Caipivodka

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Korra, minha filha... Tem casa não?

Já deve ter mais de quinze dias que a asquerosa acampou na casa de Adora.

Achei que ia começar a morar lá, já estava me preparando mentalmente para ser obrigada a atura-la todas as vezes que for ver a Adora, quando recebi uma mensagem de um número desconhecido.

21 99847-6xxx: Social de despedida da Korra. Sexta, às 20h lá em casa.

Mara.

E foi assim que consegui o número da morena, pois fiquei com vergonha de pedir a ela e esqueci de pedir à Adora.

Mas vamos ao que interessa.

FINALMENTE A RAPARIGA VAI EMBORA, CÉUS!!!

Pois bem, uma social para se despedir da quenga. Faz sentido, porque ela, finalmente, estar voltando para Fright Zone, é um excelente motivo para comemorar.

Mas, não me animei, pois as provas já começaram e não estou afim de levar pau e correr risco de piorar o cr.

Aí que entra a bonita da Adora. Mandou várias mensagens, durante as fisioterapias pediu e insistiu, até na faculdade me perturbou para que eu comparecesse.

É, cá estou.

Sentada, encolhida no sofá, observando toda a muvuca que a social causou. Várias pessoas desconhecidas estão aqui desta vez. Adora disse que são amigos da Mara.

A loira também chamou o time, já que, pra essa turma, qualquer motivo é motivo para encher a cara.

Até Lonnie veio.

O esquema que o Micah inventou de nos obrigar a conviver juntas realmente funcionou.

Adora voltou a falar com Lonnie de forma civilizada. A morena também não fez jogo duro, ela quer essa reconciliação tanto quanto nós, para voltar a jogar o quanto antes.

Até a vi brincar com a morena vez ou outra durante a limpeza do vestiário.

Tirando o time, a maior parte dos amigos da Adora e de Mara, conhecem a Korra.

Então, a garota está bastante entrosada. Muito mais que eu. Cada menina do time está em um canto. Só Scórpia e Perfuma que aparecem vez ou outra para conversar sobre qualquer coisa, depois somem de novo.

Não que eu me importe, porque a companhia mais importante pra mim acaba de chegar.

- Aqui, Cat. - Diz a loira esticando um copo de caipivodka de maracujá.

O bagulho é bom mesmo! Mas eu não admitiria isso em voz alta de jeito nenhum.

Mara decidiu que essa seria a bebida principal da festa de hoje, já que "a Korra adora".

Tentei negar a batida por orgulho, mas o olhar de cachorro pidão de Mara (bem parecido com o de Adora, por sinal), é bastante convincente.

Então, bom... Talvez eu tenha viciado de leve.

- Por que está tão isolada? - A loira pergunta com a voz completamente arrastada.

Doidinha já. Não sei como conseguiu vir da cozinha até aqui sem derramar os copos.

- Sabe que não sou boa em socializar. - Ajeito a alça da camisa de Adora que estava caindo pelo ombro, expondo o elástico de seu sutiã.

A camisa está assim a noite inteira. Toda hora preciso arrumar.

- Cadê as meninas de Ethéria? Você conversa com elas. Você conversa com a Lonnie todo dia. - A garota me olha de cima a baixo e faz bico. - Não gosto de te ver sozinha assim.

Mais que um lanceOnde histórias criam vida. Descubra agora