Capítulo 10

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Claro que ele não beijou, foi ilusão da parte dela acreditar que algo poderia acontecer. Ao invés disso, Julian deu um passo para trás, depois outro e mais um, colocando uma distância grande e segura entre eles. A expressão fechada que ela estava se acostumando a ver, voltou a aparecer. Seja lá o que achou que viu nos olhos dele, não estava mais ali.

Como era possível ficar decepcionada por algo que ela sabia, lá no fundinho, que não aconteceria? Não aconteceu lá atrás, não aconteceria novamente. Por que insistia em esperar por um beijo dele?

O quase-beijo deixou uma situação estranha no cômodo, um silêncio mais tenso e desconfortável do que o normal. E Amanda realmente não sabia o que fazer, então baixou a cabeça e tirou fios imaginários do cobertor que estava nos seus ombros. Ele falaria algo?

Mas Julian também não falou nada, afinal, ele estava paralisado. Ou estarrecido. Qualquer opção seria precisa para descrever seu estado.

Se levantou com a cavalheiresca intenção de levar o copo de volta ao bar, mas no momento que seus olhos encontraram-se com os dela, congelou. Na verdade, sua mente parou de pensar no momento em que viu o desejo explícito nos lindos olhos claros.

Além de sonhar com alguém que não era sua mulher, ainda passou pela cabeça dele beijá-la. Ela acendeu uma centelha em seu corpo, uma que estava há tempos esquecida. Por isso, não conseguiu evitar inclinar-se e estava esticando a mão para tocá-la, prová-la, quando a luz da sanidade resolveu voltar para ele.

Amanda não era apenas a irmã de seu melhor amigo e sua hóspede, ela era uma mulher inocente. E ele estava perdendo a cabeça!

Quando se afastou, jurou que viu decepção nos olhos dela. Como poderia corresponder naquele momento? Não, não existia nenhuma forma disso acontecer. E, de repente, o escritório ficou mais sufocante do que antes. Como se a lareira tivesse consumido todo o ar do recinto e as paredes tivessem encolhido o espaço.

Era demais ficar olhando para ela e querendo tocá-la, sem saber o que fazer. Querendo tocá-la e sabendo que esse passo o levaria para um novo futuro. E não estava pronto para deixar seu luto.

Então, não sobrou outra opção para ele além de sair.

Na manhã seguinte, Mandy levantou com uma disposição fora do normal para quem não conseguiu conciliar o sono

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Na manhã seguinte, Mandy levantou com uma disposição fora do normal para quem não conseguiu conciliar o sono. Passou o resto da noite pensando no porquê todos seus encontros com o conde terminavam com ele saindo, irritantemente, sem dar mais nenhuma palavra ou explicação.

Mas isso acabaria, prometeu para si mesma. Ela tinha um plano maligno, como seus irmãos gostavam de chamar. E esse era o motivo do seu bom humor.

Assim como na noite anterior, não queria mais ficar na cama, e tanto Rose quanto a Sra. Beckett interpretaram isso como um excelente sinal. Ajudaram-na a se banhar e se vestir, depois desceu para tomar o desjejum na mesa.

Armadilha para um beijo | Reencontros de amor - Livro 2 **AMOSTRA**Onde histórias criam vida. Descubra agora