Capítulo 10 - O Encontro

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Chlöe

— Eu estou começando a achar que vou ser trocado por esse seu novo trabalho. Se agora, que você só está na fase de imersão, eu já quase não te vejo, imagina semana que vem quando você começar a oficialmente estagiar?! – Isaac dá um beijo na minha mão e me encara com um sorriso lindo no rosto, enquanto caminhamos até seu carro.

— A gente não vai deixar de se ver. – Garanto – Não precisa ser tão dramático, meu estágio nem são todos os dias. A gente ainda vai ter bastante tempo. – Solto sua mão esperando-o abrir a porta do carro para mim.

— É bom mesmo! – Me dá um beijo e fecha a porta assim que entro.

Isaac estava um pouco frustrado, ultimamente, com o tempo mínimo que passávamos juntos. Se já não bastasse os nossos trabalhos, eu ainda havia arranjado mais esse "estágio" nos poucos momentos vagos que ainda tínhamos durante a noite na semana. Mas ele não reclamava, pelo contrário, me dava cada vez mais força para seguir em frente, mesmo que eu falasse muito pouco sobre o que estava estudando. Não gostava da ideia de mentir para ele, mas não podia compartilhar algo que na teoria ainda não fazia parte da minha vida.

— Aonde estamos indo? – Pergunto vendo ele ir em uma direção diferente da de seu apartamento ou minha casa.

— Preciso passar num lugar para pegar uns documentos da empresa. – Fala sem tirar a atenção do trânsito, que era quase nulo nesse momento – Prometo que não vou demorar! – Sorri virando para mim rapidamente.

— Tudo bem! – Isaac trabalhava na empresa do pai, da qual eu não sabia muito além do nome. Não que eu me importasse com isso, já que única coisa que ele sabia dos meus pais era que trabalhavam numa empresa de segurança e que eram ex-policiais. Mas eu sabia a localização da tal empresa, que ficava num prédio comercial no centro da cidade, e nós não estávamos indo para lá. O que me fez questionar onde exatamente estávamos indo. – Isaac, quem mora aqui? – Pergunto assim que passamos por um portão enorme, do que eu julgava ser um condomínio.

Seguimos por uma estrada de paralelepípedos com pinheiros em volta até a entrada de uma casa, que mais parecia uma mansão colonial. A casa, ou melhor, o castelo feito de pedras e colunas gregas em tons de bege, tinha uma entrada com piso de mármore e uma porta dupla de quase três metros do que parecia ser uma madeira escura, quase num tom preto. Sem falar no impecável jardim que seguia ao redor de toda a casa, se encontrando com um campo cheio de árvores que tinham dos dois lados da casa, e a fonte circular no meio do pátio a frente da entrada da casa onde estávamos estacionados agora. Aquilo era incrível, e mesmo de noite dava para notar a grandeza que aquela casa tinha, com todas aquelas luzes iluminando a fachada e o jardim.

— Desculpa! – Ele fala assim que desliga o carro – Se eu te falasse que tinha que vir na casa do meu pai, você iria surtar e querer ir embora. Não queria que a nossa noite acabasse no restaurante.

— Seu pai mora aqui? Sozinho? – Minha cara de espanto deve ter sido muito engraçada, porque ele deu risada.

— Eu disse que meu pai era rico.

— Disse..., mas não que ele era rico a ponto de ter uma casa do valor do PIB da cidade.

— Olha, você fica no carro e eu vou lá rapidinho. – Segura minhas mãos, como se eu fosse sair correndo. Talvez eu fosse – A não ser que você queira entrar comigo, é claro! – Fala a última parte mais lentamente.

— Eu estou bem no carro, mas quando você voltar, vai me contar direitinho essa história de você ser um milionário.

— O que você quiser. – Me dá um beijo e sai do carro.

S.W.A. 3 - As Decisões Da Nossa VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora