Velhos hábitos nunca morrem

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Cheguei! Feliz nataaaaaaal!!

Não sou papai Noel, mas vim trazer um presente para vocês, depois de quase um mês sem postar.

Me desculpem pela demora, mas é que foi beeem difícil escrever esse capítulo, ele é meio que um de transição para a última fase da estória... sim, babaquinha tá acabando :((

Como eu disse, ele é todo focado no Jungkook.

Boa leitura :)

D O I S    A N O S    A T R Á S

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D O I S    A N O S    A T R Á S

Vestido em um casaco grande demais para o seu corpo, o garoto analisava o retângulo de madeira à sua frente. Seus olhos estavam incapazes de fitar qualquer outra coisa que não fosse aquela enorme caixa. Ele se perguntava se o caixão que via seria capaz de suportar todo o peso da sua consciência ou se apenas os poucos mais de setenta quilos do corpo desfalecido de seu pai já eram o suficiente.

Como se já não bastasse ouvir diariamente "ela te deixou" agora, as malditas vozes cismavam em lhe convencer do inegável: "é sua culpa, você o matou".

— Jungkook. — Um homem careca e baixinho se aproximou de si, tocando em seu ombro. — Meus pêsames, querido, é realmente uma pena toda essa fatalidade.

Fatalidade. Jungkook odiava essa palavra, só não odiava mais do que aquela outra que, infelizmente, era a que mais escutava atualmente... "acidente".

"Tadinho, ficou sozinho depois do terrível acidente."

"Ouvi dizer que o acidente foi realmente feio, ninguém sabe como ele sobreviveu".

A morte de seu pai não foi um acidente, foi culpa sua, totalmente proposital. Bem, se é que existe como algo ser proposital e não intencional ao mesmo tempo.

— Kook, vamos. — Por um segundo, Jungkook achou que fosse o mesmo homem baixinho de antes que lhe chamava agora, mas ele logo se deu conta de que não, não era.

No entanto, Jungkook não se virou, continuou fitando, completamente vidrado, o caixão que carregava tantos segredos.

— Vamos? — O rapaz bonito insistiu, agora puxando seu braço.

— Ainda não. Eu quero ver.

— Jungkook?! Eu não acho que seja uma boa ideia-

Claro que não era uma boa ideia, quem gostaria de ver o próprio pai sendo sepultado?

— Eu não quero mais que ele seja enterrado.

— Como? Mas você disse q-

— Eu sei o que eu disse, Jin. Mas eu mudei de ideia.

Kim Seokjin era o secretário do seu pai. Vindo de família pobre, o rapaz chegou a Seul sem um tostão no bolso, mas o grande Jeon Sejin — sempre tão benevolente —, logo que o conheceu vendendo doces para pagar sua faculdade, sentiu que havia algo de especial naquele jovem cheio de sonhos, e assim quis ajudá-lo. Desde então, Jin, como era chamado pelos mais íntimos, se tornou importante demais para eles, sendo, além de secretário do senhor Jeon, um amigo íntimo da família; e hoje, guardião legal de Jungkook.

O Maior Babaca de Todos | TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora