Capítulo 17

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"Se as segundas chances que você consegue do amor da sua vida não começam com um longo beijo, você está fazendo alguma coisa errada. Se não estiver errando e precisando fazer as pazes com beijos e fodidas selvagens pelo chão, na cama ou onde der, tem algo faltando.
Com a gente só funciona assim, não é?"


Depois de tomar banho outra vez, trocar de roupa, fazer outra maquiagem e arrumar o cabelo mais uma vez, Beatriz estava pronta para a festa. Justin tinha ficado na parte de tomar banho, trocar de roupa e pentear o cabelo.

E ele estava com um sorriso enorme enquanto contornavam a piscina, divertindo-se com o embaraço dela. Só agora ela havia pensado se alguém ia notar que os dois estavam sumidos e demorando demais.

– Ah, a princesinha apareceu. Agora eu já ajudei – disse Cherrie, sentada na bancada da cozinha, terminando de embrulhar bolinhos de brinde.

– Onde você se meteu, Bia? Te chamei há horas – comentou a mãe, sem prestar muita atenção, enquanto passava bebidas para um cooler.

– Eu... fui tomar banho – disse Beatriz, com problemas para inventar uma mentirinha tão boba.

– Ela estava se pegando com aquele marido dela da última vez que a vi, só isso explica um banho tão demorado – disse Cherrie fazendo aquela cara sacana dela que era uma marca sua quando delatava alguém. Ela pegou a bandeja e foi saindo.

– É incrível como você foi a única que realmente veio com o dom pra cozinhar e é a única que não usa pra nada – respondeu Beatriz.

– Vocês duas não vão começar, não é? – A mãe fez aquela cara de que já lidara com isso por tantas vezes que não fazia mais diferença.

Quando saiu, ajudando a mãe com o cooler, Bia viu Justin, Matt e Barry no lado direito do jardim. Barry estava contando algo de forma muito animada, enquanto aquele seu rosto vermelho brilhava, Justin estava lhe dando corda para continuar falando e Matt estava segurando sua garrafa de cerveja, observando com crescente embaraço, seja lá qual era o assunto.

Aos poucos o resto da gangue Stravos de Baltimore foi chegando. A última vez que Beatriz viu todo mundo ali reunido para comemorar alguma coisa foi em sua festa de noivado.

No ano passado, quando ela veio para o aniversário do pai, a festa foi lá no restaurante.

– Muito bom, Bel! Faz mesmo essa sua filha chique e rica carregar cooler pra ela não ficar mal acostumada! – disse uma das suas tias que gostava de fazer caçoadas e quando ela chegava todo mundo sabia.

– Já botei pra limpar casa e o caramba – disse Belinda, ajudando na caçoada.

– Na verdade, eu botei meu marido pra limpar a maior parte – Bia disse baixo à mãe. – E ele espana muito mal.

– Pelo menos ele tenta! Afinal, ele precisa ter algum defeito.

– Você não faz ideia... – disse Bia, balançando a cabeça ao comentário da mãe.

Elas voltaram para pegar mais coisas e Beatriz nem sabia se ainda tinha prática nisso. Quando era mais nova ela sempre ajudava no serviço de buffet do restaurante, mas deixou de fazer isso desde que foi à faculdade.

– Cherrie continua inútil – disse Bia, depois de arrumar os pratos. – E nem adianta ela dizer que vai quebrar as unhas porque agora eu também tenho o mesmo problema e não atrapalha em nada.

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