Capítulo 5 – Lenora
- Adrian, eu devo ligar para ela agora?
- Sim, por favor. Explique a situação e peça a Sálvia.
- Tudo bem. – Eu estava ouvindo William falar com alguém no celular. Ele dizia sobre minha atual situação e pediu para que eu trouxesse a planta poderosa. – Ela está chegando. O que faremos agora? – Ela? Ela, a bruxa?
- Esperar.
- Esperar?
- Esperar. – Alguém bateu na porta e acho que Will foi atender. – Alexandre, não achei que viria.
- Por que não? Afinal, estou ajudando vocês com Katherine.
- Sim, eu sei. É que você disse que odiava bruxas.
- E ainda odeio. Mas farei um esforço para tentar gostar de uma pelo menos. Então vocês já ligaram para ela.
- Eu liguei. Ela está vindo. – Respondeu Will.
- Alexandre, por que você odeia bruxas?
- Bem, certa vez conheci uma. Ela era muito bonita, vivia sorrindo. Tinha pele branca. Quando se expusera ao sol, sua pele parecia brilhar como um diamante. Seus cabelos eram ruivos, vermelhos parecendo fogo e olhos verdes como esmeraldas. Eu a encontrei em uma floresta. Nos conhecemos e namoramos por um tempo até ela me trocar por um mero feiticeiro. Desde então, nunca mais me apaixonei por ninguém, muito menos bruxas.
- Então você se tornou frio e impenetrável. A pior pessoa, ou o pior amigo que conheci. Devo mencionar.
- Que isso Adrian! Está falando isso por causa do que você fez...
- O que você me tornou. O que você me fez fazer! – Nunca vi Adrian gritar tão alto. Alguém bateu à porta.
- Adrian, o que você fez? – Perguntou Will curioso.
- Não importa mais. Vou atender a porta.
- Alexandre, achei que você era gay!
- Não William, eu não sou.
- Nunca vi você com garota nenhuma.
- Exato, você NÃO VIU!
- Lenora, que bom que você veio! – Disse Adrian. Lenora? Ela deve ser a bruxa.
- Olá Adrian!
- Entre, por favor.
- Lenora!
- William, como vai?
- Não muito bem.
- Ah, claro. Entendo.
- Este é Alexandre. Alexandre esta é Lenora!
- Então você é a bruxa! – Alexandre disse com desdém.
- E você o feiticeiro. – Lenora respondeu à altura.
- Necromante, sou Necromante.
- Para mim não passará de um mero feiticeiro.
- E o que importa sua opinião?
- Para você...
- Para o SENHOR...
- Para VOCÊ, nada. Mas estou aqui pelos garotos.
- Humpf, você os chama de garotos?
- Algum problema?
- Bem, para VOCÊ...
- Para VOCÊ...
- Chega! Não vamos chegar a lugar nenhum desse jeito. Preciso... – Adrian quase gritou.