Novo dormitório

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Chegaram ao quarto e Hermione se surpreendeu ao ver que era muito mais bonito que os da Grifinória.

Se ela ainda fosse da grifinória e tivesse visto isso, teria ficado muito irritada com a injustiça. Mas agora que ela é da Sonserina, não está nem aí.

—Aquela cama alí é a sua. Pode colocar suas coisas daquela estante ali, — apontontou para uma cama e uma estante ao lado dela. — e pode usar aquela penteadeira. — disse a garota. Agora indo até sua própria estante e busca de sabe-se lá o que.

Hermione largou os livros que carregava em cima da cama. Olhou em volta. O quarto era magnífico.

Hermione gostava muito da torre da Grifinória por que a vista era linda, e acreditava que odiaria morar nas masmorras, por que não tinha vista.

Mas ela se sentiu dentro de um aquário.

Uma parede inteira do quarto era um vidro grosso, para que pudessem olhar para o fundo do lago. O lago contava com uma iluminação subterrânea, proveniente de algas bioluminescentes. Tudo brilhava numa cor verde. E o quarto, diferente do da Grifinória, era em tons claros.

As paredes e o chão, era tudo feito em mármore branco. Absurdamente elegante, e Hermione se pegou pensando o quão cara havia sido a construção dessa parte do castelo, lá nos primórdios, e a dificuldade de se trazer blocos de mármore desse tamanho para a nível subterrâneo.

Era óbvio que haviam contado com muita ajuda de magia.

O quarto, na grifinória, era todo em pedra cinza escura, com tapetes marrons, no mesmo tom das estantes — e não tinha penteadeira. Além do mais, os dosséis eram vermelho escuro, assim como as cobertas, e ainda tinham os vitrais das janelas, todos em laranja, marrom, vermelho e amarelo. Além de que, o quarto não era muito grande, e contava com cinco camas, dividas pelo ambiente de modo deixar o mesmo espaço entre todas.

Não era ruim ou pequeno demais, mas não era tão incrível assim. Era só confortável.

Já este novo quarto tinha apenas duas camas, e era pelo menos três vezes maior que o quarto da Grifinória. As paredes e o chão em mármore branco, os dosséis em verde e os edredons pretos — a única coisa escura do quarto: os edredons e as penteadeiras.

Um enorme espelho ficava em uma das paredes desse lindo quarto sextavado — era a porta da passagem secreta, pela qual haviam acabado de passar.

Hermione olhou para o lado, entre o vidro que mostrava o lado e o espelho e bufou uma risada.

—Só pode ser brincadeira. — disse. Daphne levantou os olgos de seus pergaminhos.

—O que foi?

—Tem uma vitrola aqui. — disse, apontando com a mão, encarando a garota sentada na cama.

—E daí? — perguntou Daphne, com uma expressão mista entre confusão e entre "o que essa sem noção quer dizer?".

—Nos dormitórios da Grifinória não temos uma vitrola. Não temos esse luxo todo. — disse ela, quase indignada.

—"Temos?" — repetiu Daphne, cruzando os braços e erguendo uma sobrancelha.

—Tem. — corrigiu Hermione, apertando os olhos e soltando s braços ao lado do corpo.

—E daí? Quem liga para grifinória? — disse com total descaso, voltando ao pergaminho que estava lendo.

—Ninguém.— Hermione murmurou para si mesma, por que não se importava com a injustiça. E se sentia culpada por isso.

Arrumou todas as suas coisas em ordem, e nem percebeu que Daphne Greengrass a estava observando quase desde que começara. Virou-se para a colega de quarto que estava com o cenho franzido.

o Leão e a CobraOnde histórias criam vida. Descubra agora