Capítulo 17: Samira vs Rony/Asmodeus

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Mansão Mayer/Escola Caminhos do Coração/Terra do Passado
Nati estava no seu quarto, quando Valente apareceu.
- Sente essa sensação, amor? - pergunta Nati.
- Sim amor. - diz Valente.
- Me sinto tão sozinha nesse quarto, sem as conversas com os Montenegro Menezes, sem seus cálculos "estranhos", sem seus divertimentos nerds... - diz Nati.
Como órfã, ela sentia que Guilherme e Mabel eram como se fossem seus próprios irmãos.
- Meu quarto também fica vazio sem Rony. Ben e eu sentimos falta de zoar um ao outro. - diz Valente.

Algum lugar do Brasil/Terra do Passado
- Se afasta de mim. - diz Silvana.
- Agora você entende o porquê não pode ficar comigo? - diz João.
- O que eu entendo... É que você precisa de ajuda, com essas vozes. Com esse "Mil em um". - diz Silvana.
João sente ternura nela. Mas não chega a abraçá-la.

São Paulo/Terra do Futuro
Sentindo-se culpada pelo que aconteceu a Rony, Samirinha vaga pelas ruas de São Paulo do futuro. Até que ela ouve uma voz.
~canção
Eu ouvi dizer que havia um acorde secreto
- Mas...
Aquela voz. Aquela voz familiar.
Que Davi tocava e agradava ao Senhor
- Só uma música pode ser cantada assim. - dizia Samirinha.
Pelo fato da Terra estar debilitada, o som podia ser ouvido em ecos. Seguindo o som Samirinha vai de encontro a voz.
Mas você não liga muito para música, não é?
É assim: a quarta, a quinta
A menor cai, a maior ascende
O rei perplexo compondo Aleluia
- Hallelujah, hallelujah
Era João que cantava. E quando ouviu a última palavra, Samirinha terminou a estrofe musical.
- Hallelujah, hallelujah.
João olha Samirinha do alto de uma sacada de uma casa de 3 andares. Ele estava sentado observando o fraco por do sol.
- Essa era a música que nossa irmã Tati cantava para nós antes de dormirmos. - diz Samirinha, se lembrando dos momentos passados.
- O passado para mim, "prima", já não vale mais nada. - diz João .
- João. Você não era assim. O que aconteceu com você? Onde está o Rony? - pergunta Samirinha.
- O ladrão que você chama de namorado? Ficará feliz em saber que ele está bem. - diz João, implantando uma ilusão na cabeça de Samirinha.
De repente ele está do lado direito dela.
- Mas não garanto que ele está bem com você. - diz João.
- Como?
De repente outro Davi aparece.
- Prima.
E outro, e outro, e outro... até que Samirinha se dá conta que está sendo torturada.
- Pare João. PARE.
Até que a ilusão passa.
- Está entendendo agora, Samira? - pergunta João.
- O que eu entendo é que os reptilianos estão se aproveitando de sua crise e por isso você foi forçado a fazer isso com a Terra. - diz Samira.
- Por sua culpa. - afirma João. - Culpa de nossos pais. Culpa da Tatiana. Eu procurei vocês por todos os lados. E queria esquecer aqueles que eu fiz mal, aprisionados na minha mente.

Samirinha logo se toca o motivo de 4 meses no passado e 60 anos do futuro.
- Você atingiu o mundo inteiro... Por vingança à sua família? - pergunta a mutante.
- E, para atingir você, prima. Eu tenho um presente.
Um clarão surge na frente de Samirinha e dele aparece um encapuzado com olhos pretos e íris explosivas rubras. Mas os cabelos longos, a altura da nuca estavam ao invés de marrons, completamente grisalhos. Na mão direita estava o icônico cajado dos Caveiras.
- Rony! - grita Samirinha. - O que você fez com ele, João?
- Digamos que... Eu o limpei, e o reformulei. - diz João.
- Seu psicopata. - diz Samirinha com ódio pelo primo.
- Sim, prima. Sou mesmo um psicopata; o psicopata que foi traído e esquecido pela família no passado. - diz João, determinando no final. - Asmodeus. Acabe com ela.

Asmodeus observa atentamente a mutante.
- Rony. Se você estiver aí dentro, você tem que se libertar desse feitiço. - diz Samirinha.
- Eu não sou Rony. Meu nome é Asmodeus. E sirvo ao governo reptiliano. Considero mutantes, como você ... MEUS INIMIGOS!
Rony (como Asmodeus) ataca Samirinha sem dó nem piedade. A mutante esquiva dos primeiros golpes e contra-ataca. Um bate-rebate entre socos, ataques de cajado e chutes fazem um tipo de dança sincronizada entre o ex-Caveira e a mutante filha de Samira Mayer.
- Rony, para. Sou eu. Sua namorada. Sua noiva. Samira Montenegro Mayer, a Samirinha. - diz Samirinha.
- Cale-se.
Asmodeus chuta Samirinha contra a parede de uma casa que racha assim que ela se choca.
- AAAH! URGH!
- Meus mestres tem ordens explícitas pra mim, de matar todos os mutantes, e depois os humanos, para então controlar e governar este belo planeta. - diz Asmodeus.
Samirinha tira suas luvas.
- O planeta é belo demais pra ficar nas mãos dos lagartos. Eu não sei o que fizeram com você Rony. Mas eu vou te libertar dessa prisão que você chama de Asmodeus, o demônio do desejo carnal, vulga luxúria. - avisa Samirinha.

O corpo da mutante brilha fortemente. Asmodeus não se intimida com a forte luminescência da mutante.
- Achei que fosse capaz de fazer mais.
Ele dispara uma rajada de explosivos, mas Samirinha neutraliza todos eles.
- O que?
- Sei que você não quer isso. Eu sou sua namorada. Sua noiva. - diz Samirinha pela última vez, pedindo para que Rony estivesse em algum lugar dentro de Asmodeus.
- Eu não tenho namorada. Eu tenho ódio dos mutantes.
Asmodeus dispara mais explosivos que acertam Samirinha em cheio.
- URGH! Tá bom.
- Prepare-se, garota mutante.
- Agora chega. É hora de uma DR no nosso relacionamento mento, Rony.
Asmodeus desce o cajado em Samirinha, mas ela contra-ataca, desarmando Asmodeus e o acerta com um chute no queixo.  Usando movimentos marciais, Samirinha ataca Asmodeus com socos e chutes e o acerta em cheio um soco tão potente que o faz desabar ao chão. Usando o cajado ela o ameaça.
- Agora você vai me ouvir. E vai me ouvir numa boa. SEU NOME É RONALD DARKSON! VOCÊ É O MAGISTER DA LIGA DO BEM; EX-MEMBRO DOS CAVEIRAS. VAMOS AMOR, LEMBRE-SE, LEMBRE-SE.
- Não. Você mente pra mim. EU SEI A VERDADE! - grita o renegado.
Asmodeus empurra Samirinha para as costas dele, se levanta, mas com muitos problemas. De tanto sofrer as dores dos golpes de Samirinha, ele sentia seus poderes diminuindo.
- Na próxima vez, você não terá tanta sorte garota. - diz Asmodeus.
Um raio de fuga aparece, mas antes de ir embora, Asmodeus faz um símbolo que Samirinha nota. 2 dedos.
- O que? - diz Samirinha.

Com a batalha terminada, Samirinha volta a mansão, mas continuava a se perguntar o que significava aquele símbolo.

Mutantes: Sonhos de um futuro perdido/Glórias de um passado lembradoOnde histórias criam vida. Descubra agora