Capítulo 3 – Uma Nova Chance Para Viver
- Vamos tirá-la daqui depressa! – Adrian? É a voz dele? Alguém está carregando e colocando-me em um carro. Escutei um baque.
- Ela está no carro! O que faremos agora? – Will? Será ele?
- Me ajuda a pôr a terra de volta para cobrir o caixão. – Caixão? Por que eu não estou mais no caixão? – Ótimo, vamos voltar pra casa.
Adrian? William? O que eles estão fazendo aqui? E por que me desenterraram? Eu não estou morta? Por que será que estão levando-me para casa? Deixaram meu caixão vazio.
- Adrian e se alguém descobrir? – Will parecia desesperado.
- Pelo Rei dos Vampiros Will, só nós sabemos. Quem irá cavar novamente a cova e abrir o caixão da Kate? Respira e trate de se acalmar. – Rei dos Vampiros? Provavelmente deve existir, alguém começou a proliferação vampiresca. Will nervoso parece engraçado, gosto disso nele.
- Tudo bem. Ninguém vai saber.
- Exatamente.
- É por uma ótima causa, ele talvez saiba como despertá-la. – Ele? Ele quem? Quem pode me despertar? Estou quase morta, como alguém pode me despertar?
- Perfeitamente. Nós temos uma chance.
- Espero que dê certo.
Eles calaram-se todo o caminho. Senti que ainda estava no carro porque havia certa movimentação e eu escutara o som dos pneus sendo gastos no asfalto. Ouvi um homem gritar “Vocês chegaram finalmente”. Ele disse alegre. A voz bem aguda, parecendo ser nova quase de uma criança de dez anos.
- Digamos que o lugar era um pouco longe. – Disse Adrian e eu acho que era ele que estava comigo em seus braços.
- Tudo bem. Coloque ela no sofá. – Disse o homem da voz aguda.
- O que faremos agora? – Perguntou Will.
- Deixe esta parte comigo.
Estou me sentindo confortável. Acho que estou mesmo no sofá. Sinto uma mão quente em minha testa. Então não é Adrian nem William, mas sim o outro sujeito. Depois de alguns segundos senti a mão sendo retirada de minha testa.
- Incrível! – Disse o homem espantado.
- O que foi? – Perguntou William.
- Preciso dizer uma coisa e acho que vão gostar. Ficarão surpresos com isso.
- O que ela tem? O que você viu? – Will continuou com as indagações.
- Katherine não está morta!
- O que? – Escutei duas vozes ao mesmo tempo. Adrian e William disseram em uníssono.
- Quando encostei em Kate, pude sentir algo. Algo que não está morto. O coração dela ainda bate. Vocês não poderão ouvir, mas eu consigo. Ela não está morta, apenas está dormindo profundamente, está em coma como a Bela Adormecida.
- Pelo Rei dos Vampiros, como isso é possível? – Disse Adrian.
- E o senhor não pode trazê-la de volta? – Will perguntou parecendo estar desesperado.
- Eu sou um feiticeiro. – Fez-se uma pausa. – Ou melhor, um necromante. Não sou ressuscitador de mortos. Não tenho a pedra da ressurreição. – Necromante? Ah, eu sei quem é. Alexandre. Lembro-me dele vagamente um pouco antes de morrer. Alexandre, consegue me ouvir? Ele sabe que não estou morta.
- O que? – William perguntou sem entender nada.
- Francamente, vocês não leem?
- William, ele está citando “Harry Potter”. A pedra da ressurreição é uma das Relíquias da Morte junto da Capa da Invisibilidade e a Varinha Mais Poderosa de Todas. A varinha pertence ao bruxo mais poderoso: Dumbledore. Eu leio. Ele só assiste aos filmes.