Let's take our time tonight, girl
Above us all the stars are watchin'
There's no place I'd rather be in this world
Your eyes are where I'm lost inUnderneath the chandelier
We're dancin' all alone
There's no reason to hide
What we're feelin' inside
Right now

(Vamos aproveitar o nosso tempo esta noite, garota

Todas as estrelas estão nos observando lá de cima

Não há outro lugar nesse mundo onde eu preferiria estar

Nos seus olhos é onde eu me perco

Sob a luz do lustre

Estamos dançando sozinhos

Não há razão para esconder

O que estamos sentindo agora)

(Bruno Mars – Versace on the floor)

Eu tinha dado várias recomendações à Simon, falei tanto que ele ficou bufando e reclamando com Vie que a mãe dela não confiava nas habilidades dele como pai, sendo que ele cuidou de Alejandro quando bebê. Entrei no banheiro dele – o apartamento de Simon era largo, ventilado e bonito – para terminar de me arrumar. Terminava a maquiagem e peguei minhas coisas de trabalho no quarto de visitas dele onde só tinha uma cadeira velha.

- Eu volto em 4 horas, na hora que ela vai estar com fome. – apertei meus cachos olhando para a TV que passava alguma coisa de basquete quando ele saiu da cozinha com Vie no colo.

- Não prec....

A frase dele parou conforme os olhos dele me mediam de cima à baixo. Por várias vezes. Não vou negar, me senti orgulhosa.

- Aonde você vai? – ele franziu o rosto.

- Na festa do senador, eu já te falei onde vou estar qualquer emergência com ela meu celular está ligado. – arrumei a postura.

- Precisa ir assim? – fez uma careta.

- É uma festa de gala, Simon. – revirei meus olhos.

- Ah ...

Meu celular apitou, Chad avisando que tinha chegado.

- É o Chad, estou indo. – dei um passo para me despedir de Vie.

- Quem é Chad?

- Meu companheiro de trabalho. – Simon estava com ciúmes ou era impressão minha?

- Vamos. – ele foi mais rápido que eu e abriu a porta indo para o elevador.

- Aonde você vai? – peguei minha bolsa lateral que guardava a câmera.

- A Vie vai te levar até o Chad, você não quer se despedir da sua filha?

- Aham. – mordi meu lábio e entramos no elevador

- Tá rindo do que? – ele ainda me admirava.

- Nada. – dei de ombros.

Talvez. Só talvez. Minha sorte com Simon estivesse mesmo mudando.

***

Eu já tinha capturados algumas fotos e falado com pessoas importantes quando meu celular tocou.

- Oi, Simon. Tudo bem por aí? – me afastei de alguns convidados e fui até um terraço.

- Ah sim, a Vie tá assistindo a ESPN, acho que ela gosta.

- O que foi então? – apoie-me e observei a cidade.

- Você vai demorar? – pigarreou.

- Simon, eu saí daí há 30 minutos. – soltei uma risada.

- Eu sei, eu sei. – ele riu também.

Meu Deus, que saudade dele!

- Vou te deixar trabalhar em paz, tchau Cari. – desligou.

Ele me chamou de Cari? Ou meu coração ouviu demais?

Trabalhar por mais 3h30 foi mais difícil que pôr Vie para fora. A ansiedade de rever Simon me dominava, eu parecia uma adolescente idiota. Mais idiota ainda foi nós nos tratarmos com extrema timidez quando eu cheguei na casa dele. Vie chorava a plenos pulmões, nem parecia que ela tinha asma. Minha filha estava com fome.

Deixei as coisas no sofá preto dele e a levei até o quarto de Simon apagando a luz, apenas a frestinha de luz da sala invadia o espaço. Amamentei-a e em seguida cantarolei para que ela dormisse. Girei sobre meus pés e vi que ele estava na porta nos observando de braços cruzados e um meio-sorriso.

Acho que me apaixonei de novo por ele naquele momento.

Virei de costas ainda ninando Vie.

- Eu acho que... – Simon começou a falar e eu não olhei para ele, aguardando suas palavras. - Que ... que você pode me mostrar as fotos de você grávida da Vie, em ... hum ... um jantar, essa semana. – ele suspirou .– A Kassie ou a Esmeralda pode ficar com ela e ... bom ... você sabe ...

- Um jantar?

- Sim.

- Só ... nós dois?

- Isso. O que você acha?

Ele não podia ver, mas meu sorriso estava quase rasgando meu rosto.

- Acho uma ótima ideia – sussurrei.

Isso estava mesmo acontecendo?

- E ... talvez ... talvez um jantar só não seja suficiente para você contar tudo. – engoli em seco e senti minha pulsação acelerar. – Talvez a gente precisa jantar a vida inteira juntos.

- O QUE? – virei-me e quase caí. – OH ME DEUS!

Cobri minha boca com uma mão.

- Casa comigo, Cari? Casa comigo de novo? – ele estava de joelhos segurando uma aliança dourada na mão, com olhos úmidos. – Eu te amo, May...

- Eu também amo você. – falei entre lágrimas – Eu amo mui...

- Me deixa falar, mulher! – nós rimos .– Eu ensaiei!

Simon tremia e sorriu para mim.

- Você é a mulher dos meus sonhos, literalmente. Eu tenho essa aliança desde o dia que voltei da Pensilvânia, porque eu quero você comigo para sempre. Você me deu uma família, algo que eu sempre quis, me deu ela, me deu Vida, May. Eu não posso viver sem vocês ... Então, casa comigo, de novo?

- Simon... – solucei e sorri mais ainda. – Sim! SIM!

Ele se levantou e nos abraçou, em seguida me deu o beijo intenso que eu esperava. E beijou a testa da nossa filha.

- Eu te amo tanto! – falei para ele. – Eu senti tanto sua falta! Tanto! – ele me abraçou forte.

- Nós vamos casar! – Simon riu. – Vamos casar porque nos amamos muito!

- E dessa vez a gente vai convidar todo mundo!

- Vai ser o melhor casamento do mundo!

Me perdi no seu beijo, como se fosse a primeira vez que nossos caminhos se cruzavam.



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Caminhos Cruzados (Girls From Staten Island  - livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora