S.W.A. 3 - As Decisões Da Nossa Verdade

Capítulo 7 - A Livraria

Chlöe

— Pensando nos amores perdidos do passado? – Tomo um susto com a voz grossa do senhorzinho, dono da livraria em que eu trabalhava.

— Oi Senhor James! – Dou um sorriso e volto a organizar os livros na prateleira que eu estava encarando nos últimos dez minutos. Estava nervosa com tudo que estava acontecendo, e muito ansiosa, já que o Matt não me dava nenhum sinal de vida desde a nossa última conversa por telefone. Eu fiquei sabendo pela mãe dele, ontem em um almoço com meus padrinhos e ela, que ele havia sido promovido e que estava super atarefado, então eu imaginei que por esse motivo ele ainda não havia me contactado. – E só se eu estiver pensando em amores literários, por não existe nenhum amor perdido no meu passado, até por que ele não faz tanto tempo assim.

— Isso é bom! Porque o amor não perdido do presente acabou de entrar. – Aponta para a entrada onde vejo e o loiro, que eu conhecia bem, entrar.

— Isaac! – Meu sorriso é instantâneo.

— Boa tarde, Chlöe! Boa tarde, Senhor James! – O velhinho, que agora estava atrás do balcão dá um sorriso amigável e volta a ler algum livro que eu não conseguia identificar da distância que me encontrava. James era como um avô, que eu nunca tive. Foi o primeiro a me dar um emprego respeitando todos os meus direitos e ainda me dava regalias em épocas de provas e outras coisas. Por causa dele eu descobri muito mais sobre a minha paixão por História e é claro que por causa dele eu namorava o Isaac. Ele era o único, mais próximo de família que eu tinha que sabia sobre o meu namoro. Sempre me deu bons conselhos, e acho que o mais importante foi quando ele disse que uma pessoa não tem como ler tantos livros por semana e ainda trabalhar para comprar mais dois na próxima. Foi ali que eu dei uma chance de verdade para o Isaac, e aqui estamos nós.

— O que você está fazendo aqui? – Dou um beijo rápido dele, me certificando que James não estava nos observando.

— O que uma pessoa faz numa livraria? Além de beijar a namora, é claro! – Dou uma risada.

— Qual é o livro que você vai querer hoje? – Pergunto, lembrando de quantas vezes eu havia feito essa pergunta para ele.

— Você! – Desmancho meu sorriso e fico vermelha.

— Isaac! – Repreendo-o – Esse ainda é o meu local de trabalho.

— Por pouco tempo! – Fico tensa. Ele achava que eu realmente teria um novo emprego, quando eu caminhava para ter uma vida nova.

— Talvez eu te contrate no lugar dela. – James diz sem tirar os olhos do seu livro – Passa tanto tempo aqui... – O jeito rabugento de um senhor de idade se fofo.

— Olha que eu aceito! – Brincou.

— Fala logo, antes que chegue alguém ou o James se irrite. – Insisto.

— Vim te buscar para a gente jantar.

— Eu tenho que terminar de arrumar esses livros antes. – Olho para a pilha no chão ao lado da prateleira que ia até o teto com alguns lugares vazios.

— Eu te ajudo! – Pego os livros que eu tinha na mão – Assim já vou adquirindo experiencia para quando eu te substituir. – Nego com a cabeça. Esse garoto era doido.

— Chlöe? – James me chama, e assim que olho para o melhor ele indica com a cabeça um novo cliente que acabara de entrar na loja.

— Oi! – Seu sorriso era incrivelmente perfeito, mas o meu havia ido embora junto a cor do meu rosto.