fico assustado. - Me desculpe, é que eu fico meio sem jeito de aparecer na sua casa dessa forma que eu sou.

- Não vejo nada mais do que um homem vestido como quer. Estamos nos anos 80, baby, ninguém liga pra muita coisa. - brinco e rimos.

- Curte alguma banda? - ele pergunta.

- Me surpreenda. - sorri.

- Finished with my woman 'cause she couldn't help me with my mind... - ele canta.

- People think I'm insane because I am frowning all the time. - completo e ele me olha feliz.

- Black Sabbath? Que legal, eu amo essa banda! - exclama ele. - Eles fazem um som muito bom, qual sua preferida?

- Iron Man. Has he lost his mind?
Can he see or is he blind?
Can he walk at all
Or if he moves, will he fall? - canto.

- Is he alive or dead?
Has he thoughts within his head?
We'll just pass him there
Why should we even care? - ele completa de novo.

- Senhor Frank e senhorita Lima, chega de conversa. Sentem-se os dois agora, juntos e prestem atenção nas explicações. - o professor diz.

Me sento ao lado de Nikki e ele faz o favor de pegar minha bolsa e trazer.

- Obrigada. - agradeço.

- Disponha... - ele sorri.

- Muito bem, sei que muitos de vocês copiam do livro, mas eu irei retirar os livros de vocês, para que não haja trapaças. - o professor diz e alguns alunos dizem asneiras.

Oh.shit.man.

Seja o meu bacon, Baby Onde histórias criam vida. Descubra agora