Letícia é a "garota que costumava ser muito popular", como dizem, mas muda complemente e sem ninguém entender muito bem o porquê. No meio dessa cruzada, está Seulgi (sua irmã) que pelas regras estranhas de seu pai, só vai poder namorar quando Letíci...
O terceiro ano do Ensino Médio é o ano mais idealizado por muitos. Talvez porque começamos a se dar conta dos caminhos que nos aguardam no futuro.
Sou uma jovem muito animada com atividades do colégio, e assim como outros da turma, estou empolgada para a formatura.
Nos últimos anos, participei de campeonatos escolares, como Olimpíadas de história e astronomia. Tinha muitos planos para o que gostaria de fazer assim que acabasse a escola.
Lá no colégio, todo mundo é diferente. Uns gostam mais de estudar, outros não se importam tanto. Alguns ligam mais para o time de futebol da escola, do que para as próprias matérias, já outros gostam de ser popular, e assim vai. Minha escola é do tipo que mistura várias pessoas de lugares diferentes, então temos brasileiros, coreanos, americanos, e etc.
Eu gosto muito disso. Apesar de ser coreana, mas com descendência brasileira, — já que uma parte da minha família é do Brasil — eu gosto muito do respeito que as pessoas incluem com isso.
Como é o meu último ano escolar, estou me esforçando para tirar boas notas e conseguir ser aceita numa boa faculdade. Não faço ideia de qual área irei seguir, já que existem muitas e nesse ano temos muita pressão em relação a vida profissional.
Não é que eu nunca tire notas ruins, porque sim, eu tiro. Sou como qualquer estudante que passa dificuldades, só que, tenho medo de decepcionar meu pai ,que se esforça tanto para juntar dinheiro para a minha faculdade e a da minha irmã.
Nesse exato momento, estou penteando meus cabelos enquanto me olho no espelho. Hoje seria mais um dia de aula, e como sempre, gosto de me arrumar antes. Minha irmã é totalmente diferente já que sempre chegamos atrasadas por culpa dela.
Ouço a porta do meu quarto ser aberta revelando a face de Seulgi, minha irmã mais nova.
— O papai mandou você descer.
— Avise que estou descendo. — ela concorda e sai do quarto.
Coloco a escova dentro do pote, pego a mochila em cima da cama e desço até a cozinha sentindo o cheiro de comida.
— Bom dia! — falo, puxando uma cadeira para me sentar sobre a mesa.
— Bom dia, fiz como você gosta! — papai fala, colocando a comida no prato.
— Obrigada, pai. Você é o melhor! — o abracei e sorri.
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— Está ótimo, como sempre! — digo saboreando as panquecas, papai sabe fazê-las muito bem! São as melhores que já comi.
Minha irmã senta ao meu lado e inicia sua refeição.
— Pai, podemos comprar uma roupa nova?
— Outra? Por quê?
— Porque vai ter o baile de fim de ano, e não quero ir desarrumada, você sabe.
