Capítulo 9 - Prisão

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Capítulo 9 – Prisão

- Parem vocês dois, AGORA! – Alexandre gritou, sua voz era potencialmente forte quando ele queria. – Katherine não gostaria nada de ver vocês dois brigando. Se ela estivesse acordada...

- Mas não está! – Will estava impaciente. Parecia um touro bravo quando fitava a cor vermelha.

- É só uma questão de tempo. – Explicou o Necromante.

- Tempo? Quanto tempo mais vou ter que esperar?

- Will, para de ser uma criança chorona, você não é o único que está esperando, caro irmão. Estou tão atônito quanto você!

- Está assim por que acha que ela vai te escolher!

- O que?

- Não se faça de pobre coitado, Adrian. Tem muitos anos e está velho demais para isso.

- Will, cala a boca, o que você está dizendo?

- Ela vai me escolher.

- Estou preocupado com ela. Não com quem ela vai ficar.

- Sei. Até parece que você não está pensando nisso.

- Eu não tenho cabeça para pensar nisso agora.

- Vocês vão continuar com isso por muito tempo? – Perguntou Alexandre seriamente.

- Depende dele. Está assim por que mordeu a Kate.

- Vai voltar nisso de novo? O que você queria que eu fizesse?

- Deixasse ela morrer. Melhor do que viver uma eternidade como vampiro.

- Isso é o seu modo de pensar. Não iria deixar de transformá-la só por que você não queria.

- ELA NÃO QUERIA! Droga Will, você só faz coisa errada!

- Bem, se vocês irão continuar brigando, eu não tenho escolha. Não queria fazer o que eu estou prestes a fazer.

Escutei pequenos tilintares de vidro. Parecia que alguém estava brincando com cacos de cristais, os tilintares não paravam. O que será que estava acontecendo? Adrian e William estavam brigando e agora ambos estavam em total silêncio. Estou começando a ficar preocupada. Será que Alexandre tem alguma coisa haver com isso? Nossa, estou com frio!

- Alexandre, o que você está fazendo?

- Estou criando um caixão de cristal transparente para Katherine. Ela ficará dentro dele trancada no quarto de Adrian.

- Mas por quê?

- Se Katherine é motivo da briga de vocês, nada mais justo do que ela ficar longe. E ainda não acabei.

- O que você vai fazer agora?

- Proteger os dois um do outro.

Dessa vez, pude escutar um barulho estrondoso. Parecia que o chão havia criado uma fissura. E houve mais alguns barulhos, provavelmente Alexandre deve estar fazendo algo com os dois, mas o que? Espero que não os machuque.

- Acabei! Belo trabalho o meu, não acham?

- Alexandre! – Disseram os dois.

- Sem pânico irmãos Pierce, irei explicar. Há uma barreira verde entre vocês dois. Adrian você vai ficar no lado da porta, mas não conseguirá sair, fiz um encantamento, só eu poderei sair. O mesmo encanto na escada William, você não poderá subir para ver Kate. E não tentem pular para chegar no segundo andar, a sala está com barreiras verdes em todo lugar e está encantada. Amanhã eu volto para ver como estão.

- Você vai nos deixar presos?

- Sim. Vocês não comem, entre outras coisas, então ficarão vivos até amanhã.

- Você não pode...

- Na verdade, eu já fiz.

- E quando vai nos soltar?

- Quando pararem de agir como crianças. Droga, vocês são irmãos. Adrian, pare de culpar seu irmão por tudo e pelo que ele fez com Katherine, ele só queria ajudar. E William, seu irmão está tão preocupado com a saúde de Kate quanto você. Esquece esse negócio de com quem ela vai ficar.

- Mas...

- Pensem nisso. Vejo vocês amanhã de noite.

- Alexandre, você não pode nos deixar aqui!

- Já deixei. E mais uma coisa: se baterem nas barreiras sentirão choques extremos. É o mesmo incômodo e a mesma dor do que levar uma estaca de madeira no coração, fazendo com que seus corpos ressequem até transformá-los em cinzas.

Anoitecer (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora