É com imensa dor no coração e com satisfação que eu venho por meio desde capítulo avisar que é o último de Revenge.
Sim amores, infelizmente esse hino chegou ao fim, embora eu tenha outras postadas que vocês possam estar dando uma chancezinha hihihi.
Boa leitura.
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Campo dos Esquecidos
- Gregório! Gregório! Espere!
O homem virou-se na direção em que seu nome era chamado como um mantra, franzindo desgostosamente ao deparar-se com uma Amália quase irreconhecível aproximando-se de si animadamente.
Segurou um suspiro quando a mesma parara diante de si, torcendo as mãos nervosamente enquanto seu rosto sujo e manchado pelo sol contorcia-se em uma expressão de sofrimento e meiguice que beirava a comicidade.
Mantivera-se em silêncio por um longo momento, pronunciando-se quando o Conselheiro erguera uma sobrancelha em questionamento.
- Você irá selecionar os dez prisioneiros hoje.
Não era uma pergunta, mas o homem respondera com um acenar de cabeça da mesma forma, mantendo-se em silêncio para que ela elaborasse, embora sua mente já houvesse tecido uma hipótese para sua abordagem precoce.
- Eu preciso estar entre os dez escolhidos. Preciso de uma audiência com Afonso. Eu quero que você me escolha.
Gregório mantivera-se sério por meio segundo antes de soltar uma sonora gargalhada que morrera em seus lábios ao perceber o rosto sério da ruiva que agora o encarava com raiva, com os braços cruzados sob os seios e as bochechas avermelhadas e levemente infladas. O Conselheiro ajustara sua postura, encarando seus olhos longamente.
- Você acabou de dizer que precisa de uma audiência com o rei Afonso e somente com ele. Tenho certeza absoluta de que a notícia do casamento entre o rei e a rainha Catarina alcançou cada canto da Cália, por menor que fosse, incluindo o Campo dos Esquecidos. O decreto determina que os dois concederão os perdões reais. O que a faz pensar que tem o direito de ser escolhida sobre os demais?
Parte de sua postura esmorecera sob o tom do homem, que mantinha um olhar menos que impressionado sobre si enquanto aguardava uma resposta.
- Eu fui a noiva dele, Gregório. Esse fato deve contar algo para que eu possa conseguir uma audiência com Afonso.
O nomeado suspirou com visível impaciência, as mãos em suas costas torcendo-se inquietamente.
- Amália, eu serei bem claro com você, espero que consiga compreender. Você não vai conseguir, em hipótese alguma, uma audiência somente com o rei. Você nem mesmo é uma cidadã de Montemor. Isso causaria um mal-estar entre Artena e Montemor sem precedentes, uma vez que foi sua rainha que determinou sua pena após inúmeros insultos e injúrias contra ela, incluindo agressão física. Rainha Catarina, em linguagem prática, prefere ver o diabo a ver você.
- Ela não é minha rainha!
A jovem gritara enfurecidamente, as mãos calejadas ao lado de seu corpo abrindo e fechando de forma que suas unhas, mesmo curtas e frágeis, deixassem a palma marcada. A pequena explosão atraíra a atenção dos guardas próximos, dispensados por um leve acenar de cabeça do Conselheiro, que olhara novamente para seu rosto avermelhado impassivelmente.
- Desde que você é uma cidadã arteniense, sim, ela é. Mas, como eu dizia, não há nenhuma maneira que você consiga uma audiência apenas com o rei. Nem mesmo com ambos, haja vista que sua pena é perpétua e que sua situação já está muito bem definida. Volto a perguntar: o que a faz pensar que tem o direito de ser escolhida sobre os demais?

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Revenge
Fanfiction"Amália aprenderia do pior jeito a quantidade de poder e autoridade a rainha possuía. Ela aprenderia como uma rainha deveria agir e se portar diante das mais adversas situações. Poder não era dado, era conquistado e isso, Catarina fizera sua vida to...