Capítulo 8 - A Saudade

446 49 15
                                    

Capítulo 8 – A Saudade

Escutei o mito que o Alexandre contara sobre a planta poderosa atentamente. É uma história bem triste, a menina morreu. Nem ela ou a mãe fizeram mal algum para pessoa nenhuma. Ainda não acordei, estou ficando desesperada por dentro, ainda tenho chance? Sinto saudade de dançar com Adrian, ele escolhia músicas nada que fossem para dançar, mas eu gostava. Também sinto saudade dos comentários engraçados do Will sobre adaptações cinematográficas dos livros. Ele é um ótimo amigo e muito engraçado por sinal.

- Bem, por isso a planta salva apenas humanos de coração puro. Qualquer criatura do Mundo Sobrenatural que tentasse sequer usá-la, estaria fadado a ficar doente ou pior. – Concluiu o Necromante.

- Isso explica tudo. – Disse Will.

- É um mito interessante. Se ao invés dela ser uma bruxa e ser um vampiro, estaria morta com uma estaca de madeira no coração. Ou o snague dela seria drenado. – Disse Adrian. Assustei-me com seu comentário.

- Exato, meu caro!

- Sinto saudade da Kate!

- Eu também irmão. – Eu também sinto saudade de vocês. Adrian, William não sofram, isso só me deixa pior.

Citando sobre a saudade, lembro-me de algo sobre da “Cecília Sfalsin”. Dizia:

“Toda saudade provém do que se ama,

Do que se faz falta, do que realmente é verdadeiro.

Saudade nasce de corações sinceros,

Que sabem o que significa sentir falta de algo,

De alguém, de momentos

Ou até de si mesmo.”

 

- Oh rapazes, lembrei0me de algo que vi hoje.

- O que Alexandre?

- Estranhamente tive uma visão, mas não pude ver claramente.

- O que você viu?

- Havia um homem. Ele parecia estar em um cemitério.

- Quem seria esse homem?

- Eu não sei.

- E o que faria em um cemitério?

- Eu não sei.

- Talvez enterrar alguém, obviamente.

- Ou talvez, desenterrar alguém. – Sugeriu Adrian.

- Desenterrar?

- Esquece, foi só um palpite.

- Alexandre, voce tem ideia de porque voce teve essa visão?

- Nenhuma.

- Isso é estranho.

- Muito estranho.

- Estranho para mim que tive essa visão. Pode ser um sinal, talvez.

- Um sinal?

- Sim, um sinal.

- Um sinal bom ou ruim?

- Bem, trantando-se de um lugar como um cemitério, não parece ser bom.

- Então como podemos interpretar?

- Algo ruim está para acontecer.

- Pior do que a morte da Kate?

- Pode ser.

- E falando em Kate, o que faremos sobre sua situação?

- Não tem muito o que fazer.

- Não me diga que devemos...

- Esperar.

- Droga, eu estou cansado de esperar. – Gritou Will. – Sinto que tenho que fazer algo.

- O que você quer fazer? – Adrian também disse alto.

- Não sei.

- Ótimo. Então espere.

- Eu não suporto esperar Adrian. Droga.

- Não me encosta ou vou te cortar até você sangrar tudo o que tem no corpo.

- Você quer brigar irmãozinho? Ótimo, estou mesmo precisando de algo assim agora.

- Para começar, seu estúpido, você a mordeu. Aceito a briga. – Parem vocês dois agora! Não briguem ou quando eu acordar, irei brigar com os dois!

Anoitecer (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora