Girl tell me when you're ready
Ready to go
Just say the word
And then we'll take this home
Don't you fight the feeli'n
'Cause I feel it too
Freakin' me baby, while I'm freakin' you
(Garota me diga quando você estiver pronta
Pronta para ir
É só dizer
E nós vamos tomar essa casa
Não lute contra o sentimento
Pois eu sinto isso também
Me enlouquecendo baby, enquanto eu te enlouqueço)
(Bruno Mars – Straight up & down)
- Mas você foi ao mercado? – a voz de Roxy Jensen, minha mãe, soava do outro lado do viva-voz.
- Essa semana não.
Olhei a camiseta preta e não me recordava se estava suja ou não, de qualquer forma joguei na pilha no chão, iria para a lavanderia.
- Eu já te disse, May: para morar sozinha precisa se alimentar como adulta, fazer compras é bem mais econômico que pedir comida, e eu nem estou falando sobre ser mais saudável. – eu conseguia visualizar ela cruzando os braços e balançando a cabeça de cabelos pretos lisos.
- Ainda tenho comida na geladeira. Mãe, não estou comendo fora, nem porcaria. - joguei algumas calcinhas para lavar.
- Não vai na onda da sua prima não, a Kassie é magrela daquele jeito porque não come nada que não seja entregue por um motoboy. – resmungou e eu ri. – A Emilly vive brigando com ela por isso.
- Eu cozinho, mãe, está tudo bem. – juntei todas as roupas e joguei no saco preto que levaria para lavanderia na manhã seguinte em que teria folga.
- Que bom. Sabe que fico preocupada com você morando sozinha, era diferente quando estava no dormitório da faculdade com os outros alunos.
Dava graças a Deus por ter me livrado dos alunos do dormitório, dividir 5 cômodos com mais 3 pessoas era insuportável, ainda mais aqueles riquinhos mimados. A faculdade acabou e cada um deles ganhou (simplesmente ganhou) um apartamento em Manhattan. Eu respeitava os ricos, só não os esnobes que tinha tudo de mão beijada e estavam estudando Fotografia para passar o tempo. Queria viver disso, então ter me livrado de Hannah, Miles e James foi como tirar um peso das costas. Nem mantinha contato com eles mais.
Na verdade, eu não era a pessoa mais rodeada de amigos do mundo, só as garotas mesmo. Não mantinha contato nem com quem fiz o ensino médio, mas isso era por outras razões.
O que importava agora era que eu tinha meu próprio espaço, tudo bem que era um micro espaço, mas tinha cheiro de liberdade – ok, de mofo também – mas eu tinha que ser positiva. Viver aqui era temporário, até minha carreira decolar.
- Estou fazendo minha vida aqui, mãe. Já falamos disso. – fui até a cozinha com o celular na mão e apanhei o sabão em pó para deixar perto da sacola.
- Você sempre amou Nova York, no fundo eu sabia que iria voltar para aí.
Eu amava mesmo. Fiquei muito triste quando tivemos que nos mudar para Boston por conta do emprego dos meus pais. Eles se conheceram em uma feira de divulgação de produtos, ambos eram promotores de vendas da QVC, uma loja grande de produtos eletrônicos de vários segmentos. Se apaixonaram e quando se casaram continuaram no emprego, viajando juntos quando necessário até eu nascer. Minha mãe saiu da empresa por alguns anos, mas quando eu fiz 13 ela voltou, e eu passava vários fins de semana sozinha enquanto eles estavam pelo país divulgando a loja. Quando minha mãe teve Mike, eu já tinha 17 e fazia o curso técnico de fotografia. Eu cuidava dele (a coisa recém-nascida mais linda desse mundo) enquanto eles trabalhavam. Com a chegada do novo bebê as coisas apertaram e eu os ajudava no que podia, adiei a entrada na faculdade até Mike fazer um ano. E depois vim para Nova York. Estudei 3 anos na Columbia e aqui estava eu, finalmente vivendo sozinha, como adulta.
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Caminhos Cruzados (Girls From Staten Island - livro 5)
Romance[NÃO CONTÉM HOT] Livre. É assim que May Jensen leva sua vida. Depois do fim de um relacionamento longo e perturbador, a recém-formada fotógrafa residente de NY decidiu que nunca mais ficaria presa a ninguém. Porém, quando Simon, um bombeiro que apa...