Oh, every time I close my eyes

I see my name in shining lights

A different city every night, oh, I

I swear the world better prepare

For when I'm a billionaire

(Oh, toda vez que eu fecho meus olhos

Eu vejo o meu nome em luzes brilhantes

Uma cidade diferente a cada noite, tudo bem

Eu juro que é melhor o mundo estar preparado

Para quando eu for bilionário)


(Bruno Mars – Billionaire)


Dirigia meu velho Subaru preto 1994 pela estrada que saía do bairro de New Springville, em Staten Island. A mesma estrada onde há 3 semanas Rose Colleman capotava 4x o carro, indo comprar um simples leite.

Suspirei pesadamente, pensando no que Berry tinha contado para mim, Kassie e Lolla, após o jantar.


- Não surtem. – ela fechou a porta e virou-se para nós. – Mas eu chamei vocês aqui para contar que eu tive um apagão ocasionado pelo excesso de calmantes na faculdade.

Berry suspirou e esticou as mãos para a gente como se dissesse 'relaxem'.

- Como assim apagão? – Lolla se empertigou e sentou-se com uma postura melhor.

- Calmantes? – Kassie questionou.

Permaneci em silêncio, sentada em um dos puf's do quarto, esperando ela contar o resto.

- Depois do velório, voltei para faculdade com o Thomas na segunda-feira. Stephan, a Meg e o Ben também foram. As provas estavam a todo vapor e eu estudei sem parar, quase não comia e deixava a Meg louca no nosso dormitório, porque eu ficava a noite inteira vendo videoaulas. – ela se sentou na cadeira perto da escrivaninha e juntou as mãos em punhos. – Eu não pensava nela. – se referia à sua mãe. – Só fiz o que tinha que fazer lá, e não via a hora da semana acabar e poder voltar para Staten Island na sexta.

- Você veio na segunda, no dia 30. – Lolla comentou com o cenho franzido.

- Sim. – Berry suspirou e soltou os ombros. – Precisei ficar lá, com o Thomas.

- Por quê? – perguntei.

- Na sexta, depois da última prova, eu já recebi o resultado. Pontuação máxima. Meu impulso foi ligar para minha mãe. – fechou os olhos. – Eu fiquei tão feliz que nem percebi que estava discando para ela, até cair na caixa postal e ...

Nenhuma de nós falou nada.

- Enfim, aquilo tirou minhas forças, e no caminho para o dormitório eu encontrei a Sky, minha colega de quarto do primeiro ano, ela veio dar os pêsames. Então fui para o prédio, entrei no apartamento e comecei a chorar e não conseguia parar mais. A Meg não estava. Nunca chorei tanto na vida, meu estômago doía pela força do choro. – esfregou a barriga com as mãos trêmulas. – fui para o banheiro para tomar um banho e então eu vi os remédios que eu recebi para me acalmar e...

Caminhos Cruzados (Girls From Staten Island  - livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora