12 (parte dois)

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Tell me why, why can't we try and start again?
This can't be how our story ends
You're more than my girl, you're my best friend
Tell me you remember when
Oooh, I was your man and you were my girl
It was you and me against the world

(Diga-me por que, por que não podemos tentar e começar de novo?

Isso não pode ser como a nossa história termina

Você é mais do que a minha menina, você é minha melhor amiga

Diga-me, você se lembra de quando

Oooh, eu era o seu homem e você era minha garota?

Éramos eu e você contra o mundo)

(Bruno Mars – Too good to say goodbye)

- Você só pode tá de brincadeira! – a voz grave de Matt seguido da sua gargalhada quase acordou Vie.

Eu terminava de fazê-la dormir depois da mamada, quando o ouvi. Deitei Vie no berço e fui ver o que acontecia. A primeira coisa que avistei foi Simon resmungando alguma coisa. Não me surpreendia a presença dele, como um paizão ele vinha vê-la todos os dias, além de não ter me deixado recusar o depósito gordo que fez em minha conta para ajudar nos custos.

- Você quase acordou minha filha, babaca. – xinguei Matt. – O que está acontecendo?

- O Simon trouxe o presente de pai do ano. – Matt ainda ria.

- Não enche! – Simon chiou.

- Ali, May. – Kassie segurando o riso apontou para perto do sofá.

- Um andador? – sorri ao avistar o presente com um laço verde gigantesco. – Você trouxe um andador, para Vie? – me segurei para não gargalhar também

- Uma hora ela vai ter que andar, não vai ficar para sempre no nosso colo. É algo para longo prazo. – Simon falou meio sem jeito ao gesticular.

- Claro. – minha prima assentiu e mordeu o lábio.

- Por que não trouxe um carro para ela usar na faculdade? – Matt provocou.

- Fica na sua! – Simon deu um soco no braço dele e acabou rindo também. – Cadê ela?

- Dormindo. – ri. – Vem ver. – indiquei o quarto.

Nós entramos e Simon ficou a olhando no berço enquanto eu mexia nas roupas sujas de Vie, separando para lavar. Crianças sujavam um guarda-roupa em questão de dias.

- Ela já tem tudo... – a voz de Simon saiu com certa manha enquanto ele se sentava na cama. – Berço, carrinho, trocador, banheira, roupas... – suspirou. – Queria dar algo de verdade ... – balançou a cabeça – Foi uma ideia besta.

- Não... – sorri e senti meu coração se encher de carinho conforme caminhei na direção dele, fique de pé na sua frente. – Não foi besta. – pus a mão no seu ombro. – Você tem razão, é algo para longo prazo. – não notei que acariciava sua nuca.

Simon esticou a mão e fez carinho na minha perna. Quando ele ergueu a cabeça eu senti aquilo tudo de novo, a energia que sempre me puxava a ele estava ali.

Nosso olhar se grudou e eu fui abaixando-me aos poucos, senti sua respiração. Simon ergueu a cabeça e me aproximou quando finalmente....

Vie chorou!

Caminhos Cruzados (Girls From Staten Island  - livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora