Adora é goleira do time da faculdade e estrelinha da atlética; cursa engenharia de produção; melhor da turma, porém, uma porta em relação à sentimentos/lidar com pessoas.
Catra ama esportes, mas nunca foi boa neles; faz parte do time como assistente...
Depois que Mermista aparece, Adora, simplesmente, caminha até o bar, em meio à multidão, cambaleando de leve e esbarrando nas pessoas sem querer, até sumir de vista.
Vou atrás dela e a vejo apoiada na bancada do bar, de cabeça baixa. Me aproximo e ela está... Chorando?
- Hey?? Adora?? O que aconteceu??
Ela levanta o rosto, está vermelha e com o nariz congestionado.
- Você me abandonooouuuu....
Ah, pronto!
- Eu não te abandonei, garota.
- Você me trocou pela Looooooonniiieeeeee.... - Diz aos prantos. - E foi tudo culpa minha. Eu não cuidei direito de você, aí ela foi lá e bum! Te pegou pra ela e eu fiquei sozinha...
- Adora, meu Deus... Não chora. Vem aqui. - A puxo para um abraço. Ela rodeia minha cintura com os braços e me aperta forte. - Eu jamais trocaria você... Você não está sozinha.
- M-mas... M-mas vocês...
- Shhhh, esquece isso. - Passo a mão por seus cabelos. - Pronto, pronto...
Ficamos vários minutos assim, abraçadas. A garota leva algum tempo para se acalmar e parar de chorar. Assim que o faz, me afasto levemente, seguro seu rosto molhado e lhe dou um beijo na ponta do nariz.
- Passou? - Ela acena positivamente com a cabeça e funga mais uma vez. - Vamos voltar para onde as meninas estão? - Ela acena mais uma vez.
Eu e Adora voltamos para a pista. A loira começa a dançar animadamente mais uma vez, eu fico só por perto a olhando, sorrindo igual uma boba enquanto a garota se diverte.
Ela, vez ou outra, tenta me puxar para dançar também. Mas, sem álcool na mente, fica impossível pra mim. Prefiro ficar só olhando mesmo.
Em pé, claro. Não me arrisco a sentar de novo e ela voltar a me provocar daquela forma. É muita tortura.
O foda é que acho que fiquei distante demais...
Duas garotas começam a cercar Adora enquanto ela dança. A loira fica tão imersa na música quando dança, que não nota a aproximação. Até uma delas cochichar algo no ouvido da garota. Adora arregala os olhos, parecendo finalmente perceber as meninas ali.
Ela as encara, com o cenho franzido, depois estica a mão na minha direção, como se estivesse me chamando.
Me aproximo a passos lentos, levando minha mão ao encontro da sua. Quando ela finalmente me segura, me puxa com força, chocando meu corpo contra o seu.
- Eu tô acompanhada! - Ela grita, me abraçando. - Não encosta em mim!
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Eu juro que não sei qual sentimento é mais intenso dentro de mim. A vontade de rir da forma completamente desembestada com que Adora age ou o nervosismo por ela gritar pra quem quiser ouvir que ela está comigo.
