Capítulo 3

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Estar na casa do doutor Gupper pela segunda vez me trouxe o mesmo pensamento de anos atrás, era tudo arrumado demais para ser a casa de um homem solteiro, além de estar exatamente como me lembrava.

Amava casas no estilo rústico, mas para mim tinha que ser uma casa assim como a dele para o estilo combinar com o ambiente. Pensava em morar em um lugar assim, mais afastado, no meio do mato a ponto de não ter vizinhos próximos e poder andar pelada livremente, mas perto o suficiente da cidade grande para chegar a um hospital em caso de necessidade.

Repensei algumas vezes antes de comprar o apartamento aqui, onde eu morava com João era uma casa estilo chalezinho, bem aconchegante e mesmo não sendo nossa me lembrava a lar. Quis o apartamento por ser algo completamente diferente do que ele gostava, tinha medo de algumas lembranças do nosso dia a dia me invadir a ponto de me sufocar em uma casa grande e vazia sem ele. Além de um apartamento ser muito mais seguro para uma mulher solteira.

— Você costuma ficar pensativa quando chega na casa dos outros? — a voz grossa do Emerson ecoou pela sala, ele estava parado na porta que separava o ambiente da cozinha e tinha um copo de água em uma mão e um prato com dois sanduíches natural na outra.

Me questionei quanto tempo fiquei divagando pela casa do cara, e o pior é que realmente não era a primeira vez.

— Gosto da sua casa — confessei caminhando até ele e pegando um dos lanches. — Obrigada.

— Sei que está com fome e preciso de você bem alimentada para o que pretendo fazer — o sorriso charmoso, alinhado e extremamente branco era um charme com aqueles lábios finos e sensuais.

Sentamos no sofá para comer melhor, Emerson ficou parcialmente de lado para que pudesse continuar com o contato visual e eu sentei de lado colocando uma das pernas no seu colo e deixando a outra flexionada.

— Hum, e o que pretende doutor? — perguntei degustando daquele lanche que pelo grau da minha fome estava melhor que um gorduroso fast food.

Talvez não estivesse tremendo somente de tesão no carro, acho que tinha uma participação na necessidade de alimentar o estômago além da xota.

— Te deixar com muito mais fome, com certeza — suas respostas eram sempre certeiras, fazendo meu corpo se arrepiar pelas promessas do sexo sujo que ele tinha.

Tive muitos homens nos últimos anos, uns bons, alguns mais ou menos, outros ruins e o Henrique, que tinha sua própria classificação de péssimo. Eles me deram do mais variado prazer e é incrível como na hora sempre me parece ser o melhor sexo da minha vida, até vir o próximo orgasmo e me mostrar ser mais foda ainda.

Mas depois que meu tesão passava eu conseguia identificar a proporção do sexo. Só que com Emerson sempre foi diferente, eu tenho a teoria de que sinto toda essa eletricidade nele pelo fato que o doutor tinha me mostrado o verdadeiro significado de sexo.

Aquele sexo sujo e canalha que ele tinha.

Eu amava homens livres e donos de si, mas Emerson Gupper estava além de qualquer classificação que eu achava possível colocar, ele conseguia me levar a loucura e pensar ser a melhor mulher do mundo, ao mesmo tempo que me fazia ser a louca devassa do tudo ou nada.

E eu me dava por inteira com ele. No dia seguinte não tínhamos nada.

Foi por causa desse tipo de homem que sai de São Paulo e no primeiro dia de volta já estava na cama desse tipo novamente.

Parabéns Angel, você está se saindo bem mal.

Senti seus dedos acariciarem meu pé que estava no seu colo, começando uma massagem lenta e firme.

Ardentemente SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora