Morumbi/São Paulo/Terra do Passado
Enquanto isso, na casa da Maria e do Marcelo, onde Beto e Aline também faziam companhia, Silvana deu a notícia de um jantar com seus pais.
- Que maravilha Sil. Então seus pais estão aqui em São Paulo? - diz Maria.
- Bem, eles conseguiram uma casa para morar, e logo estarão vindo para cá. Eles querem conhecer o João, meu namorado, seu filho. - diz Silvana.
- Eles serão muito bem vindos aqui. - responde Marcelo.
- Maria, será que pode-se ter um jantar aqui na sua casa, para que meus pais conheçam sua família e o João. - diz Silvana.
- Claro. Mas o João sabe disso? - pergunta Maria.
- É... - diz Silvana.Mansão Mayer/Escola Caminhos do Coração/Terra do Passado
- UM, DOIS, UM, DOIS, TRÊS, QUATRO! - diz Samirinha.
~som de teclado
~voz de Valente
Pelo tempo eu quis
Ser apenas eu
E agora eu tenho
Quase tudo que desejoE meu orgulho é o que me move
Me faz voar, me faz ser bem forte
Enfrentar o mundo ao som de uma bala
Porque isso é o que me faz cantar~voz dos jovens mutantes
Sim eu sou jovem mutante
Sim eu sou livre e independente
Eu sou guerreiro
Eu sou inteligente
Eu sou jovem e mutante
Eu sou diferente~voz de Samirinha
E quando me junto aos meus amigos
Eu tenho tudo que quis
Aos humanos o meu coração
E a mim o meu dom
Evoluir é parte da vida
Crescer é parte da evolução
No mundo acharei um lugar
Para viver com famílias
Amigos e amores
E construir um futuro~voz dos jovens mutantes
Sim eu sou jovem mutante
Sim eu sou livre e independente
Eu sou guerreiro
Eu sou inteligente
Eu sou jovem e mutante
Eu sou diferente~voz de Valente
Ai, ai , ai, ai,
Ai, ai, ai, ai,
Ai, ai, ai, ai
Ai, ai, ai, ai~voz dos jovens mutantes
Sim eu sou jovem mutante
Sim eu sou livre e independente
Eu sou guerreiro
Eu sou inteligente
Eu sou jovem e mutante
Eu sou diferente- Muito bom. - diz Valente.
- Gostei muito do refrão. - diz João.
Foi quando que alguém bateu na porta.
- Quem é? - pergunta Samirinha.
- Sou eu, a Trans. - diz a moça.
Samirinha abre a porta.
- Achei que você tivesse de férias. - diz a jovem mutante.
- Não sabia que vocês eram uma banda. - diz Taís.
- Éramos uma, senhora. - diz Valente. - Estamos tentando recomeçar.
- Por favor, me chamem de Trans, ou Taís se preferirem. Não precisam me tratar com tanta delicadeza. - diz a inspetora, sendo muito amiga dos jovens.
- Gostamos de tratar as pessoas assim. Ainda mais uma inspetora amiga. - responde Samirinha.
- Então... vocês me querem como amiga? E a minha irmã? - pergunta Trans.
- Também. - diz Ben.
Pensando no sucesso da banda, a inspetora tem uma ideia.
- Tenho uma ideia, para ajudar a banda de vocês. - diz Trans. - Fiquem aqui ensaiando. Eu já volto.
- Ideia? Que ideia? - pergunta Rony, ao ver a inspetora sair.
- Espero que seja boa. - diz Samirinha.
- Por falar nisso gente. Eu estava escrevendo algo, e fiz uma nova música, por tudo que vivemos até hoje. - diz Ben.
- Mostra aí. - diz Rony.
Ele tira o papel e o coloca para todos olharem.
- É linda Ben. - diz Samirinha.
- Mas qual é o nome dela? - pergunta Rony.
- Eu não tenho. E não sei quem pode cantá-la. - diz Ben.
- Eu canto. Para minha estreia na banda. - diz João. - E já tenho um nome.
- Já pensou? Tão rápido. - diz Samirinha.
- É. Vamos ensaiar ela? - pergunta João.
- Bora, gente, bora. - diz Valente.Morumbi/São Paulo/Terra do Passado
Após os ensaios, João e Samirinha chegam em casa para o jantar em família com os pais de Silvana, sua namorada.
- Então todos vocês são uma família de mutantes? - pergunta a mãe de Silvana.
- Bem, nem todos. Meu irmão, eu, a Aline... nós somos humanos, agentes da DEPECOM, que patrulha agora o mundo inteiro, mantendo a união entre os humanos e mutantes. - diz Marcelo.
- Mas apesar de tudo, a sociedade olha pra nós da mesma maneira que olham os negros, homossexuais e excluídos, e ainda de forma pior. Para eles somos aberrações. - diz João.
- Acho que sei o motivo. - diz o pai de Silvana.
- Exatamente senhor. Porém temos uma vantagem. Após a guerra contra nossos criadores, os reptilianos, o presidente nos deu anistia a nossos atos, e anos mais tarde cassou a lei anti-mutante, que nos privava dos nossos direitos. E agora o Brasil tem sua distinção entre as raças humana e mutante, além da distinção da raça. - diz Maria.
- O RGM, não é? - diz a mãe de Silvana.
- Sim. - diz Silvana.
- E você jovem? - diz o pai de Silvana a João. - Fale-nos sobre você.
João ficou sem como falar. Ele não saberia como se expressar aos pais da namorada.
- Como posso me expressar direito? Eu sou um, eu sou vários. - diz João.
Os pais de Silvana ficaram sem entender.
- É uma história complicada papai. - diz Silvana.
- Como assim, Silvana? - pergunta o pai dela.
- Ele é um mutante com a mente fragilizada em mil pedaços, fato que o faz ser chamado de Mil em um. - diz Silvana.
João percebe a áspera reação dos pais de Silvana, e prefere permanecer neutro em relação aos seus poderes de absorção.
- Sim, mas e vocês? O que os senhores fazem para animar Silvana? Digo, no que trabalham? - pergunta Aline, enquanto degustava um pedaço de carne.
- Eu sou engenheiro naval, e minha esposa é agente da polícia civil. - diz o pai de Silvana.
- Estou investigando um caso recente de drogados na USP. Não sei como isso aconteceu, mas está recente. Eu e minha equipe estamos tentando relatar as ocorrências de drogas na universidade. - diz a mãe de Silvana.
- E está tendo algum progresso? - pergunta Joao.
- Não. Levará muito tempo. - diz a mãe de Silvana.Guarujá/São Paulo/Terra do Passado
- Meninos, vamos jantar. - diz Tati. Ela bate na porta e nota Bel e Guiga dormindo em suas cabeceiras de estudos. Tati sorri e, como boa mãe decide colocar ambos na cama, mesmo que estivessem crescidos.
- Por que eles não descem? - pergunta Eugênio, depois que Tati saiu do quarto dos gêmeos.
- Dormiram. Acho que devem estar exaustos. - diz Tati rindo.
- Até porque eles não param. - diz Eugênio, rindo também.
- E a gente, por acaso parou? - pergunta Tatiana maliciosa.
- É claro que não. - diz Eugênio, agarrando a esposa, ficando por cima dela e a enchendo de beijos e carinhos.Morumbi/São Paulo/Terra do Passado
Depois do jantar, Silvana acompanha os pais até em casa, porém os pais dela demonstram sua "preocupação" em relação a filha.
- O que garante, filha, que esse rapaz não vai te fazer mal? Ele é um mutante, que pode absorver mentes... e se a próxima for a sua? - pergunta o pai dela.
- Não vai meu pai. Eu vou cuidar dele, enquanto ele estiver com seu tratamento. - diz Silvana.
Por outro lado, na casa da Maria, João acha que os pais dela não gostaram dele por causa dele ser mutante e por absorver mentes.
- Calma meu filho. Tudo vai se resolver. - diz Maria.
- Será mãe? - pergunta João.
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Mutantes: Sonhos de um futuro perdido/Glórias de um passado lembrado
FanfictionDurante a batalha contra o Exército Vermelho, Guilherme Montenegro Figueira (Guiga) foi contaminado por um vírus desenvolvido pelos reptilianos e, guardado pelo Coronel Ribeiro, agora prisioneiro de sua base: a ilha do Arraial. Para encontrar a cur...