Amor e ódio

6.4K 607 2.6K
                                    

Meu corpo, simplesmente, para de reagir. E eu fico congelada no mesmo lugar. Minha respiração pesa e meu coração martela meu peito tão forte que faz minhas costelas doerem.

- Catra, será que a gente pode conversar? - Ele se aproxima

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Catra, será que a gente pode conversar? - Ele se aproxima.

- Me deixa em paz. - Minha voz soa tão fraca que não sei se ele consegue me ouvir, mas foi o mais alto que minha garganta pode ecoar. Além de dar um leve passo para trás.

Então, ele segura em meus ombros.

- Por favor, Catra. Me desc-

- NÃO ENCOSTA EM MIM! - Grito e me debato, tentando me livrar de suas mãos sujas.

Essas mãos em mim de novo não...

Em um piscar de olhos, Wind é arremessado na parede com força. Me deparo com Lonnie entre nós dois.

- Aí, mermão, você é surdo? Não ouviu ela dizer pra a deixar em paz??

Wind se recompõe rapidamente e encara a garota de perto.

- Ah, qual é!? Primeiro foi a Adora, agora é você? Será que essas meninas malucas não podem me deixar conversar com a Catra só um pouco?

- Por que não conversa com minha mão na sua cara, mauricinho de merda??

- O que está acontecendo aqui? - O zelador que Micah colocou para nos vigiar aparece.

- Esse babaca aí brotou só pra encher o saco! - Lonnie esbraveja, apontando para o Wind.

- Wind, a diretoria disse que não quer ninguém no vestiário até as meninas terminarem o trabalho. - Diz o homem colocando a mão no ombro do rapaz e o puxando suavemente.

- Mas, eu só... - Ele tenta se justificar, mas recebe um olhar sério do zelador e se cala, desistindo de insistir e indo embora.

- Agora vai contar pra Ângela que o idiota fica vindo atentar. Isso vocês não contam, né? - Lonnie diz com raiva para o homem mais velho.

O zelador apenas sai do vestiário em silêncio.

A garota se vira para mim e se abaixa de leve, ficando com o rosto na altura do meu.

- Você está bem?

Só então eu percebo que estou abraçada ao meu corpo desde o momento que ela me afastou de Wind, ainda com os músculos travados.

Afirmo positivamente com a cabeça.

- Vem, vou te levar até o portão. - A maior passa o braço pelo meu ombro e me puxa de leve, descongelando meus membros aos poucos e me acompanhando até sairmos da universidade.

Do lado de fora, me apoio na parede, tentando fazer minha respiração voltar ao normal.

Eu sabia que, quando esbarrasse com ele de novo, seria difícil. Eu só não sabia que seria tão difícil.

Mais que um lanceOnde histórias criam vida. Descubra agora